Escalar o Monte Everest, a montanha mais alta da terra, é como estar no topo do mundo. A escalada não é fácil. Contudo, há meios diversos de escalar o cume mais desejado do planeta. Qual seria o lado do Everest mais difícil de subir?
Há uma rota mais rápida, mas que corre altos riscos de avalanches. Existe outro meio mais seguro, porém que traz climas mais rigorosos e longos. Enfim, cabe o grupo avaliar qual estão dispostos a escolher. Confira as faces norte e sul do Everest.
Seria pela rota sul o lado do Everest mais difícil de subir?
Optar pelo sul da montanha, é encarar o lado com o relevo mais íngreme do Everest. No entanto, ao seguir este caminho, os benefícios são consideráveis também.
Por exemplo, a possibilidade de resgates é maior, podendo estes serem feitos a partir de do acampamento base e acampamento I. A título de informação, os locais ficam acima da cascata de gelo do Khumbu.
A saber, a rota norte não oferece essas opções, logo, resgates simplesmente não são uma opção.
Em resumo, os grupos que optarem pela rota sul encontrarão cinco acampamentos base até o cume. São eles:
- Acampamento base: é usado principalmente para escaladores se orientarem e se aclimatarem. O local fica a uma altitude de 5.334 metros.
- Acampamento I: este é o primeiro acampamento que os montanhistas alcançarão após subir a cascata de gelo do Khumbu, altitude de 6.065 metros.
- Acampamento II: com uma altitude de 6.400 metros, este é tecnicamente o segundo acampamento que os escaladores alcançarão após passarem pelo Cwm Ocidental.
- Acampamento III: aqui os montanhistas precisarão subir pela corda fixa que está presa a uma saliência na face do Lhotse, antes de subir mais 500 metros para chegar ao acampamento final antes do cume.
- Acampamento IV e o cume: chegando aos 8.412 metros, os montanhistas começarão o empurrão final para o cume, começando na ‘Varanda’. No cume da cúpula de neve, os montanhistas passarão as próximas 10 a 12 horas (começando à meia-noite) subindo até o cume.
Como é a rota norte?

Foto: Tom Cleary /Unsplash
Embora a rota do norte cubra uma distância mais curta, a natureza do percurso é desafiadora. Altitude mais alta, maior tempo nas zonas, ou seja, o risco de não suportar o frio é alto. O clima pelo norte é mais intenso e imprevisível, além dos ventos fortes e subidas traiçoeiras.
Nem sempre o caminho mais objetivo é melhor, no entanto, há quem encare o caminho. De fato, não é impossível, porém é certamente recomendado maior cautela e ter guias experientes na expedição. Os interessados na rota norte passarão pelos seguintes locais:
- Acampamento I: logo abaixo da Geleira Rongbuk, altitude de 5.178 metros.
- Acampamento II: na sequência, os montanhistas terminarão no Changtse, altitude de 6.096 metros.
- Acampamento III: o acampamento ABC fica a uma altitude de 21.300 pés, local onde os montanhistas começarão a maior parte de sua subida.
- Acampamento IV: chegando no acampamento IV, altitude de 7.040 metros, a geleira pode ser escalada com a ajuda de cordas fixas.
- Acampamento V: para chegar no acampamento V, o grupo passará pelo North Ridge. Em suma, uma escalada rochosa e diagonal que requer concentração e resistência.
- Acampamento VI: o último ponto leva os montanhistas ao início da chamada Faixa Amarela, altitude de 8.229 metros
Seguindo da Faixa Amarela, o grupo prossegue dos 8.500 metros a 8.534 metros, considerado angustiante em tal altitude. Em seguida, avança mais 223 metros com a ajuda de uma escada de metal aderida à face da rocha.
Enfim, a etapa final é o chamado Terceiro Passo, que representa os últimos 110 metros até o fim da rota norte.
Foto destaque: Mari Partyka | Unsplash

Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, Seleção Brasileira de vôlei masculino, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.