Pós-Covid lota França

Em todo o mundo, e particularmente na França, as consequências foram imediatas: perda de biodiversidade, deterioração do solo, conflitos de uso, etc. Mas o que fazer para conscientizar o povo?

Talvez impostos, definir cotas ou até proibições podem ajudar com a França e aqueles já ameaçados pela superlotação, como já exemplificado no tema consequências do turismo extrativista. Enfim, confira: Pós-Covid lota França.

Pós-Covid lota França

Foto: Paul Rysz /Unsplash

Foto: Paul Rysz | Unsplash

O equilíbrio está quebrado. Pisados ​​por milhares de turistas, os sítios naturais estão saturados, entre pisoteio, erosão do solo, equilíbrio biológico e biodiversidade ameaçados, hipervigilância da fauna, poluição do meio ambiente e conflitos de uso. Mais de 30% dos visitantes nos Ecrins em 2020. 803 turistas por habitante em Étretat, ou seja, um milhão de visitantes em 2021 numa área de 4 km2.

Três milhões de visitantes às Calanques no ano passado. Dez milhões de visitantes por ano aos Parques Nacionais Franceses. Estes são alguns dados anunciados pelo Parque Nacional Port-Cros quando reabriu ao público no início de julho de 2021.

“A dispersão das pessoas e a multiplicidade de atividades e presença em todas as esferas da vida é um problema real”, preocupa Suzanne Forêt, oradora da Reserva Natural Hauts de Chartreuse em que a superlotação está em todos os lugares, em todas as horas, lá como em muitos outros lugares na França. “Seja em terra, caminhadas, falésias, escaladas, e também no subsolo, com crescente atividade espeleológica.

Cada vez mais pessoas estão ali para consumir os lugares, como espaços de lazer, e não necessariamente estão cientes das questões de impactos sobre o meio ambiente e sobre as espécies.

Como solucionar?

Foto: Raíssa de Paula /Unsplash

Foto: Raíssa de Paula | Unsplash

De fato, não é novidade esta superlotação, muito menos na França. Algumas possibilidades para solucionar com o tempo esta desordem são: conscientizar as pessoas, limitar os danos emitindo proibições, impor cotas de acesso a lugares naturais, fechar completamente um local para permitir sua regeneração e imposto de proteção.

Em suma, atender os visitantes pessoalmente ajuda no processo de conscientização. Aumentar a conscientização por meio de vídeos é também outro método. De fato, limitações pontuais permitem reduzir os danos, pois a presença humana pode provocar hipervigilância e desnutrição, afetando na reprodução da fauna.

Em relação às cotas de acesso, o Mont Blanc é um exemplo desde 2019, quando passou a ser obrigatório reservar sua estadia. Logo, há um controle de quantidade.

Quando se fala em fechamento de pontos turísticos, pode instantaneamente vir a cabeça o exemplo de Maya Bay. Contudo, fechar por completo e por um longo tempo, talvez não seja a melhor alternativa para todos.

Por fim, impostos para proteger os pontos realmente é um tema recorrente e pode dar certo na maioria dos casos. Infelizmente, afasta classes menos afortunadas, contudo, desde que aplicada em prol de meio ambiente e não por escolha de classes, esta, sem dúvidas, é uma das boas opções.

Foto destaque: Oscar Nord | Unsplash

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