Escola de Esportes de Montanha francesa publica estudo sobre mosquetão HMS

A Escola Nacional de Esportes de Montanha (ENSM) da França, com sede em Chamonix, é a escola referência no campo dos esportes de montanha. É particularmente a escola que forma todos os guias de alta montanha, instrutores de esqui e socorristas do país.

A instituição publicou recentemente um estudo sobre os mosquetões do tipo HMS. O estudo foi realizado porque hoje, o uso destes mosquetões ultrapassa a sua utilização de origem e são usados para construir sistemas de segurança para os quais eles não foram construídos. O principal questionamento do estudo é: “Essas utilizações são perigosas?”

Por que a preocupação?

Mosquetões são uma parte fundamental do nosso equipamento de montanha ou escalada. No momento da escolha, a alta responsabilidade que eles têm não pode vir antes dos critérios estéticos, influência publicitária, benefícios inúteis ou do desejo de economizar alguns reais em sua compra.

A preocupação com o uso deste tipo de mosquetão conhecido como “forma de pera” ou HMS (tipo H) é porque são menos resistentes que os “tipo D”. Uma outra desvantagem do uso do HMS é que este modelo têm certa tendência a trabalhar próximo ao gatilho, longe do eixo principal do mosquetão ou de forma transversal, o que pode reduzir sua resistência em cerca de 60%.

Devido à sua forma, os mosquetões HMS são mais adequados para ser usados nos freios (especialmente o ATC), pois garantem um bloqueio uniforme das duas cordas e evitam atritos inadequados.

Eles também são ideais para usar o nó dinâmico UIAA, pois foram projetados para isso, permitindo a mobilidade total desse nó para os dois lados do mosquetão, sendo esta técnica de garantia referida pela sigla HMS (Halb Mastwurf Sicherung) e aqueles que dão nome. A sigla HMS pode ser traduzida como “segurança com nó dinâmico”.

  • halb metade
  • Mastwurf nó dinâmico
  • Sicherung proteção

 

Os mosquetões “Tipo D possuem design mais versátil e geométrico e fazem a carga trabalhar ao longo do eixo principal. Ou seja, longa do gatilho. Quanto mais assimétrico ou fechado esse “D” for, mais resistência terá o gatilho aberto.

É por isso que esta forma de mosquetão “D” é a ideal para usar em paradas e equalizações triangulações.

Mas é importante monitorar o alcance da curvatura inferior do mosquetão e impedir que a fita trabalhe perto do gatilho ou impeça sua abertura. Para escaladas esportivas em que as quedas são contínuas, evite usar mosquetões “D” de diâmetros inferiores a 9 milímetros.

Portanto o escalador deve dar preferência aos mosquetões com 10 mm ou mais para evitar machucar a corda com raios de trabalho reduzidos.

Para ter acesso ao estudo acesse: http://www.ensa.sports.gouv.fr

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