Atletas da nova geração dominam primeira etapa da Copa do Mundo IFSC de Boulder

Confirmando as expectativas, atletas da nova geração foram os grandes destaques da primeira primeira etapa da Copa do Mundo IFSC de Boulder. Faltando pouco mais de um ano e meio para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, este ano é fundamental para todos os competidores, pois terão as primeiras oportunidades para conseguir a vaga olímpica.

A grande ausência em Hachioji foi a escaladora eslovena Janja Garnbret, que ainda se encontra em fase de recuperação de uma lesão no tornozelo. A etapa contou com a participação de brasileiros. O grupo de atletas do Brasil teve a oportunidade de passarem um período para treinamentos e imersão na Eslovênia no início deste ano.

Pelos resultados obtidos na primeira etapa da Copa do Mundo IFSC de Boulder, o objetivo de chegar a uma semifinal (que são os 20 melhores classificados na etapa) e classificar para as olimpíadas parece um sonho remoto. Mesmo com a “matemática criativa” de esperar norte-americanos e canadenses se classificarem antes do torneio pan-americano, as chances de classificação somente seriam concretas se frequentar as semifinais das etapas da Copa do Mundo.

A próxima etapa da Copa do Mundo de Boulder será em Seul, Coreia do Sul no próximo final de semana, de 28 a 90 de Abril.

Brooke Raboutou ganha primeira medalha de ouro em uma Copa do Mundo

A primeira parte da prova nipônica terminou com a celebração da final feminina, à qual, conforme estabelecia o regulamento, apenas as seis melhores mulheres puderam participar. Observando os resultados da fase classificatória, já possível considerar que das linhas de boulder estabelecidas para os atletas, a “nota de corte” era ter feito, no mínimo, 4 tops.

A saber, para efeito de comparação de atletas que ambicionam a classificação a uma semifinal, entre as mulheres a obrigatoriedade de top, também conhecida como “nota de corte”, era de 80% das linhas de boulders propostas em uma semifinal. Únicas sul-americanas presentes, as atletas brasileiras Anja Köhler, ficou em 67º lugar (0t0z 0 0) e Bianca Castro (0t2z 0 4), ficou em 73º lugar, de um total de 74 posições (confira quadro abaixo).

Depois de uma semifinal exigente, em que dois tops foram suficientes para classificar para a final, a chinesa Zhilu Luo e a japonesa Anon Matsufuji enfrentaram na final quatro escaladoras que já sabiam o que significa lutar por um lugar pódio: a norte-americana Brooke Raboutou, a eslovena Mia Krampl, a alemã Hannah Meul e a israelita Ayala Kerem.

Nos quatro problemas que os route setters propuseram na final feminina, foi proposto uma grande variedade de movimentos, com a coordenação motora desempenhando um papel importante. Em geral, linhas que exigem mais coordenação motora favorece atletas com bom repertório de movimento e com um bom route setter ajudando o treinador na preparação.

Raboutou e Meul foram as únicas que conseguiram fazer top na final, com três para a norte-americana e um para a alemã. Uma vitória tão acachapante que é equivalente a que no futebol é ganhar um título aplicando uma goleada.

Brooke Raboutou se destacou de maneira exuberante entre as outras finalistas e sem dúvida é uma das grandes candidatas a ficar bem na frente em todas as competições deste ano. É necessário, entretanto, ver como se dará o duelo com Janja Garnbret em etapas futuras.

Por que nova geração? Reparando na idade das finalistas é possível perceber isso:

  • Brooke Raboutou – 22 anos
  • Hannah Meul – 22 anos
  • Anon Matsufuji – 19 anos
  • Ayala Kerem – 21 anos
  • Zhilu Luo – 17 anos
  • Mia Krampl – 22 anos

Confira abaixo o resultado COMPLETO

Mejdi Schalck vence em um pódio todo de europeus

Foto: Dimitris Tosidis/IFSC.

Como já havia acontecido na final feminina, a final masculina também foi muito difícil. Apenas os três escaladores que subiram ao pódio conseguiram fazer um top. Além disso, na segunda linha da final, novas agarras da 360holds, que haviam sido divulgadas no Instagram da IFSC, foram usadas pela primeira vez na parede de competição.

Os brasileiros Felipe Foganholo ficou em 69º lugar (0t3z 0 10) e Rodrigo Hanada (0t3z 0 6) em 77º lugar de um total de 91 posições. Diferentemente das mulheres, atletas que fizeram 3 tops conseguiram passar às semifinais, sendo assim a “nota de corte” de 60% de top do total de linhas propostas.

Esta novidade tirou todos os atletas da zona de conforto, que tinha listras irregulares em preto e branco e textura dupla, que adicionaram mais uma dificuldade à prova. Na final se enfrentaram Mejdi Schalck, Hannes Van Duysen, Paul Jenft, Kokoro Fujii, Jongwon Chon e o estreante Sorato Anraku, que foi para uma final em sua primeira participação em copa do mundo.

Os europeus dominaram a final, com um inspirado Schalck (único a ter conquistado dois tops) vencendo. Por que nova geração? Reparando na idade dos finalistas é possível perceber isso:

  • Mejdi Schalck – 18 anos
  • Hannes Van Duysen – 18 anos
  • Paul Jenft – 18 anos
  • Kokoro Fujii – 30 anos
  • Sorato Anraku – 16 anos
  • Jongwon Chon – 27 anos

Confira o resultado COMPLETO abaixo:

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