Feito na Montanha: jóias forjadas pela história, amuletos que inspiram

Dê um play acima e leia a matéria a seguir ouvindo “Hold Me”, da banda australiana Teskey Brothers, uma das canções preferidas do casal fundador da marca “Feito Na Montanha”, um novo conceito de joias outdoor.

Se para os nômades e navegantes de séculos atrás o que os guiavam geograficamente eram as estrelas, como a Polar, próxima ao polo Norte, e a Cruzeiro do Sul, próxima ao polo Sul, atualmente amantes da aventura e esportes em geral, podem se dizer também guiados, simbolicamente, por elas; mas dessa vez, através do aglomerado estelar NGC 4755.

Explico:
Visível a olho nu, o aglomerado foi (em meados do século XVIII) especialmente batizado pelo astrônomo John Herschel como “Caixa de Jóias” (Jewel Box) o que, automaticamente, me remete às joias desenvolvidas pelo Feito Na Montanha. O astrônomo descreveu sua aparência telescópica como “uma excelente peça de joalheria sofisticada”. Tendo cerca de 7 bilhões de anos, o aglomerado está localizado na constelação de Crux, também uma importante referência no universo da escalada, seção mais crucial de uma ascensão.

Feito Na Montanha

Carregadas de memórias, as peças não só representam as conquistas de quem as adquire, como também desbravam o por vir, como uma espécie de bússola, nos guiando ao convite diário à aventura que é viver.

Foto: arquivo pessoal Maiza Nara

E para saber mais sobre esse novo conceito de joias, conversei com o inspirador casal, Maiza Nara & Antonio Nascimento.

A Maiza “Empreendedora” nasceu antes da Maiza “Outdoor”. Desde os 7 anos de idade Maiza conta que já vendia geladinhos, depois bombons caseiros e com apenas 11 anos já tinha até funcionários. Aos 28 anos (quando sobrou tempo na agenda da jovem empresária), Maiza pôde adentrar no universo dos esportes em meio à natureza, começando pela caminhada, corrida, montanhismo, escalada; quando então, no seu primeiro dia de iniciação em rocha, conheceu Antonio.

Para Antonio, a Maiza sempre foi “mateira”. Segundo o paulista, Maiza tem a incrível capacidade de abrir novos horizontes, mesmo quando não enxerga-se nada, como numa floresta densa: ”pode ser até que ela te leve pra vários lugares ao mesmo tempo, mas isso faz parte da jornada e se torna maravilhoso”, afirma.

Ele, que teve uma de suas primeiras experiências em montanha durante um mochilão na Bolívia e no Peru, após retornar da Trilha de Salcantay passou a ter a percepção de que as 12 longas horas diárias trabalhando no setor financeiro somadas às 02 horas de deslocamento, já não faziam mais sentido… Aliás, talvez nunca tenham feito.

Joias que refletem a sua natureza

Num tempo onde quase nada mais é feito para durar, imagine poder resgatar a atemporalidade das coisas: seus descendentes ou pessoas queridas com as peças de lugares em que você esteve ou de esportes que praticou.

E o que torna tudo ainda mais especial é que o Feito Na Montanha também desenvolve peças personalizadas, que refletem a sua natureza. Bora saber mais?!

Como nasceu o Feito Na Montanha?

Antonio: Para oficializar o pedido de namoro, eu ponderei sobre como poderia presentear a Maiza, uma vez que já tinha em mente que ela não usaria uma aliança de compromisso. Busquei por pontos de ligação ao lugar onde nos conhecemos e por onde estivemos juntos muitas vezes mais: a escalada.

Durante uma viagem a São Tomé das Letras (Minas Gerais) encontrei, numa lojinha, uma costura de latão (num par de brincos), feito artesanalmente por um rasta. Com essa peça fiz dois colares e assim pedi a Maiza em namoro, que por sua vez, aceitou!

Um tempo depois, perdi o colar (aliança) e numa viagem ao México, encontramos uma outra costura, de prata; nesse dia, não importasse o valor, eu compraria. Pois nunca havíamos encontrado esse tipo de peça num material precioso como a prata.

