O sistema imunológico forte de um atleta e a relação com os nutrientes que consome

Qual a relação entre a prática de atividades físicas e a nutrição correta de um atleta para aperfeiçoamento, entre outras coisas, da qualidade de vida? Se você acredita que é pequena, deveria repensar seus conceitos, pois a relação é gigantesca e, por meio de diversos estudos científicos, o desequilíbrio entre estas duas coisas (atividade física e nutrição) as funcionalidades do sistema imunológico de um atleta, assim como a sua performance.

O sistema imunológico, também conhecido como imunitário ou sistema imune, são as estruturas e processos biológicos do corpo humano que protege o organismo contra doenças. Funcionando corretamente, detecta agentes de doenças (desde vírus a parasitas) diferenciando-os do tecido saudavel do corpo humano Em outras palavras, é o sistema que faz com que a pessoa não fique doente facilmente. O sistema imunológico possui dois tipos de respostas: inata e adquirida. Ambas são afetadas pela prática e intensidade de exercícios físicos. No caso de um atleta pesa o fato de ser treinos exaustivos e prolongados, ficando ainda mais suscetíveis pois há diminuição da imunocompetência (capacidade de apresentar uma resposta imunitária como, por exemplo, a produção de anticorpos).

Por o atleta estar constantemente realizando atividades de treinamento intensivo é fundamental que que esteja consumindo macro e/ou micronutrientes. Estes nutrientes devem ser repostos na nutrição do atleta para que, desta maneira, fortaleça o sistema imunológico. A necessidade de preocupação com alimentação tem um motivo relativamente simples e que não é segredo para ninguém: atleta doente tem sua performance afetada.

Probióticos e Prebioticos

Os probióticos são, em linhas gerais, bactérias benéficas que melhoram a saúde do intestino facilitando a digestão e a absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. Por isso o consumo regular de alimentos probióticos ajuda no funcionamento intestinal fortalecendo o sistema imune e ajudando a prevenir doenças, como gripes e resfriados.

Alguns exemplos de probióticos são os Lactobacillus acidophillus, L. casei e L. bifidum que, geralmente, são acrescentados em determinados alimentos que passam a ser denominados alimentos probióticos:

Já os prebióticos são fibras não digeríveis, mas que fermentam no intestino estimulando o crescimento das bactérias probióticas. Desta maneira além de melhorar o funcionamento do intestino, diminuindo os riscos de infecções, os prebióticos também podem diminuir a absorvição de gorduras pelo intestino, diminuindo assim o colesterol total e aumentar a aborção de minerais como cálcio, ferro, zinco e magnésio. As fibras prebióticas mais comuns são:

  • Inulina – encontrada no almeirão, chicória, trigo, cebola, alho e alho poró;
  • Pectina – frutas cítricas, maças, cenoura, farelo de aveia, soja, lentilha e ervilha;
  • Fruto-oligossácarideos (FOS) – encontrados em quantidades significativas se manipulados.

Na nutrição os probióticos e prebióticos são constantemente relacionados com a resposta imunológica de um atleta. Esta resposta acontece pela ação destes elementos no intestino, estabelecendo um maior equilíbrio. Contudo, do ponto de vista científico, não há muitos estudos aprofundados sobre o consumo de pro e prebióticos.

Outros nutrientes

Não somente os pro e prebióticos auxiliam no equilíbrio do sistema imunológico de um atleta. Outros nutrientes podem ser adicionados na nutrição para que este equilíbrio seja mantido. Com um inúmeros estudos sobre seu efeito na resposta imunológica, o carboidrato como, por exemplo, é capaz de reduzir o estresse fisiológico em exercícios exaustivos.

Já a glutamina, um aminoácido livre e abundante no tecido muscular, é fundamental na nutrição de um atleta, já que reduz para a redução do risco de infecções. Dentre as funções importantes para o corpo humano:

  • Manutenção do sistema imunológico
  • Equilíbrio ácido/base
  • Possível reguladora da síntese e da degradação de proteínas
  • Controle do volume celular
  • Desintoxicação corporal do nitrogênio e da amônia
  • Combate à síndrome do overtraining (OTS)

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