Estudo mostra como o ato de subir montanhas muda o cérebro das pessoas

O Journal of Environmental Science and Technology, revista científica revisada mensalmente que cobre ciência ambiental, tecnologia, engenharia e gerenciamento, publicou um estudo que afirma que ir para uma caminhada na natureza apenas cinco minutos por dia, nos faz sentir mais de nós mesmos.

Portanto, se em vez de caminharmos cinco minutos ao ar livre, mudarmos para uma boa rota de trekking nas montanhas, pelo menos uma vez por mês, reforçaremos nossa própria autoestima. O estudo realizado pelos psicólogos Ruth Ann Atchley e Dr. David L. Strayer, constataram que pessoas que foram desconectadas da tecnologia (TV, celular, computador, etc) para um período de quatro dias para sol, foram capazes de aumentar sua capacidade de resolver problemas em 50%. Em outras palavras, aumentaram sua capacidade criativa quase duas vezes.

Dientes de Navarino

Foto: Freddy Duclerc

Este estudo é o primeiro estudo a documentar mudanças sistemáticas na função cognitiva de alto nível associada à imersão na natureza. O estudo também sugere que os ambientes naturais, do qual evoluímos, estão associados à exposição a estímulos que provocam uma espécie de fascínio suave e delicado. Ambos emocionalmente positivos e pouco excitantes.

Outra questão que foi notada é que a prática de atividades ao ar livre, como trekking e hiking, aumenta a capacidade de concentração. Uma abordagem útil para quem é educador e que pode ser muito útil para certas pessoas, especialmente os jovens, que sofrem de déficit de atenção. A exposição à natureza também pode envolver o que tem sido chamado de redes de “modo padrão” do cérebro, que uma literatura emergente sugere que pode ser importante para o pico de saúde psicossocial.

A rede de modo padrão é um conjunto de áreas do cérebro que estão ativas durante uma introspecção tranquila e que foram implicadas em desempenho eficiente em tarefas que exigem função de lobo frontal, como a tarefa de pensamento divergente usada no estudo.

Nos vários estudos realizados, determinou-se também que as pessoas que praticam trekking têm um fluxo sanguíneo mais baixo na área do córtex pré-frontal subgenual, ou seja, a área relacionada a mau humor, sentimentos de tristeza e preocupações. Portanto, esta área do córtex cerebral é desativada quando se pratica a atividade de caminhada na montanha.

There are 8 comments

  1. ROBERTO SONA JUNIOR

    Eu sou um caso VIVO!

    Eu sofri um AVC, 3 anos e 6 meses atrás, e hoje, eu consigo fazer trilhas, caminhadas, hiking… por enquanto é só!

    Daqui para frente, você vão ficar sabendo de um pós-AVC que escalou um morro!

    E posso falar? Quando eu subo um morro, fico de pé lá em cima, eu me dou a medalha de campeão pelas minha emoções, meu físico e minha mente, porque estão todas POSITIVAS na chegada!

    :)

    Até mais!

  2. Andre jacoia

    Sou prova viva disso.
    Em julho de 2017 fui ao Peru meio que sem destino (estava de licença prêmio do meu serviço) e como já conhecia os pontos tradicionais de lá matchu pitchu.. puno que tinha ido no ano anterior 2016, então tive a decisão de ir explorar do norte ao sul do peru e Equador.
    Fui a huaraz.. primeira cidade (a idéia era ficar 5 dias e acabei ficando quase 20).
    Tinha 110 kg, mas mesmo assim fiz a laguna 69 entre outros passeios.. até que tive a melhor decisão da minha vida.. fui fazer o trecking santa cruz.
    No primeiro dia foi tenso..devido ao meu peso … sol.. mochila e desisti.. voltando ao ponto de partida pensei (que bosta que vc é.. nem completar um percurso de alguns km.. volte lá tomar sua cerveja gelada seu paspalho).. foi aí que retornei ao trecking.
    Foram 4 dias e 3 noites. No terceiro dia.. o dia mais difícil a guia me sugeriu sair 1h mais cedo do que todos do grupo (estávamos em 6) já que demorava mais que todo mundo para completar a caminhada diaria.. e caminhando sozinho pela montanha gelada tive pela primeira vez na minha vida até então uma visão clara sobre as coisas (como descreve a materia) e comecei a questionar algumas coisas minhas..dogmas, vícios etc (era fumante, álcoolatra)..e chegando ao topo da montanha a 4300 m de altitude falei para mim mesmo.. Vou descer e fazer tudo diferente.
    2 anos se passaram dessa viagem. Hoje, sou maratonista.. faço minha maratona de número 5 agora no dia 01 de dezembro. Perdi mais de 40kg num período de 6 meses.
    Poucas pessoas sabem da minha história, mas achei oportuno falar aqui já que vai de encontro a matéria.
    Meu face é andre jacoia. Há fotos do antes trecking e pós trecking nas corridas (só verificar na linha do tempo).
    Pacha mama, a montanha e o trecking trouxeram minha vida de volta.. sou outra pessoa, após o trecking santa cruz – huaraz.

  3. katiana johann

    É valido ressaltar que o estudo é um estudo piloto e como o próprio autor sugere deve ser feitos mais pesquiza a respeito. Uma limitação da pesquisa é a incapacidade de determinar se os efeitos são devidos a um aumento da exposição à natureza, a uma exposição diminuída à tecnologia ou a outros fatores associados a gastos de três dias imersos na natureza. Não dá para afirmar sem antes ter mais estudos a respeito. Embora eu acredite que o contacto com a natureza gera inumeros beneficios, minha crença não pode afirmar pensamentos cientificios antes dos mesmos serem compravados por mais de um estudo.

  4. Suzana Moro

    Oi Luciano. Obrigada pela cordial resposta! Com certeza já havia lido o texto por completo e realmente não localizei o link para o artigo da revista “Journal of Environmental Science and Technology” e sim para outros.
    De qualquer maneira, parabenizo pela escolha do tema e pela matéria!

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