Duas das principais revistas de escalada e montanhismo dos EUA, Climbing Magazine e Alpinist, estão realizando uma pesquisa sobre o assédio sexual na comunidade de montanha. Os institutos The American Alpine Club e The Access Fund aderiam também a pesquisa. A pesquisa foi intitulada “sexual harassment and sexual assault in theclimbing world” e pode ser respondida on line até o dia 31 do mês de maio.
Desde as denúncias de artistas a Harvey Weinstein, um dos principais empresários do entretenimento do mundo, muito se debate o tema em todo o mundo. Recentemente, tanto na Argentina e no Brasil, denúncias de assédio sexual estão sendo realizadas no ambiente esportivo também. Portanto, uma pergunta importante deve ser feita: existe assédio sexual no montanhismo e escalada?
Que fique claro que, de uma maneira muito genérica, assédio sexual, é toda forma de avanço sexual não consensual. Normalmente é um tipo de coerção de caráter sexual praticada geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado (normalmente em local de trabalho ou ambiente acadêmico). Por isso, para quem tiver alguma dúvida, o assédio sexual caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra alguma pessoa (homem ou mulher) visando a algum objetivo.
Importante lembrar que uma paquera está muito longe de ser um assédio sexual. A reação da pessoa após o “toco” é que pode significar. Por isso, ao responder a pesquisa é recomendável deixar de qualquer purismo ou exagero (muito menos revanchismo). O motivo deste aviso é simples: qual quer exagero, de ambas as partes, enfraquecem o diálogo e empobrece a discussão de um assunto tão sério.
A pesquisa ainda passará por uma análise de duas cientistas de dados: Callie Rennison e Charlie Lieu,
Para participar da pesquisa: https://docs.google.com
Cissa Carvalho é natural de São Paulo e praticante de esportes outdoor desde os 8 anos de idade. É alpinista fanática, e nas horas vagas tenta escalar em rocha, surfar e arranjar dinheiro para continuar viajando. Já esteve em todos os continentes e já escalou na América do Sul, África, Ásia e Europa