Overuse é um termo utilizado para designar o excesso de repetições em um determinado movimento, provocando microtraumas locais.
Ocorre através de treinamento físico vigoroso; movimento biomecânico incorreto e rápida aceleração da intensidade, duração ou freqüência da atividade física esportiva.
Nos membros inferiores anormalidades biomecânicas, tais como joelho genovalgo ou genoravo, insuficiência no vasto medial e pé plano, contribuem bastante para adquirir uma lesão provocada por overuse.
Existe a relação entre a destruição tecidual induzida por um esporte e a capacidade de reparação pelo organismo. Quando a destruição é maior que a reparação a lesão surge.
O diagnóstico dessa lesão é realizado através de uma anamnese e/ou exame físico por um profissional capacitado, caso seja necessário, exame de ressonância magnética, ultra som e escanometria.
Uma escala na anamnese:
- Apresenta dor somente após a atividade;
- A dor ocorre durante a atividade, mas não compromete o desempenho;
- A dor ocorre durante a atividade e é grave o suficiente para interferir no desempenho;
- Dor crônica e ininterrupta.
O overuse também é classificado em 7 fases:
- Apresenta rigidez ou dor leve após a pratica esportiva e desaparece em 24 horas.
- Rigidez ou dor leve antes da pratica esportiva, com alivio do quadro por meio de aquecimento.
- Ocorre presença de rigidez ou dor leve antes de um esporte e a dor é mínima durante a pratica esportiva.
- A dor é mais intensa e altera o desempenho esportivo.
- A dor é significativa antes, durante e após o esporte.
- Dor mesmo ao repouso.
- A dor interrompe o sono com frequência, é constante e se intensifica com o esporte.
O “pré” tratamento começa com a redução na intensidade, duração e freqüência das atividades; aprender técnicas corretas de treinamento com preparadores e educadores físicos.
Aquecimento adequado antes das atividades; uso do gelo após as atividades para dores menos intensas e alongamento depois da pratica esportiva.
No tratamento fisioterápico, trabalhamos nos sintomas, para dor aguda é utilizado gelo, para dor crônica é realizado aparelhos de eletroterapia (microondas, laser, TENS) e a cinesioterapia afim de ganho de arco de movimento, caso necessário e aumento do metabolismo local.
Miguel é fisioterapeuta de profissão e se dedica na recuperação pós operatória na cidade do Rio de Janeiro