O Palácio do Itamaraty confirmou na tarde desta quarta-feira que o corpo do paraibano Josenildo Correia da Silva, desaparecido desde o dia 6 de março, foi encontrado pelo grupo de busca da Guarda Florestal do Monte Aconcágua, na Argentina.
Alpinista amador, ele estava na sua terceira tentativa de escalar o maior pico do mundo após o Himalaia.
Natural de Guarabira, no Brejo paraibano, Josenildo era casado há 15 anos com Alessandra Pereira, com quem tem uma filha de 15 anos – ele tem mais dois filhos do primeiro casamento.
O alpinista trabalhava numa empresa de distribuição de bebidas e praticava as escaladas nas horas vagas. Começou no Parque Pedra da Boca, localizado no interior paraibano, e aos poucos foi enfrentando desafios mais difíceis.
O objetivo da expedição em que estava Josenildo era chegar até o cume do Aconcágua, que tem quase sete mil metros de altitude.
Alguns integrantes do grupo foram desistindo no meio do caminho, por causa das condições climáticas adversas, mas Josenildo decidiu continuar.
Segundo relatos, ele dissera que daquela vez não estava no monte por brincadeira.
Na época do desaparecimento, sua esposa disse que superar o Aconcágua era o grande sonho do marido, e que, apesar de dizer que nunca mais tentaria escalá-lo, ele sempre acabava querendo voltar. Era a quarta grande escalada que fazia na vida.
Com curso de instrutor de paramédico em alta montanha, o paraibano Edmilson Fonseca tentou sem sucesso escalar o Aconcágua entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.
De acordo com informações passadas a ele, Josenildo conseguiu chegar ao cume e comemorou o feito, mas depois disso não foi mais visto.
Fonseza afirma que o alpinismo é um esporte seguro desde que os atletas saibam de seus limites, o que talvez não tenha sido o caso do colega (eles se conheceram em treinamentos na Paraíba, mas nunca escalaram juntos).
– Conversei com vários alpinistas do Brasil, muitos que estiveram no monte naquele dia, inclusive.
Eles trouxeram relatos de outros atletas que subiram no monte e viram Josenildo no cume, comemorando o feito e tirando fotos de si mesmo. Mas talvez ele tenha chegado ao local tarde demais.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
Luiz Barreto olha a matéria aqui. É outro caso o que comentei hoje.
Só um detalhe, o Aconcagua não é o “segundo maior pico do mundo depois do Himalaia”, até porque o Himalaia não é uma montanha, mas uma cadeia de montanhas. O Aconcagua não está nem entre as 100 maiores.
Isso não tira a importância da matéria, mas fica o registro.
bhaaa…acho q ele chegou no cume muito tarde….deve ter escurecido antes de ele retornar ao acampamento mais baixo…aconteceu isso com um casal de brasileiros a alguns anos atrás..tiveram q passar a noite expostos a -30º foram encontrados as 7hs da manhã…ele congelado e ela sobreviveu por um milagre.
Marcelo Bigolin, olha ai a notícia que te falei.