Governo nepalês admite superlotação e promete mudança de regras para o Everest

Apesar de várias declarações obtusas, negando que tenha havido superlotação do Monte Everest (8.848 m), a qual foi divulgada por vários veículos de informação, o governo nepalês reconheceu o problema e prometeu fazer “alguma mudança no setor de expedição”. Em declaração ao jornal The New York Times, o membro do parlamento nepalês Yagya Raj Sunuwar afirmou que “É hora de rever todas as leis antigas”.

Com pelo menos 11 mortes somente no Monte Everest a temporada de escalada do Monte Everest em 2019 provou ser uma das mais mortais e tumultuadas já registradas. Mesmo sem houver nenhuma avalanche ou terremoto, o número de mortes chega próximo de tragédias recentes da história do montanhismo.

Em todo o mundo, todo concordam que o número de 11 mortos é elevado. Isso porque nenhuma tempestade pegou equipes perto do cume, como na tragédia Everest em 1996 (oito pessoas morreram). Além disso, não houve avalanche como em 2014 (16 sherpas mortos) na Cachoeira Khumbu. Também este ano, felizmente, não houve nenhum terremoto como em 2015 (22 sherpas mortos).

Histórias de superlotação extrema e hostilidades entre os escaladores têm variado as manchetes deste mês dos principais veículos de comunicação. Embora as autoridades nepalesas não se comprometeram com quaisquer mudanças oficiais, elas reconheceram a preocupação.

“Nós levantamos a questão dos montanhistas inexperientes”, disse Mira Acharya, funcionária sênior do turismo do Nepal e afirmou que “estamos discutindo a reforma de algumas questões, incluindo a definição de critérios para todos os esperançosos do Everest”. Atualmente a maioria dos turistas pode contratar um guia e carregadores para que os leve ao Monte Everest. Não há nenhuma exigência de curriculum mínimo. Isso levou a um número crescente de visitas à fila de pessoas subindo a 8.848 metros.

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