Como quantificar perigos potenciais no trekking

Os perigos potenciais são condições na operação de um item, produto ou sistema com potencial para a iniciação de uma sequência de acidentes. Portanto, é uma condição, ou um conjunto de circunstâncias, que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte.

Esse artigo, entretanto, não é para passar medo em ninguém, mas para deixar todas as pessoas conscientes do que se pode enfrentar em um trekking. Estar atento e consciente é a melhor maneira de evitar-mos algo ruim.

É fácil ver que trekking é uma atividade mais saudável do que muitos dos hobbies “normais” da sociedade. No entanto, semanas de exercícios intensos podem começar a ter um efeito negativo no corpo de várias maneiras.

Embora muitos praticantes de trekking terminem suas caminhadas significativamente mais magros e em forma, essas mudanças nem sempre se traduzem em ser mais saudáveis ​​e, às vezes, podem ter efeitos duradouros em seu corpo após a caminhada. Entre ferimentos que podem levar meses para curar, dieta pobre e riscos ambientais, pode haver mais riscos para a saúde durante o trekking do que inicialmente aparenta.

Lesões

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A participação em qualquer modalidade esportiva sempre traz um risco de lesão, portanto é desnecessário dizer que as lesões entre os praticantes de trekking são comuns. As mais comuns são entorses, ossos quebrados, rupturas musculares e lesões por uso excessivo.

Por isso, não é surpresa para ninguém que muitos praticantes de trekking experimentem desconforto por meses ou anos após uma travessia ou uma atividade exigente. Em muitos casos, esse desconforto é leve e pode se manifestar em um joelho ou tornozelo sensível.

​​Entorse, luxação, fratura e contusão são lesões muito comuns e podem ser causadas por acidentes no trânsito, traumas esportivos, quedas ou até mesmo em situações de trilha. Em todos os casos citados é recomendado que a pessoa busque cuidados médicos com urgência.

Lesões na prática esportiva, como uma atividade de trekking, são mais prováveis quando as pessoas não realizam exercícios de aquecimento corretamente (exercitando e alongando os músculos em um ritmo lento, antes de se submeterem a um treino intensivo)

Para alguns essas lesões podem ser suficientes para forçá-los a sair da trilha durante a caminhada e, às vezes, afastá-los da atividade pelo resto da vida. Alongamento regular, além de usar dias dedicados ao descanso, podem ajudar a aliviar um pouco a pressão sobre seu corpo.

Por isso, sempre que possível, entre em contato com um fisioterapeuta ou mesmo um médico ortopedista pode ajudar a identificar qualquer sintoma que persista pós-trilha.

Incêndio florestal

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Pico do Maris após último incêndio

De acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicado ontem, as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irrefutáveis, irreversíveis e levaram a um aumento de 1,07º na temperatura do planeta.

Incêndios e secas extremas indicam ritmo acelerado do aquecimento global. Os recordes climáticos têm sido a marca de 2021 no mundo todo, inclusive no Brasil, que atravessa a mais severa estiagem em 91 anos.

No Brasil, o período de estiagem, reconhecido como o melhor período para a prática do trekking, começa entre maio e junho e termina entre setembro e outubro. No início do período, o clima ainda é considerado suportável, com a umidade do ar acima de 50%, ma em alguns lugares, como no centro do país, entre agosto e outubro, a umidade do ar cai para cerca de 20%.

Isso aumenta o perigo de incêndios florestais. A fumaça de um incêndio pode viajar por centenas de quilômetros, o que significa que praticantes de trekking podem enfrentar os efeitos negativos mesmo em uma área livre de fogo.

Os praticantes de trekking com problemas cardíacos são sensíveis aos efeitos nocivos da fumaça e devem ficar atentos a esses riscos ao escolher fazer uma trilha no inverno.

Perigos potenciais da dieta ruim

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Parece clichê começar com essa frase, mas você é o que você come. Embora pareça contra-intuitivo, dada a enorme quantidade de exercícios que os praticantes de trekking fazem, uma pesquisa sugere que uma dieta pobre ao longo da trilha pode ser prejudicial à saúde.

A diminuição da saúde das artérias, que aumenta o risco de acidente vascular cerebral e doenças cardíacas, pode ser uma realidade na trilha em um corpo de alguém que não sabe se alimentar corretamente. A dieta típica de praticante de trekking desinformado é o miojo e outros tipos de macarrão instantâneo.

Esses alimentos, embora sejam ricos em calorias e considerados ideais para tentar economizar peso e dinheiro. Para identificar o montanhista mal informado a respeito dos efeitos da má alimentação no organismo humano basta verificar quem leva um pacote de miojo (macarrão instantâneo) para comer no ambiente outdoor.

Miojo é um produto ultra processado, e neste processamento é utilizado óleo de palma para que cozinhe mais rápido, além do alto teor de sódio e conservantes. Além do excesso de sal em sua composição, o macarrão instantâneo contém glutamato monossódico, substância com propriedades viciantes e que pode causar enxaquecas, dor de cabeça e náusea.

Enfermidades

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No trekking, algumas enfermidades podem ser adquiridas facilmente. A doença do carrapato, também conhecida como febre maculosa, é uma delas e é uma infecção que pode ser extremamente grave.

A febre maculosa pode levar rapidamente à morte em até 30% dos casos não tratados. Clima seco e quente propicia a proliferação de carrapatos, que podem ser um risco a animais e humanos.

A doença de Lyme, apesar de não ser muito comum no Brasil, é outra doença doença que pode deixar sequelas e até levar à morte. Causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, porém a transmissão ocorre através de picadas dos carrapatos.

Picadas de aranhas e escorpiões também são comuns, especialmente em áreas de mata fechada. Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos e encontram-se geralmente em pilhas de madeira, cercas e sob pedras.

Não somente insetos, mas plantas também pode trazer enfermidades, pois a urticária é uma doença causada pela urtiga. Mas tem um rápido desaparecimento, durando cerca de 24 horas. Cansanção, muito comum no cerrado e nordeste, assim como a urtiga, também causa a sensação de queimadura ao toque com a pele.

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