Em todo o mundo, e particularmente na França, as consequências foram imediatas: perda de biodiversidade, deterioração do solo, conflitos de uso, etc. Mas o que fazer para conscientizar o povo?
Talvez impostos, definir cotas ou até proibições podem ajudar com a França e aqueles já ameaçados pela superlotação, como já exemplificado no tema consequências do turismo extrativista. Enfim, confira: Pós-Covid lota França.
Pós-Covid lota França
O equilíbrio está quebrado. Pisados por milhares de turistas, os sítios naturais estão saturados, entre pisoteio, erosão do solo, equilíbrio biológico e biodiversidade ameaçados, hipervigilância da fauna, poluição do meio ambiente e conflitos de uso. Mais de 30% dos visitantes nos Ecrins em 2020. 803 turistas por habitante em Étretat, ou seja, um milhão de visitantes em 2021 numa área de 4 km2.
Três milhões de visitantes às Calanques no ano passado. Dez milhões de visitantes por ano aos Parques Nacionais Franceses. Estes são alguns dados anunciados pelo Parque Nacional Port-Cros quando reabriu ao público no início de julho de 2021.
“A dispersão das pessoas e a multiplicidade de atividades e presença em todas as esferas da vida é um problema real”, preocupa Suzanne Forêt, oradora da Reserva Natural Hauts de Chartreuse em que a superlotação está em todos os lugares, em todas as horas, lá como em muitos outros lugares na França. “Seja em terra, caminhadas, falésias, escaladas, e também no subsolo, com crescente atividade espeleológica.
Cada vez mais pessoas estão ali para consumir os lugares, como espaços de lazer, e não necessariamente estão cientes das questões de impactos sobre o meio ambiente e sobre as espécies.
Como solucionar?
De fato, não é novidade esta superlotação, muito menos na França. Algumas possibilidades para solucionar com o tempo esta desordem são: conscientizar as pessoas, limitar os danos emitindo proibições, impor cotas de acesso a lugares naturais, fechar completamente um local para permitir sua regeneração e imposto de proteção.
Em suma, atender os visitantes pessoalmente ajuda no processo de conscientização. Aumentar a conscientização por meio de vídeos é também outro método. De fato, limitações pontuais permitem reduzir os danos, pois a presença humana pode provocar hipervigilância e desnutrição, afetando na reprodução da fauna.
Em relação às cotas de acesso, o Mont Blanc é um exemplo desde 2019, quando passou a ser obrigatório reservar sua estadia. Logo, há um controle de quantidade.
Quando se fala em fechamento de pontos turísticos, pode instantaneamente vir a cabeça o exemplo de Maya Bay. Contudo, fechar por completo e por um longo tempo, talvez não seja a melhor alternativa para todos.
Por fim, impostos para proteger os pontos realmente é um tema recorrente e pode dar certo na maioria dos casos. Infelizmente, afasta classes menos afortunadas, contudo, desde que aplicada em prol de meio ambiente e não por escolha de classes, esta, sem dúvidas, é uma das boas opções.
Foto destaque: Oscar Nord | Unsplash
Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, Seleção Brasileira de vôlei masculino, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.