Conheça os 8 maiores erros que praticantes de trekking espertos não cometem

A esperteza pode ser considerada a agudeza ou sutileza nas ações de um indivíduo. Dependendo do estado onde esteja a pessoa no Brasil, este tipo de espírito é chamado de sagacidade. Lembrando que dificilmente a esperteza e a inteligência podem ser consideradas sinônimas.

Mas como diferenciar um praticante de trekking mais esperto de outro nem tanto? Minha resposta é bem simples: pelas atitudes que ele toma com si mesmo.

Sem querer entrar na área de segurança e conhecimento, prefiro identificar atitudes que o praticante de trekking toma consigo mesmo. Muitas delas no dia a dia, às vezes mais, outras menos, cometemos de maneira quase instantânea.

Os exemplos abaixo que eu irei citar são equívocos que as pessoas mais espertas e atentas não deixam acontecer. Lembrando, claro, que alguém ser esperto não necessariamente faz uma outra pessoa burra. Apenas quero com os exemplos abaixo assinalar alguns equívocos comportamentais que podem facilmente ser evitados.


Deixar os cadarços da bota arrebentarem

Antes de sair para qualquer trekking, é quase mandatório fazer uma revisão dos equipamentos nos mínimos detalhes. Faz parte desta inspeção olhar como anda a integridade dos principais equipamentos.

Um deles é o cadarço do calçado. Muitas pessoas acabam por falta de tempo, ainda mais nos dias corridos que vivemos hoje, não revisando o cadarço das botas e tênis. Estas mesmas pessoas preferem arriscar a deixar o equipamento “mais ou menos”.

Atualmente existem diversas lojas outdoor que já vendem cadarços sobressalentes para botas e tênis. Além disso é obrigação de todo montanhista saber pelo menos o tamanho de seu cadarço para conseguir comprá-lo facilmente.

O calçado de montanha adequadamente preso, faz a diferença no instante em que é requisitado para proteger o pé. Conforto e segurança ficam em evidência quando é feito um bom ajuste do calçado ao pé. Portanto, o cadarço é devidamente posto para exercer a sua função. Faz parte do hábito de um praticante de trekking esperto evitar sempre que possível revisar os cadarços.

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Não checar os botijões de gás do fogareiro

Se vai sair para um trekking que o obrigará a cozinhar na trilha, o fogareiro é o item essencial. Por isso verifique se o seu botijão está devidamente carregado. Atualmente este item é encontrado facilmente nas principais lojas outdoor do Brasil.

Mas, infelizmente, estas lojas estão na cidade. Quando estiver em um lugar afastado da civilização, lá não terá nenhum lugar para comprar ou trocar o seu.

Portanto, quanto mais afastado da cidade for o lugar que visitar, menor a probabilidade de existir um lugar que possa comprar. Parece incrível, mas ainda existem pessoas que levam botijões próximo do final de sua carga para um trekking mais longo. Com pouco tempo de uso, este botijão irá acabar e obrigará a pessoa a carregá-lo por todo o caminho.

Faz parte do hábito de todo praticante de trekking, verificar a carga de seu botijão de gás. A dica é que quanto maior o trekking, mais cheio tem de estar o botijão.

Uma boa regra a adotar é considerar que um botijão de fogareiro, quando usado para café da manhã e jantar, dura em média 3 a 4 dias. Adote esta regra prática para saber quantos deva levar.

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Guardar equipamento de trekking molhado

Quer conhecer um dos maiores inimigos dos equipamentos de trekking? O mofo! Deixar um equipamento mofar é quase condená-lo à morte. Sem exagero. Principalmente a sua barraca.

Claro que existem momentos que não tem como, especialmente no meio da trilha, guardá-lo seco. Mas neste aspecto é que fica fácil identificar o praticante de trekking esperto e outro nem tanto.

No momento de chegar em casa, por mais que esteja cansado, coloque tudo para secar em local seco, fresco e ventilado. Jaquetas, meias, sacos de dormir e barracas. Deixar para o dia seguinte é abrir a possibilidade de esquecer.

Este pequeno esquecimento abre o portal para que o mofo tome conta de seu equipamento. Portanto, ao chegar em casa pendure tudo e, se possível, passe um pano úmido para tirar o excesso de umidade.

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Montar a mochila de qualquer jeito

A maneira mais fácil de identificar um praticante de trekking iniciante, é olhar como sua mochila está montada. Quanto mais desequilibrada, maior a chance desta pessoa não ter carinho com ela mesma.

Claro que cada um sabe o tamanho da cruz que carrega, mas no caso de uma mochila de trekking você sentirá muito mais os pecados que carrega.

As principais marcas de mochila gastam muito tempo elaborando seus produtos para que o usuário sinta cada vez menos o peso da mochila. Mas todo este esforço de fazer o melhor para o cliente é jogado fora quando uma mochila é montada errada.

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Esquecer equipamentos relevantes

Montar uma mochila de trekking é um ritual que todo praticante deve fazer sozinho. Preferencialmente com muita atenção e, se possível, com um check list. Mas porque tanto cuidado com isso?

Simples. Alguém que esquece um item importante, como papel higiênico ou isqueiro, irá se arrepender amargamente. Por isso, quanto mais critério e até certo tipo de paranoia, melhor para a pessoa não esquecer algum equipamento essencial.

Repare que eu usei o adjetivo “essencial”, pois alguém que leva muito equipamento supérfluo acaba sofrendo. Para qualquer trekking, pergunte ao seu guia o que deve levar e não tente adivinhar situações absurdas para justificar, por exemplo, levar uma melancia, abacaxi ou mesmo fotos de artifícios.


Usar calçado de montanha incorreto

Para ir à montanha é necessário usar um calçado apropriado. Se há no seu trekking muitas subidas e descidas íngremes, escolha um calçado de cano alto para proteger seus tornozelos. Se o tempo será chuvoso, privilegie um que tenha bom sistema de impermeabilização.

Caso irá realizar um trekking em um local com frio, não utilize botas que não irão aquecer seus pés.

Parecem regras pueris, mas muitas pessoas ainda arriscam a se arrependerem. Nesta mesma regra entra a escolhas das meias, que são tão importantes quanto os calçados.

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Cozinhar macarrão instantâneo (miojo)

Para identificar o montanhista mal informado a respeito dos efeitos da má alimentação no organismo humano basta verificar quem leva um pacote de miojo (macarrão instantâneo) para comer no ambiente outdoor.

Miojo é um produto ultra processado, e neste processamento é utilizado óleo de palma para que cozinhe mais rápido, além do alto teor de sódio e conservantes.

Miojo irá fazer você sentir MUITA sede, e em alguns lugares que há escassez de água pode fazer com que você possa passar um grande desconforto na sua atividade. Além do excesso de sal em sua composição, o macarrão instantâneo contém glutamato monossódico, substância com propriedades viciantes e que pode causar enxaquecas, dor de cabeça e náusea.

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Achar que sabe tudo

Foto: Freddy Duclerc

O maior erro de qualquer pessoa é acreditar que sabe tudo, pois nunca ela estará realmente disposta a aprender. Quem pensa que já sabe tudo, despreza a oportunidade de aprender mais.

Se existe uma coisa que aprendi na minha via de montanha é que quando você pensa que já aprendeu tudo, a montanha te coloca no chão e te ensina mais uma lição.

Portanto aprenda a ouvir a todos, não importando a experiência do interlocutor ou mesmo a sua. Acima de tudo não acredite que seja um super-herói (ninguém é). A principal qualidade de qualquer montanhista é saber ser humilde, acima de tudo. Deixe a vaidade e soberba em casa.

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