Academias dos EUA começam a alterar políticas de segurança para freios automáticos de escalada

Com o crescimento da escalada esportiva, empresários estão olhando com mais carinho para o esporte e investindo em novos e modernos estabelecimentos. A escalada entrar na Olimpíada de Tóquio 2020 e, muito provavelmente, de Paris 2024, abriu um novo horizonte para a escalada. Junto com uma infinidade de oportunidades, há também alguns problemas que é a imperícia de escaladores em academias de escalada.

Não há em todo o mundo uma regulamentação ou padronização do que é fundamental para uma academia de escalada. Esta falta de padronização é que faz com que os seguros contratados por uma academia acabem ficando muito caro. A principal preocupação dos estabelecimentos em todo o mundo é diminuir o número de acidentes. Para que esta diminuição aconteça, alguns equipamentos passarão a ser considerados obrigatórios.

O país com maior número de estabelecimentos voltados para a prática da escalda em todo o mundo são os EUA. É de lá que estão começando a surgir algumas convenções de mercado. Foi anunciado recentemente que todos os locais da academia The Front Climbing Club em Utah estaria adotando uma nova política de segurança.

O estabelecimento anunciou que “a partir de 1º de dezembro de 2019, o The Front exigirá que todos os escaladores que proverem segurança usem dispositivos de frenagem assistida [ABD]”. Equipamentos de escalada considerados “frenagem assistida” nos EUA, nada mais é do que os freios automáticos.

Aproximadamente na mesma época em que a nova política do The Front foi tornada pública, o Ascent Studio em Fort Collins, Colorado, lançou um comunicado com palavras semelhantes.

A academia também vinculou a vários artigos sobre outras instalações em todo o mundo que adotam políticas obrigatórias de freios automáticos. Um dos mais interessantes é de uma academia de Singapura que diminuiu radicalmente o uso de acidentes depois que proibiu o uso de ATC e similares.

Nos EUA são classificados três tipos de freios: Tubulares ou ATC (tubers), bloqueio assistido por geometria e bloqueio automático. Para alunos grande parte das academias seguem o padrão de somente autorizar freios automáticos. Freio de bloqueio assistido por geometria do aparelho, nos EUA, somente é permitido para o staff da academia.

O site Climbing Business Journal divulgou uma imagem ilustrativa dos tipos de freios (tubulares, assistido por geometria e automático), confira na imagem acima.

E no Brasil?

No Brasil, grande parte das academias que possuem vias guiadas e top rope adotam a obrigatoriedade dos freios automáticos. Apesar de muitos monitores apenas conhecem um único modelo, sempre há discussões e mal-entendidos quando algum outro freio automático aparece no estabelecimento.

Porém, na Argentina e Chile, países que possuem escaladores com maior chance de se classificarem para as Olimpíadas, há vários estabelecimentos que deixa livre para a escolha dos clientes que tipo de freio usar. Academias da Holanda, Espanha, França e Alemanha também seguem a mesma política de confiabilidade na habilidade do cliente.

Nas provas oficiais da International Federation of Sport Climbing (IFSC), a entidade máxima da escalada esportiva e que gere as principais competições no mundo, na disciplina de via guiada todos os seguradores usam freios tubulares (ATC).

Nos EUA e Canadá, também seguem a mesma linha. Recentemente nos EUA, houve um acidente ocorrido em uma prova de escalada de velocidade, na qual a segurança não era feita por um dispositivo automático (que é o padrão IFSC) mas manualmente. Visando diminuir o número de acidentes, as academias de escalada mais novas e, portanto, preocupadas em diminuir o número de risco tem adotado os freios automáticos.

Para saber quais os freios automáticos existentes no mercado acesse: https://blogdescalada.com

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