Olá, leitor amigo que me acompanha por aqui. Na semana passada dei uma “sumidinha” porque estava por aí desbravando montanhas e enfrentando muito gelo. Fiquei sem conexão com a internet, mas deu tudo certo e estou aqui para contar como foi a preparação para subir as geladas montanhas californianas!
Bem, mais uma vez pudemos (eu e o grupo de pessoas que estão comigo) contar com a bondade dos Trail Angels. Em um dia de muito vento e frio encontramos um senhor literalmente no meio do nada preparando chilli para os trekkers e oferecendo seu carro para nos aquecermos. Adormecemos debaixo das Joshua Trees e comemos panquecas frescas pela manhã, antes de partirmos para o nosso próximo destino.
A cidade de Lake Isabella nos recebeu com uma chuva de granizo, mas nossa recompensa veio mais tarde naquele mesmo dia, quando pudemos aproveitar um rodízio de comida japonesa – bem diferente do brasileiro. De volta à estrada começamos nossa caminhada de 80km – dividido em dois dias – até as montanhas. No caminho, tive um encontro nada prazeroso com uma cascavel, que estava pronta para me atacar, antes de cair montanha abaixo.
A travessia do deserto chegou ao fim oficialmente no 47º dia de trilha e tiramos um tempo para nos prepararmos para a parte mais desafiadora da PCT até então: as montanhas altas. Foram pouco mais de 1.200 quilômetros percorridos até aqui.
Antes de enfrentarmos as temidas montanhas, compramos equipamentos especiais para o frio, como meias e calças térmicas, além de isolante térmico para usarmos embaixo do saco de dormir. Nosso plano era sair na sexta-feira cedo, mas a tempestade de neve que caía nas montanhas nos impediu durante dois dias, nos quais aproveitamos para consumir muitas calorias, como hambúrguer e batatas fritas (posso dizer que um dos grandes benefícios de fazer um projeto como esse é que podemos comer muito e sem culpa!) na cidade de Tulare, onde estávamos alocados.
Começar a subida nas montanhas debaixo de muita neve pode ser complicado. Já que não conseguimos ver a trilha demarcada graças ao acúmulo de neve no chão, podemos facilmente nos perder e não encontrar o caminho de volta ou acabar invadindo o espaço de algum animal, o que pode terminar de forma bem trágica. Mas essa parte eu conto na próxima semana.
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Brasiliense de 24 anos é formado em Comércio Exterior pelo Mackenzie. A paixão do atleta pelo trekking começou aos 18 anos, quando ele escalou seu primeiro vulcão, na Bolívia. Desde então, tem enfrentado quilômetros de trilhas em todas as partes do mundo, passando pela América do Sul, Europa e Ásia.
E essa joelheira que está na foto funciona?