O artigo científico intitulado “Alpine Masculinity: A Gendered Figuration of Capital in the Patagonian Andes”, assinado pelo antropólogo e sociólogo Marcos Mendoza, abre a discussão sobre as dificuldades das mulheres na indústria do ecoturismo e montanhismo.
No artigo, anunciado em seu perfil do Instagram, afirma que “O deserto alpino é figurado como um espaço para certos tipos de sujeitos como homens com físico robusto, enquanto mulheres e ‘homens não alpinos’ são marginalizados e desvalorizados. A narrativa de heroísmo e sacrifício associados à escalada alpina, em que se está envolvido com as dificuldades e os perigos da natureza, está na raiz desse preconceito de gênero”.
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No artigo científico, disponibilizado em inglês, Mendoza ainda afirma que “se quisermos ter um espaço mais neutro em termos de gênero no ambiente alpino, precisamos começar revisando essas construções culturais. O sexismo é tão onipresente que até aparece nos topônimos locais, onde as pessoas comemoradas tendem a ser quase exclusivamente homens”. Marcos também aborda o fato de que “os homens alpinos estabeleceram um quase monopólio sobre o espaço vertical exclusivo de consumo e recreação associado à escalada”. Ainda em sua análise, conclui que “as mulheres lutam contra as barreiras de gênero no alpinismo, enfrentando o sexismo, ceticismo sobre suas habilidades e atitudes paternalistas, que negam a própria presença delas nos Andes”.
Importante salientar que, como o próprio Abstract (resumo dos pontos principais de um artigo) do artigo anuncia, ele investiga a indústria do ecoturismo na Patagônia e a produção de um privilégio de gênero. Todo o estudo foi focado no ecoturismo de El Chaltén. A análise atende a como as práticas dos guardas florestais, guias de turismo e montanhistas, os quais criam um espaço de protecionismo de gênero que desvaloriza e marginaliza outros sujeitos (como as mulheres).
Para ler o artigo acesse: https://onlinelibrary.wiley.com