Tiros na serra do Cipo

Troca de tiros entre policias militares termina com um morto e dois feridos na Serra do Cipó*

Soldado morreu ao cair de abismo quando tentava resgatar colega que estava baleado em uma saliência da encosta

Um policial militar morreu e outros dois ficaram feridos após discussão que terminou em troca de tiros no fim da tarde deste sábado na Serra do Cipó, em Santana do Riacho, região Central de Minas. A discussão ocorreu em um mirante da Serra e os quatro policiais estariam embriagados.

De acordo com o delegado do 1º Distrito Policial de Santa Luzia, Gilson Rodrigues Rosa, o sargento Adalberto da Silva, de 44 anos, lotado no 13ºBatalhão de Polícia Militar, na capital, estava em um sítio em companhia de um amigo, o pintor Wellington Luiz da Silva, de 39, e duas mulheres.

Em depoimento à Polícia Civil, o pintor contou que os dois casais estavam tomando cerveja e caipirinha quando resolveram visitar o mirante. No depoimento, ele revelou também que, embora estivesse ingerindo bebida alcoólica, foi o sargento quem dirigiu o carro até o local.

Quando já estavam no mirante, chegaram no local os soldados Ricardo Aguiar de Souza, de 23, do 35º BPM, em Santa Luzia, Wesley Elias, também de 23, lotado no 1º BPM, na capital, e Marcos Vinícius Nascimento Barcelos, da Companhia de Policiamento de Trânsito de Contagem.

Os militares estavam acompanhados de três mulheres e também levaram cerveja para o local, mas o delegado não soube precisar se quem dirigia o carro estava alcoolizado.

Ainda segundo Gilson Rosa, o soldado Ricardo Souza subiu em uma pedra para fotografar a paisagem. O sargento Adalberto teria se incomodado com a presença dele e deu dois tiros para o alto.

Neste momento, Ricardo questionou se ele era policial e levantou a blusa para mostrar que também estava armado. O sargento respondeu atirando no soldado Souza, que foi atingido duas vezes e caiu no abismo, mas parou em uma saliência da encosta.

Diante do crime, o soldado Wesley Elias sacou outra arma e atirou no sargento, enquanto o soldado Marcos, o único dos policiais que estava desarmado, corria para o meio do mato, assim como as mulheres e o pintor que acompanhavam Adalberto Silva.

Durante o tiroteio, o sargento foi atingido quatro vezes, até que uma das mulheres que o acompanha pegou sua arma, encerrando a troca de tiros. O soldado Marcos Vinícius foi, então, tentar socorrer o amigo que estava caído no barranco. Ao tentar descer as pedras, Marcos escorregou e caiu de uma altura de aproximadamente 200 metros, bateu o crânio e morreu na hora.

Adalberto Silva foi socorrido no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Segundo o delegado, não foi esclarecido se os quatro tiros foram dados pelo soldado Wesley Elias, o que ainda será apurado pela Polícia Civil. Elias foi ouvido pelo delegado e liberado, pois, para Gilson Rosa, o militar agiu em legítima defesa.

Já o soldado Ricardo foi encaminhado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII com dois tiros e várias escoriações causadas pela queda. As balas atravessaram o seu corpo, e segundo a assessoria do hospital, ele não corre risco de morte. A equipe médica ainda avalia se será necessário submetê-lo a cirurgia e, por enquanto, o militar permanece internado em observação.

O Hospital Risoleta Neves não quis passar informações sobre o estado de saúde do sargento. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Milita, ele também não corre risco de morte, apesar de estar em estado grave.

A PM só se manifestou sobre o fato por meio de nota, na qual afirma que a discussão entre os militares não foi esclarecida. A nota diz ainda que os quatro estavam em horário de folga e nenhum estava fardado. Segundo a assessoria de comunicação da PM, nenhum dos comandantes aos quais os policiais estão submetidos vai se pronunciar sobre a respeito.

O delegado Gilson Rosa instaurou inquérito para investigar o caso. De acordo com a PM, a corporação não deve instaurar inquérito policial militar (IPM) porque, além dos soldados e do sargento estarem de folga, as armas usadas no crime eram particulares

Fonte: Lista FEMEMG e www.otempo.com.br

There are 4 comments

  1. joelma medeiros azevedo

    com certeza sim foi um erro deles estarem bebendo com arma.Mais para vcs que nunca tiverão nenhum tipo de contato com os 3 não tem nenhum direito d tentar culpar eles mesmo desta tragedia.pois não sabem como e sentir a dor de perdr um amigo como o barcelos,e saber que o aguiar esta em estado grave,pois antes de vcs deixarem qualquer comentario sobre o fato ocorridoé melhor olhar o lado de quem le e sofre com aperda de um grande amigo que sempre ficara lembrado no meu coração! PARABENS amigo vc foi um heroi para mim!! te adoro so lamento vc não esta podendo ler isto agora…

  2. lyzamineira

    Eu estava em uma área de camping próxima ao local ouvimos cerca de seis tiros e depois foi uma confusao só teve helicoptero do bombeiro….umas 20 viaturas….pensamos até voltar ra bh pq não sabiamos ao certo o que havia ocorrido. A noticia deu na radio itatiaia duas horas após, ai que minha turma tranquilizou….

  3. Fred

    Putz….so me faltava essa agora!!E dizem que são esses homens(muleques) que estão ai nas ruas para servir e nos proteger!!!Esse tal mirante provavelmente é o mirante da estrada que vai pra conceição do mato dentro….tem vista panoramica para o Grupo 1 e Grupo 2…e nao é muito distante em linha reta!!!Agora pensa bem…vc ta escalando uma das vias moveis do grupo 1 e de repente ganha uma bala na cabeça!!!!!Pensa comigo….policial militar de folga bebado e armador. Levando em consideração que a instrução na academia de policia leva apenas 6 meses, pensem bem no resultado pratico…o governo da licença e porte de armas para esses pessoal….que na folga vai pra um lugar paradisiaco, pacato, para encher o rabo de alcool e sair dando tiro…..Comedia dramatica da vida real..Tem que abrir uma via nova la no cipo… DE VOLTA AO VELHO OESTE!

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