Saiba 5 coisas que é necessário fazer para ser anti-racista

Umas ondas de protestos tomaram conta dos EUA desde o dia 25 de maio. O motivo? A morte de um afrodescendente George Floyd em uma abordagem policial truculenta. Floyd, de 46 anos, foi sufocado por um policial branco, que se ajoelhou sobre seu pescoço por mais de 8 minutos.

Apesar da pandemia de COVID-19, os manifestantes norte-americanos foram às ruas para mostrar sua indignação com o racismo em quase 600 cidades de todos os estados norte-americanos. A partir de então surgiu em várias mídias o termo anti-racista.

Nas últimas semanas, e após a morte de George Floyd, o movimento “Black Lives Matter” viajou por todo o planeta e foi instalado nos principais alto-falantes da mídia com o objetivo de acabar com o racismo sistemático que sobrevive em nossas sociedades.

Por consequência, isso inclui a indústria de esportes outdoor e as viagens de aventura. Todo mundo tem uma opinião sobre o que há de errado com o mundo, mas poucos se dão ao trabalho de melhorar suas próprias vidas.

Porque não basta “não ser racista”, é preciso ser anti-racista.

O que significa ser um anti-racista?

É essencial entender a definição da palavra “racista” antes de começar a afirmar que você é um ou outro. O racismo é a “crença de que a raça é o principal determinante das características e capacidades humanas e que as diferenças raciais produzem uma superioridade inerente a uma raça em particular”, segundo o dicionário.

Para uma pessoa ser anti-racista, ela deve “se opor ao racismo e promover a tolerância racial”. Fica evidente, portanto, que “não ser racista” não é a mesma coisa que um anti-racista. Existem verbos na definição que devem ressoar no coração de um anti-racista e impulsioná-los à ação: opor-se e promover.

Para isso, existem cinco coisas que pode ser feito para combater o racismo e promover a tolerância racial.

Eduque-se

Educar-se é uma afirmação ampla, por isso é melhor descrevê-la da melhor maneira possível. Primeiramente, não basta ter se formado no colegial ou estudar história. As aulas de história apresentam aos alunos as versões diluídas dos segredos mais sombrios. Em cada relato histórico, há coisas das quais nos envergonhamos e não queremos “continuar trazendo à tona”.

Ser educado e culto não é dominar datas nem nomes de pessoas. Esta diferença faz as pessoas suporem que opinião é o mesmo que argumento.

O diabo está nos detalhes. Esses detalhes não permitirão que o mal se esconda atrás de nossas civilizações e que a sociedade não precisa ofender. Se você deseja ser genuinamente educado, precisará fazer mais perguntas e ler mais.

Questione suas próprias crenças

Se você acredita que não é racista, mas nunca questiona por que as escolas nos bairros com mais afrodescendentes têm menos recursos, você pode se beneficiar de uma pequena introspecção.

Você enviaria seu filho para a escola com uma população estudantil predominantemente negra? Se a resposta for não, e você votou em pessoas que adotam políticas que transferem recursos dessa escola para outras escolas da região, isso perpetua o racismo sistêmico.

Ouça seus amigos afrodescendentes

 

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Cada pessoa afrodescendente possui relatos e histórias dentro de uma perspectiva diferente. Ouça-os explicarem como a desigualdade racial e as injustiças moldaram suas vidas.

Claro, se você for branco, talvez você os tenha conhecido na faculdade e assumido que o caminho deles era semelhante ao seu, mas agora é a hora de descobrir os desafios que eles enfrentaram devido à cor da pele.

Coloque-se em posições onde você é minoria

 

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Cada elemento da sociedade pode sentir-se como minoria. Nós, praticantes de esportes de montanha, somos minoria em relação às pessoas que não gostam de sair da cidade.

Entretanto, minoria racial é diferente. Portanto, devemos nos perguntar: “Finalmente estamos prontos para aceitar que temos um problema sistêmico?”. Um problema sistêmico é algo que merece a nossa atenção.

Crie mudanças dentro de você mesmo

 

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Se quiser mudar o mundo, comece primeiro com você mesmo. Uma frase que ficou célebre foi do ex-almirante da Marinha norte-americana William H. McCraven: Se você quer mudar o mundo, comece arrumando a sua cama.

McCraven concluiu: “Ao arrumar a sua cama pela manhã, você cumpre a primeira tarefa do dia. Ela te dará um pequeno orgulho e motivação para concluir mais outra tarefa. A partir dessa pequena tarefa, você concluirá muitas outras tarefas maiores ao longo de seu dia.”

O filósofo brasileiro frequentemente afirma que jovens cheios de “causas para mudar o mundo” fogem da obrigação de arrumar o quarto. Portanto, comece arrumando pequenas coisas de sua vida e de seus pensamentos.

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