Annapurna: Final de semana de resgates, ascensões históricas e brasileiro abandonando a montanha

Annapurna (8.091 m) é considerada a montanha mais perigosa do mundo. Neste último final de semana, a movimentação de notícias na montanha foi intensa. Houve de tudo: resgates, ascensões históricas e missões abortadas.

Conforme publicado em primeira mão pela Revista Blog de Escalada, o montanhista Moeses Fiamoncini estava tentando subir o Annapurna em estilo solo e sem oxigênio suplementar. Porém, por conta do frio e do desgaste físico, acabou tendo de abortar a missão.

Annapurna

Foto: cortesia Moeses Fiamoncini

Em contato com a Revista Blog de Escalada, Fiamoncini declarou que “Cheguei até os 7.600 metros, mas estava muito frio. Quase congelei meus pés. Mas foi incrível chegar até essa altura, contando C2, C3 e C4. Moeses ainda complementou descrevendo que “foram duas tentativas de ataque ao cume em tão pouco tempo, 15 dias de expedição, 9 dias na montanha e 6 dias no campo base”.

O brasileiro afirmou que quanto estiver estabelecido em um local com internet estável, gravará uma entrevista em áudio com a Revista Blog de Escalada.

Resgates

Annapurna

O final de semana foi agitado no Annapurna com três resgates por helicóptero. O primeiro foi de um montanhista com problemas de congelamento que exigia uma resgate rápido. Se tratava do montanhista de Taiwan Lu Chung-Han.

O montanhista alcançou o cume sem usar oxigênio suplementar e havia conseguido descer até o C3 (6.440 m). Assim que detectou o resgate, foi acionado o helicóptero que levou Lu Chung-Han para Kathmandu.

No dia seguinte, os russos Sergei Kondrashkin, Dmitrii Sinev e Alexander Luthokin foram dados como desaparecidos. Os dois primeiros teriam alcançado o cume do Annapurna na sexta-feira, e no sábado. Na mahã seguinte no C4 iriam continuar a descida.

Pouco depois foram dados como desaparecidos. Um contingente sherpa, junto do polonês Waldemar Kowalewski, iniciou a busca. Assim Os sherpas encontraram os três russos entre C3 e C4 e foram transportados de helicóptero até o campo base.

Mulheres fizeram história no Annapurna

Annapurna

Um total de 68 montanhistas, incluindo seis mulheres nepalesas, alcançaram o cume do Annapurna em 16 de abril. Purnima Shrestha, Dawa Yangjung, Dabhuti Sherpa, Pasang Lhamu Sherpa, Sharmila Tamang e Maya Sherpa se tornaram as primeiras mulheres nepalesas a escalar a montanha.

A façanha aconteceu 43 anos após a primeira vez que duas mulheres, ambas dos EUA, alcançaram o topo em 1978. E Priyanka Mangesh Mohite se tornou a primeira mulher indiana a chegar ao topo. A mexicana Vanessa Estol foi uma das primeiras a chegar ao cume.

Lu Chang Han e Gesman Tamang escalaram o Annapurna metros sem oxigênio. Sirbaz Khan e Abdul Joshi se tornaram os primeiros escaladores paquistaneses a chegar ao cume.

Este é o maior número de montanhistas que alcançam o topo da montanha em um único dia. O recorde anterior foi em 1º de maio de 2016, quando 32 montanhistas chegaram ao cume.

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