Consequências do turismo extrativista

Consequências do turismo extrativista. Afinal, o que é turismo extrativista? A saber, o acadêmico Vijay Kolinjivadi diz que vai além do Overtourism, também explicado abaixo.

Em suma, o novo termo abrange mais pontos do impacto destrutivo no turismo de massa. Por fim, confira maneiras solúveis para minimizar este impacto.

Overtourism

Enfim, o termo Overtourism descreve o turismo de massa, isto é, turismo em lugares despreparados para tal fluxo de visitantes. De fato, além das óbvias considerações financeiras envolvidas, há um custo humano, ambiental e ético para nossas escolhas de estilo de vida – especialmente em viagens.

Em suma, o privilégio de viajar pelo mundo é cada vez mais considerado um direito. De fato, deve ser algo normal. No entanto, da maneira como está, essa visão é tóxica no planeta. A título de informação, crise climática, destruição de ecossistemas e prejuízo de patrimônio cultural são alguns abordados por Kolinjivadi sobre turismo extrativista.

Consequências do turismo extrativista

A saber, no turismo extrativista a pegada é mais hardcore. Em suma, assim como na mineração, o turismo extrativista promete certos benefícios em torno da extração de recursos: empregos, novas indústrias, desenvolvimento econômico e por aí vai. E Kolinjivadi deixa essa ideia bem clara abaixo:

“Se pensarmos em uma mina, o principal objetivo é extrair o mineral, analisando todos os outros componentes para obter esse núcleo de recurso”, diz Vijay Kolinjivadi. “O turismo extrativo é a mesma coisa. Isto é, um recurso identificado em um determinado local, – uma característica natural, edifício histórico, algo singular – tornando-se a extração desse valor. Logo, o valor do turismo.”

Em outras palavras, Kolinjivadi traz essa analogia alertando todos do grande perigo as vezes não visto.

“A ideia era chamar a atenção para o fato de que o turismo poderia ter o mesmo impacto de uma refinaria de petróleo”, acrescenta o acadêmico.

A saber, Kolinjivadi afirma que as empresas de viagens buscam capitalizar qualquer interesse em um destino. Isto é, tratando-o como uma mina virgem a ser explorada e seus ativos canalizados com poucos benefícios tangíveis para quem mora lá. Logo, a exclusão das populações locais pelo turismo e preços crescentes dos imóveis, por exemplo.

Muitas dessas viagens são para lazer ao invés de serem realmente essenciais. Sem dúvidas, todos merecem curtir, mas com sabedoria.

Mudanças pelo mundo

A saber, sobre o penúltimo parágrafo, há casos ​​de moradores locais revidando. Em suma, na Escócia o parlamento do país lidera um esquema de licenciamento de arrendamentos em curto prazo para 2023. Decerto, Edimburgo seria afetada, dificultando os imobiliários de aumentarem aluguéis e preços dos imóveis.

Por curiosidade, o governo da Tailândia foi forçado a fechar Maya Bay indefinidamente em 2018. Pois, isto permitiria que seu ecossistema, danificado pelo turismo de massa, se regenerasse completamente.

Sem dúvidas, o turismo é considerado um benefício para o crescimento econômico em muitas partes do mundo, quando bem administrado. Contudo, o verdadeiro desafio é incentivar as empresas a investir nas áreas que atendem, ou seja, rendimento por visitante e não no número total de chegadas. De modo grosseiro, qualidade e não quantidade.

Assim sendo, Peru dá um belo exemplo decidindo limitar o número de visitantes nas ruínas de Machu Pichu, pensando nas gerações futuras. Na sequência, tem o Butão cobrando impostos e taxas dos visitantes. Por fim, cidades como Barcelona que também se movem para proibir novos empreendimentos de grande escala.

Maneiras solúveis para o turismo extrativista

Uma das maneiras de ajudar, segundo os especialistas, é pensar com mais cuidado sobre nosso impacto. Você pode comer em restaurantes locais, contratar guias locais e etc, mas o importante é ter bom senso. Não é sua casa, então deve ser pago francamente pela estadia. Em geral, perceber as melhores épocas para viajar, evitando o turismo em massa, ajuda muito também.

Por fim, além dos exemplos citados no mundo a fora e no parágrafo acima, Kolinjivadi acrescenta abaixo uma filosofia lógica que ajuda nessa luta em prol da manutenção do planeta e o lazer de todos no mesmo.

“ … porque as pessoas locais, as pessoas que vivem nessas comunidades, querem receber os benefícios do turismo. Eles não vão ser contra a expansão da indústria do turismo. Mas as pessoas que trabalham no turismo deveriam ter uma opinião maior sobre como ele é administrado. Uma indústria de viagens sustentável precisa prestar atenção às comunidades primeiro e aos recursos depois.”

Foto destaque: Divulgação/BBC

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