Foi exatamente assim que eu me senti quando ao escalar na Pedra da Divisa vi que no setor de Tetos havia VÁRIOS nomes escritos em uma árvore. E não eram letrinhas pequenas , e sim Letras garrafais em todo o tronco de uma árvore. Um total de 8 nomes.
O local, que não é passagem para nenhuma trilha de trecking, nem é passagem de turistas desinformados, e muito menos fica em local de fácil acesso público (há uma trilha íngrime de aproximadamente 25min). Mas nada disso impediu que supostamente escaladores deixarem a marca em uma árvore. Ato que mostra o quanto a comunidade escaladora anda LONGE de qualquer sinal de consciência de conservação. Uma verdadeira vergonha e aberração em um dos locais mais importantes da escalada do Brasil.
Quando alguém se perguntar o porque da escalada nunca conseguir um apoio, este tipo de comportamento que é passado a todos (e vigiado por ninguém) é que denigre a imagem de quem leva a sério o esporte e a natureza.
Faço minha as palavras de Boris Casoy: É uma vergonha!
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
Riscar árvores, deixar lixo, ficar gritando, usando drogas na base… é tudo motivo para afundar cada vez mais a escalada… não dou razão aos proprietários fecharem o acesso ao ver alguns animais que frequentam as paredes…