As almofadas conhecidas como crash pad são uma ferramenta essencial para o boulder, pois amortecem em caso de queda. Se não existissem, o praticante dependeria apenas de sua habilidade ou sorte na queda.
Portanto, relevantes para um melhor impacto na rocha, confira as normas de fabricação de crash pad.
Crash pad

Foto: Tommy Lisbin /Unsplash
De todas as disciplinas de escalada, o boulder é a que tem menos recursos de segurança. O fato de ser realizada a pouca altura do solo permite menos uso de proteções como a corda. Entende-se como uma atividade com poucos riscos de lesões por impacto.
No entanto, a gravidade ou não de uma lesão pode depender mais de fatores como amortecimento adequado do que da altura da queda. Porém, é óbvio que a altura da queda é decisiva na gravidade da lesão e quanto maior a queda, maior a necessidade de amortecimento para minimizar as consequências.
Ter um crash pad ao pousar em vez de rocha dura ajuda a reduzir o risco de ferimentos graves. Além disso, as almofadas fornecem uma base mais confortável para sentar e descansar enquanto não estiver escalando. Enfim, essa é para os que gostam de dar uma paradinha a mais.
Apenas as normas de fabricação da UIAA são oficiais

Foto: Gear Junkie
Embora a regulamentação tenha vários anos, poucas marcas se esforçaram para testar seus produtos e ver até que ponto eles eram seguros para impedir quedas em altura.
Só para ilustrar, a UNE EN-12503, norma que estabelece as características mínimas em aspectos como absorção de choque e fricção obrigatória em modalidades como ginástica, judô, salto em altura e salto com vara.
Nestes esportes, onde quedas e pancadas são parte necessária da prática, foram estabelecidos limites de impacto que não podem ser ultrapassados para os materiais serem aprovados. Existem outros, mas este acima sobre esportes é um grande exemplo.
Em suma, existe sim uma norma no bouldering, ela só é negligenciada pela maioria das empresas que produzem crash pad. O UIAA 161, da UIAA (União Internacional das Associações de Montanhismo), tem o seu próprio regulamento e é o único oficial.
O problema com os padrões UIAA é que eles não são juridicamente vinculativos. Espera-se que no futuro exista uma norma mais incisiva que tome como referência os critérios da UIAA. Afinal, os esportes de montanha estão cada vez mais cercados pelo grande centro dos negócios, como a própria Olimpíada.
UIAA 161 – crash pad

Foto: UIAA
Em síntese, a norma mede o desempenho das almofadas com base na pontuação HIC (Head Injury Criteria). Como exemplo, imagine uma cabeça. Esta é derrubada de várias alturas até que a altura que corresponde a uma pontuação HIC de 800 seja encontrada.
A saber, esta pontuação é reconhecida como crítica para impacto e corresponde a uma distância “confortável” de queda para um boulderista “pousar”. Em outras palavras, se um boulderista cair dessa altura, a probabilidade de lesão cerebral grave equivale a menos de 2%, inclusive as chances de fatalidade são extremamente pequenas.
Enfim, como comparação, a UIAA 161 diz que a altura crítica de queda para rocha sólida é de cerca de 15 cm. Nesta altura de queda, você pode sofrer ferimentos leves (concussão) e um certo nível de desconforto. Diferentemente caso estivesse usando um crash pad que de preferência siga as normas da UIAA 161.
PDF (EM INGLÊS) atualizado com as regras da UIAA: UIAA 161 – CrashPads 2018
Foto destaque: Mike Kotsch /Unsplash

Meu nome é Jamis Gomes Jr. e já trabalho com esportes, redação e SEO há alguns anos. Me graduando em licenciatura de Literatura Inglesa nos próximos meses e já programado para iniciar minha pós-graduação em Jornalismo na sequência, estarei aqui no Blog de Escalada com vocês nas mais variadas notícias desse esporte e estilo de vida.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz. A minha e a do povo, que curte algo diferente e às vezes quer ver algo novo. Realmente saiu assim, não foi minha intenção. Naturalmente veio e pensei, por que não?
Enfim, esportes americanos, esportes em geral é hoje minha profissão. Seja rimando, “factuando” ou algo mais, sigo na busca do aprimoramento coletivo e pessoal, performando no que o tempo, esporte e vocês precisam para ontem, hoje ou amanhã. Que seja atemporal, seja o que for, eu, Jamis Gomes Jr., sigo na busca para te entregar um conteúdo com primor.