Alpinista malásio é resgatado após 40 horas desaparecido no Annapurna

O alpinista malásio Wui Kin Chin foi resgatado com vida após passar duas noites acima dos 7.500 metros acima do nível do mar, sem possuir oxigênio ou suprimentos. O montanhista estava tentando descer após fazer cume no Annapurna (8.091 m). Exposto a temperaturas abaixo de zero, sem comida, água e oxigênio, além de ter várias queimaduras pelo corpo, Wui Kin Chin foi resgatado ainda com vida, e está hospitalizado no Nepal Mediciti Hospital em Katmandu. De acordo com o último boletim médico, seu estado ainda é crítico.

O trabalho dos resgatistas, segundo análise de especialistas, foi considerado impecável. Após o resgate foi aberto novamente o debate a respeito da massificação desenfreada das montanhas do Nepal. No dia de ontem foi mostrado por uma rede de TV uma fila de 200 pessoas fazendo ataque ao cume do Monte Everest. Em declaração à rede de TV Antena 3, o editor chefe de uma revista espanhola especializada em montanhismo afirmou que “o Everest é uma fogueira de vaidades”. “O que antes era uma façanha, hoje é apenas turismo”, complementa.

Mas não é somente o Everest que sofre massificação, a montanha na qual foi resgatado o malásio também. Na última terça-feira mais de trinta alpinistas alcançaram o topo do Annapurna, um dos picos mais perigosos e selvagens do mundo. Durante a descida, Wui Kin Chin, de 48 anos e membro de uma expedição comercial lançada pela Seven Summit Treks, ficou para trás e sem força por volta de 7.750 metros.

O alarme teria sido ligado algumas horas depois, não alcançando o refúgio do Campo 4, onde o restante dos alpinistas de sua equipe, que haviam tentado o cume naquele dia, o aguardava. Wui Kin Chin então começou uma corrida contra a zona da morte, passando duas noites em completa solidão.

Após três voos de reconhecimento, um helicóptero partiu de Pokhara e conseguiu localizar o alpinista que agitava os braços pedindo ajuda. Wui ficou seguindo o rastro de seus companheiros, mas não conseguia se locomover por não ter mais energia para locomover-se. Sem oxigênio suplementar ou equipamento para obter água, suas chances de sair vivo diminuíam a cada hora.

O alpinista malásio foi salvo graças ao esforço heroico de um grupo formado por Nirmal Purja,Mingma Gyabu, Gesman Tamang e Gelje Sherpa, que fizeram o seu resgate e o conduziu para tratamento médico.

Comente agora direto conosco

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.