O que comer quando for escalar? Em suma, depende do seu objetivo, quanto tempo ficará fora, entre outros. Em determinadas atividades, indicam-se carboidratos, proteínas e frutas especificas.
A intensidade das atividades onde estiver também influenciam. Horários e quantidades, enfim, é preciso saber o que comer. Para isso, confira aqui o que comer quando for escalar.
O que comer quando for escalar?
Antes de tudo, é preciso se atentar com três glicogênios. São eles:
- Glicogênio: é simplesmente glicose armazenada, com a função de fornecer energia extra quando realizar atividade física intensa. A saber, os estoques de glicogênio estão concentrados no fígado e nos músculos e são de aproximadamente 450 a 550 gramas.
- Glicogênio hepático: o fígado regula a concentração de glicose no sangue e alimenta o cérebro, que só pode usar glicose como energia. O glicogênio no fígado atinge uma reserva de cerca de 100 gramas ou aproximadamente 1/4 das reservas globais. Essas reservas são maiores após as refeições, mas diminuem entre as refeições, especialmente durante o jejum noturno.
- Glicogênio muscular: é usado como combustível pelo músculo, onde é armazenado. É progressivamente esgotado durante o exercício. A saber, isso também depende da intensidade e quantidade de glicogênio armazenado. Mesmo tendo menor proporção do que no fígado, devido à sua maior massa, o músculo armazena de três a quatro vezes a quantidade de glicogênio que o fígado.
Alimentação pré-treino ou antes da escalada?
Em suma, depende do seu objetivo, do tempo que passou desde a sua última refeição e da composição da mesma. Em geral, leva cerca de 4 horas para digerir os carboidratos, absorvê-los e armazená-los como glicogênio. Se planejamos exceder 4 horas de atividade, devemos prestar mais atenção a isso. O mesmo se vamos nos expor ao frio, caso em que mais energia será útil para queimar e aumentar a temperatura do corpo.
A frutose e os amidos não reagem da mesma forma que a glicose ou a sacarose. Durante a ingestão de frutose, o fígado a converte lentamente em glicose. Pode fornecer um aumento modesto na insulina (apenas 20 a 30% da observada com a glicose). Consequentemente, não induz hipoglicemia.
Além disso, há um aumento na utilização de glicose sanguínea pelos músculos ativos e uma redução na utilização de glicogênio muscular, essa resposta promove a economia de glicogênio muscular para mais tarde, o que aumenta o desempenho no longo dia de escalada.
Por fim, o consumo de cafeína traz um ponto interessante. Por certo, estudos revelam que a ingestão de cafeína eleva os ácidos graxos livres antes do exercício, o que tende a poupar o glicogênio.
Alimentação intra-treino ou “entre pegues”?
De antemão, isso não é tão fácil em sessões de maratona de rock, onde o reabastecimento de glicogênio se tornará crítico. Os efeitos imediatos que o exercício causa em nosso corpo podem ser resumidos da seguinte maneira.
- Gasto de combustível (glicogênio e gordura): recomenda-se que a ingestão de carboidratos inicie no início do exercício e depois periodicamente, dependendo da intensidade. Alguns pedaços de fruta (glicose e frutose) são uma boa opção. Uma excelente escolha é a banana, boa combinação de glicose e frutose. No geral, a experiência e o autoconhecimento na escolha dos alimentos serão o seu melhor guia.
- Catabolismo muscular (destruição de proteínas): a destruição ou catabolismo de proteínas aumenta significativamente com o esforço físico sustentado. Deve ser combatido com a ingestão adequada de proteínas para a regeneração muscular.
Refeição pós-treino ou depois da escalada?
O carboidrato após o treino permite recarregar o glicogênio “queimado”. E cabe dizer que você tem dois tanques principais. Você precisa de glicose (ou precursores) para o músculo e frutose (ou galactose) para o fígado.
Por curiosidade, em relação ao Índice Glicêmico (IG), sempre se pensou que deveria estar alto neste momento. Porém, a menos que você treine várias vezes ao dia, a taxa de reposição de glicogênio não é tão importante.
Decerto, é uma boa ideia concentrar uma boa parte dos carboidratos de alto IG neste momento, mas sem forçar a ingestão de açúcar, suplementos ou outros alimentos não recomendados. Em resumo, melhor priorizar sempre a comida de verdade e saudável.
A saber, a quantidade de carboidratos a incluir dependerá do tipo e duração da atividade física ou escalada praticada. Como fonte de glicose pode escolher batata cozida, batata-doce ou arroz. A mandioca é o alimento ancestral com maior proporção de carboidratos (40%).
Outra pedida são as frutas. Uma porção de frutas também fornecerá frutose para repor o glicogênio hepático. Algumas colheres de mel (glicose e frutose) também podem ajudar. Ademais, legumes e frutas (antioxidantes), ajudarão a reduzir os danos oxidativos do exercício físico e nos manterão mais saudáveis.
Relação proteína-carboidratos
Existem algumas nuances, mas digamos apenas que 20g a 30g de proteína é ideal para a maioria das pessoas e tipos de treinamento. É o que normalmente é incluído em uma colher de proteína em pó ou em uma porção de 100g a 150g de carne/peixe.
Tenha em mente que existe uma relação sinérgica entre os dois macronutrientes. A saber, a proteína ajuda a recarregar o glicogênio, enquanto os carboidratos favorecem a síntese de proteínas, reduzindo o catabolismo muscular.
No fim, o que realmente importa é o que você come todos os dias, o tipo de treino que você faz e o descanso adequado. Se o seu corpo receber os alimentos certos nas quantidades necessárias, estará bem nutrido e abastecido para fazer uma boa atividade.
Foto destaque: Nathan Dumlao | Unsplash
Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, Seleção Brasileira de vôlei masculino, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.