A luz está quase acabando e você percebeu que cometeu um erro na rota, está possivelmente perdido na montanha. Você não está onde deveria e provavelmente passará a noite neste local. Como sobreviver a isso?
Ficar perdido não é uma sensação prazerosa. Para isso, confira algumas dicas em casos de surpresas noturnas, especialmente em climas mais frios.
Perdido na montanha: organização é a solução para todos os problemas
Desde já, sobreviver a uma noite na montanha começa com um bom planejamento. De fato, como se você fosse pernoitar na montanha, mesmo que pretenda apenas fazer uma caminhada de meio-dia.
Em diversos artigos passados aqui, a palavra organização está presente. Neste caso não difere, pois quando nos preparamos para o pior, o que poderia ser horrível, tende a ser menos preocupante. Enfim, falar de organização não remete apenas a rota que você planeja e sim a mochila. Certifique-se de ter os kits certos na mochila.
Mesmo que não deseje passar a noite em local X, é preciso ter Y e Z em mente. Em outras palavras, é importante ter os catetos engatilhados para evitar piores cenários, para não se afastar de sua hipotenusa, nesse caso. Capisci?
Não pare caso fique perdido na montanha
Todos tendemos a pensar que quando a noite cai, a coisa mais segura que a fazer é ficar parado até de manhã. Na verdade, de acordo com o escalador Mike Pescod, dono da Abacus Mountain Guides, se você não estiver imobilizado, ele diz que geralmente é preferível continuar em movimento.
Enfim, segundo Mike, o caminho mais seguro seria dar meia-volta, voltar a subir o caminho que deveria ter percorrido e seguir a rota regular para baixo.
A equipe de resgate pode ajudar, mas eles não pulam instantaneamente para dentro dos carros, correm para a base da montanha e sobem com luzes azuis piscando.
Se houver uma solução simples, eles lhe dirão por telefone e tentarão ajudá-lo. Várias são às vezes que conversamos com as pessoas guiando-as remotamente. — diz Pescod.
Se necessário, faça um abrigo
Aqui é apenas em caso da emergência indicar o abrigo. Caso não haja maneira de ser resgatado naquele momento, é válido buscar ou criar um abrigo e comunicar os socorristas de sua atual localização.
Mesmo não estando machucado, em condições climáticas mais frias, se manter aquecido pode deixar de ser frescura. Aliás, você evita se machucar durante a noite desnecessariamente.
Tecnologia
Muitos saudosistas de caminhadas evitam muitas coisas em qualquer situação. De fato, na escalada não é diferente. A tecnologia GPS e telefones são tão úteis na navegação como um mapa ou bússola.
Não é para se desvincular do tradicional. Apenas não há razão para não usar o atual, isto é, mesclar o tradicional com o moderno. Ademais, a tecnologia está ficando menor e mais compatível com o resto. Até mais leve está, facilitando seu transporte.
A cada 5 ou 10 anos a ciência inventa um melhor aparelho. Inclusive, atualmente é possível carregar um que emite o sinal de emergência via satélite, mesmo sem sinal de telefone. O que os mais experientes podem falar é que hoje em dia é mole se perder, mas deixar de usar o atual é outra história.
O bom e velho apito
Aí você pode pensar, ‘acabei de passar pelo tópico de tecnologia e você me indica um apito?’ Bom lembrar que mesclar é chave aqui. Extremos não costumam ser bons e nesse caso, com tanta tecnologia, é fácil esquecer dos apitos, mas eles são muito eficazes. Em resumo, o som de um apito percorre um longo caminho.
Numa emergência, você usa o apito para dar sua localização e evita gastar mais energia e voz gritando. Se você cumpriu o primeiro tópico com maestria, deve ter se lembrado de levar uma lanterna. Com isso, durante a noite, você terá ao menos dois sinalizadores que pouparam suas energias, facilitaram o trabalho dos socorristas e tornaram essa experiência menos desgastante.
Foto destaque: Raghav Yadav /Unsplash
Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, Seleção Brasileira de vôlei masculino, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.