Consequências do turismo extrativista. Afinal, o que é turismo extrativista? A saber, o acadêmico Vijay Kolinjivadi diz que vai além do Overtourism, também explicado abaixo.
Em suma, o novo termo abrange mais pontos do impacto destrutivo no turismo de massa. Por fim, confira maneiras solúveis para minimizar este impacto.
Overtourism
Enfim, o termo Overtourism descreve o turismo de massa, isto é, turismo em lugares despreparados para tal fluxo de visitantes. De fato, além das óbvias considerações financeiras envolvidas, há um custo humano, ambiental e ético para nossas escolhas de estilo de vida – especialmente em viagens.
Em suma, o privilégio de viajar pelo mundo é cada vez mais considerado um direito. De fato, deve ser algo normal. No entanto, da maneira como está, essa visão é tóxica no planeta. A título de informação, crise climática, destruição de ecossistemas e prejuízo de patrimônio cultural são alguns abordados por Kolinjivadi sobre turismo extrativista.
Consequências do turismo extrativista

Foto: Trevor McKinnon on Unsplash
A saber, no turismo extrativista a pegada é mais hardcore. Em suma, assim como na mineração, o turismo extrativista promete certos benefícios em torno da extração de recursos: empregos, novas indústrias, desenvolvimento econômico e por aí vai. E Kolinjivadi deixa essa ideia bem clara abaixo:
“Se pensarmos em uma mina, o principal objetivo é extrair o mineral, analisando todos os outros componentes para obter esse núcleo de recurso”, diz Vijay Kolinjivadi. “O turismo extrativo é a mesma coisa. Isto é, um recurso identificado em um determinado local, – uma característica natural, edifício histórico, algo singular – tornando-se a extração desse valor. Logo, o valor do turismo.”
Em outras palavras, Kolinjivadi traz essa analogia alertando todos do grande perigo as vezes não visto.
“A ideia era chamar a atenção para o fato de que o turismo poderia ter o mesmo impacto de uma refinaria de petróleo”, acrescenta o acadêmico.
A saber, Kolinjivadi afirma que as empresas de viagens buscam capitalizar qualquer interesse em um destino. Isto é, tratando-o como uma mina virgem a ser explorada e seus ativos canalizados com poucos benefícios tangíveis para quem mora lá. Logo, a exclusão das populações locais pelo turismo e preços crescentes dos imóveis, por exemplo.
Muitas dessas viagens são para lazer ao invés de serem realmente essenciais. Sem dúvidas, todos merecem curtir, mas com sabedoria.
Mudanças pelo mundo

Foto: Dan Freeman on Unsplash
A saber, sobre o penúltimo parágrafo, há casos de moradores locais revidando. Em suma, na Escócia o parlamento do país lidera um esquema de licenciamento de arrendamentos em curto prazo para 2023. Decerto, Edimburgo seria afetada, dificultando os imobiliários de aumentarem aluguéis e preços dos imóveis.
Por curiosidade, o governo da Tailândia foi forçado a fechar Maya Bay indefinidamente em 2018. Pois, isto permitiria que seu ecossistema, danificado pelo turismo de massa, se regenerasse completamente.
Sem dúvidas, o turismo é considerado um benefício para o crescimento econômico em muitas partes do mundo, quando bem administrado. Contudo, o verdadeiro desafio é incentivar as empresas a investir nas áreas que atendem, ou seja, rendimento por visitante e não no número total de chegadas. De modo grosseiro, qualidade e não quantidade.
Assim sendo, Peru dá um belo exemplo decidindo limitar o número de visitantes nas ruínas de Machu Pichu, pensando nas gerações futuras. Na sequência, tem o Butão cobrando impostos e taxas dos visitantes. Por fim, cidades como Barcelona que também se movem para proibir novos empreendimentos de grande escala.
Maneiras solúveis para o turismo extrativista

Foto: Arno Senoner on Unsplash
Uma das maneiras de ajudar, segundo os especialistas, é pensar com mais cuidado sobre nosso impacto. Você pode comer em restaurantes locais, contratar guias locais e etc, mas o importante é ter bom senso. Não é sua casa, então deve ser pago francamente pela estadia. Em geral, perceber as melhores épocas para viajar, evitando o turismo em massa, ajuda muito também.
Por fim, além dos exemplos citados no mundo a fora e no parágrafo acima, Kolinjivadi acrescenta abaixo uma filosofia lógica que ajuda nessa luta em prol da manutenção do planeta e o lazer de todos no mesmo.
“ … porque as pessoas locais, as pessoas que vivem nessas comunidades, querem receber os benefícios do turismo. Eles não vão ser contra a expansão da indústria do turismo. Mas as pessoas que trabalham no turismo deveriam ter uma opinião maior sobre como ele é administrado. Uma indústria de viagens sustentável precisa prestar atenção às comunidades primeiro e aos recursos depois.”
Foto destaque: Divulgação/BBC

Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.