Com mais de 13 anos de estrada, a Revista Blog de Escalada está testemunhando a escalada, especialmente como esporte olímpico crescer a passos largos no mundo inteiro. No meio desta empolgação toda é necessário também fazer uma pausa e repensar na frase de Stan Lee, de que “grandes poderes traz grandes responsabilidades”.
Com essa expansão, que vêm gerando aberturas de academias, criação de associações, federações, ligas, marcas, campeonatos, também vem a responsabilidade da comunidade em garantir que o esporte seja aberto e inclusivo para todos. Por inclusão, entenda que a escalada deva ser acessível para quem quiser praticar, independentemente de raça, cor, religião, nacionalidade, gênero, orientação sexual ou identidade de gênero.
Pensando neste aspecto social, a federação norte-americana de escalada esportiva A USA Climbing, ambiciona se tornar referência para o mundo inteiro em diversidade, equidade e inclusão no esporte. Uma preocupação bastante justificável pois, como é de conhecimento geral, os EUA possui problemas neste aspecto quase seculares. O racismo e a discriminação étnica nos Estados Unidos têm sido um grande problema desde a época colonial e escravista do país.
Após dois governos de Barack Obama, que foi o primeiro presidente negro dos EUA, a eleição de Donald Trump e a aplicação de suas políticas conservadoras, anti-imigração e de cunho militar representaram para muitos um retrocesso em muitas dessas questões.
Querendo mostrar uma visão mais moderna, o USA Climbing anunciou no dia de ontem a formação de uma nova Força Tarefa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEITF) para melhor avaliar, identificar e implementar mudanças nessas áreas em escaladas de competição e recreativas em todo o país.
O propósito do DEITF será fazer recomendações ao Conselho de Administração de Escalada dos EUA e aos praticantes sobre como aumentar a diversidade, equidade e inclusão no quadro de membros, operação e liderança da entidade.
Para saber mais detalhes: http://www.usaclimbing.org