Depois de algum tempo, perdi novamente a “aliança” (a sorte é que em todas as vezes eu estava com a Maiza, ufa!) e diante do fato, pensamos: precisamos nós mesmos criar essa peça! E fomos atrás do que era necessário.

A ideia ficou em ‘stand by’ pois nossa rotina, em paralelo, era tomada por nossos trabalhos. Porém, próximo à data do nosso casamento, descobrimos ser possível fazermos nossas próprias alianças e daí o sonho foi reacendido. Desse momento em diante, o Feito na Montanha nasceu!

No decorrer do tempo, percebemos que a joia contava nossa história, pois sempre perguntavam o que significava o pingente e nós explicávamos ser uma costura de escalada, sua finalidade, etc. Nossa missão, então, nasceu do desejo de carregar as nossas paixões e ao mesmo tempo, nossas histórias todos os dias.

Foto: arquivo Feito Na Montanha

A quem a marca se destina?

Maiza: ao público outdoor em geral. Galera da montanha, da escalada, do rapel, do ciclismo… Enfim, quem ama estar na natureza, seja no fundo do mar ou no cume da montanha, pode usar nossas peças que vão desde alianças, aneis, brincos, colares, pingentes, pulseiras e até piercings.

Nós queremos quem tem história para contar. Nosso desejo é, através de uma joia, materializar a trajetória das pessoas, dos casais, de um esporte ou de uma conquista.

Quando construímos nossa identidade, temos uma autoestima mais elevada. Nossas joias são mais do que um simples adorno, elas representam quem nós somos e nossas paixões, isso é atemporal.

Como vocês enxergam a congruência entre joias, preço e valor?

Feito na Montanha: Primeiro precisamos relembrar do momento em que a joia nasce. Desde a pré-história as pessoas usavam ossos, pedras lascadas, sementes, colares, e isso as ajudava em suas identificações – por suas histórias. Posteriormente temos o conceito de adorno e até mesmo obra de arte.

Para nós, a estética da joia é importante? Com certeza! Mas o significado dela é muito mais relevante.

Os usuários do Feito da Montanha relatam usar as peças diariamente, isso vai muito além de tendência ou moda, isso traz pertencimento.

Foto: arquivo Feito Na Montanha

O que os esportes representam para vocês?

Para nós os esportes representam um estilo de vida. É aquilo que nos desafia, nos traz conexão com a natureza, nos possibilita traçar metas, escrever história, superar nossos limites, marcar a nossa evolução.

E na montanha, diferente de outros esportes competitivos, não é você contra o outro. Na montanha isso não acontece, somos apenas nós e as montanhas.

“A montanha, além de ser imponente e forte, é também imutável em nosso período de vida. Quem muda, treina, ou deve se adaptar mais somos nós mesmos e é isso que decide se vamos conseguir subí-la ou não”, reitera Antonio.

Como se dá o processo artístico das peças?

Feito Na Montanha: Atualmente, nosso processo de fabricação consiste na parceria de três artistas, um para cada etapa:

  • 1ª fase: ilustração 2D, é a base. Refere-se à criação da história, do significado, do objetivo;
  • 2ª fase: ilustração 3D. Onde o desenho ganha vida na tela do computador. Dimensões da peça, analisar o que funciona e o que não funciona, precificação, protótipo;
  • 3ª fase: ourives. É quem dá vida à ideia, seja na prata ou ouro, é um processo bem manual.

O Antonio, além de co-fundador da Feito Na Montanha, é quem desenvolve a maior parte dos desenhos utilizados nas peças. As artistas e montanhistas Adriane Ferreira e a Luisa Mazarotto também deram luz a alguns modelos das últimas coleções.

Foto: arquivo Feito Na Montanha

Vale lembrar que as joias podem ser feitas sob encomenda, também em ouro, que a fabricação das peças faz uso da mesma tecnologia que grandes joalherias e que o serviço de polimento é gratuito aos clientes que já possuem algum dos amuletos, digo, “produtos”!

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E não se esqueçam:

“A felicidade fica depois do medo e a vida depois da zona de conforto!”

www.feitonamontanha.com.br/

 

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