O escalador francês Seb Bouin acaba de encadenar outra via graduada como 9° francês (acima de 11c brasileiro) em Flatanger, na Noruega, trazendo-o um passo mais perto de um objetivo ainda mais ambicioso. Em maio passado, ele encadenou “DNA”, em Verdon (França), graduada como 9c francês (13a brasileiro).
No Instagram esta semana, Bouin alardeou a repetição da via “Thor’s Hammer II”, graduada como 9a+ francês (12a brasileiro) que Adam Ondra escalou pela primeira vez em 2017.
O 9c francês é o nível de dificuldade mais alto já alcançado em escalada esportiva. A marca foi estabelecida em 2017 por Adam Ondra com a via “Silence” em Flatanger. Neste ano de 2022 Sébastien Bouin também escalou a mesma dificuldade com a via “DNA” em Verdon, Na França.
Bouin e Ondra são os dois únicos escaladores do mundo, atualmente, a ter sucesso em uma rota tão difícil.
A suposta nova via 13a
A via original consistia em “apenas” uma sessão de 25 metros da caverna, que se transformou em um objetivo de longo prazo: terminar a linha de 130 metros com grau especulativo de 9c francês (13a brasileiro). Isso a tornaria uma das três vias mais difíceis do mundo e a mais longa de escalada esportiva.
O projeto baseava-se no trabalho anterior do norueguês Magnus Midtbø , que primeiro a escalou em 2012 para um projeto de várias enfiadas. Cinco anos depois, o escalador tcheco Adam Ondra terminou a linha, que se estende desde o final da via “Nordic Plumber” (8c francês) ou “Thor’s Hammer” (9a francês), continuando até o topo da abertura da caverna.
A notícia foi publicada pelo site norte-americano GearJunkie e confirmada pela Revista Blog de Escalada. Esta é a primeira vez que a caverna foi escalada inteiramente de baixo para cima. Um percurso, portanto, é extremamente intenso com impressionantes 130 metros, na caverna de Flatanger, na Noruega.
Sébastien Bouin batizou a via de “Nordic Marathon“, com classificação 9b/+ (ou seja, um pequeno degrau abaixo do nível mais alto já alcançado que é 9c francês / 13a brasileiro). A prova da notável atuação do francês, Ondra, que é o autor dos primeiros 9c do mundo nesta mesma caverna, prestou-lhe homenagem através de um post no Instagram.
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Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.