Desde que a quarentena para combate à pandemia do novo coronavírus, COVID-19, diversos artigos sobre o “aparecimento da montanha após X anos” foram escritos. Artigos que tiveram grande volume de leituras e comentários por parte do público.
Os efeitos do confinamento no meio ambiente mostraram que é possível viver em um mundo com ar mais limpo, trabalhar e transportar-nos de uma maneira mais saudável e vivermos com menos luxo. Além disso, o pânico de várias pessoas em contrair COVID-19 demonstrou a necessidade de ser saudável para evitar maiores riscos.
A agência de saúde da ONU, com o apoio de milhões de profissionais de saúde, publicou um manifesto com as etapas a seguir para uma recuperação verde e saudável da pandemia. Esta declaração pública de princípios e intenções tem como principal objetivo fazer com que, de fato, tenhamos um mundo diferente após a pandemia.
O texto apresenta algumas recomendações considerada simples, que deveria ser culturalmente absorvida pela população em geral.
Proteger e preservar a natureza, a principal fonte de saúde humana
Exija de seu governante e seus representantes públicos, políticas séries e profundas de preservação do meio ambiente. Os planos gerais de recuperação pós-COVID-19 devem ir além da detecção e controle precoces de surtos de doenças. Todo e qualquer plano deve diminuir nosso impacto no meio ambiente.
Práticas predatórias da natureza prejudicam principalmente o próprio ser humano, pois aumentam o o risco de doenças infecciosas, as quais mais de 60% dos quais se originam em animais silvestres.
Investir em saneamento básico, instalações sanitárias e energia limpa
Quanto mais insalubre é uma sociedade, maior o risco de vulnerabilidade a doenças. Portanto, durante pandemias, a população que vive em áreas com saneamento básico precárias e instalações sanitárias inexistentes durante uma pandemia o controle será muito mais difícil.
O Brasil, que é um país que possui todo estes problemas crônicos prova em números que quanto mais insalubre vive uma população, mais pessoas morrem em uma pandemia. Atualmente, a fração da população brasileira que apresenta acesso a distribuição de água tratada é de 83,4%, fazendo com que quase 35 milhões de brasileiros ainda não recebessem esse essencial recurso.
Patógenos resistentes a antimicrobianos são comuns em água e resíduos, e é necessário um gerenciamento adequado para evitar a disseminação para os seres humanos. Em particular, é essencial que as unidades de saúde estejam equipadas com serviços de água e saneamento, incluindo água e sabão.
Promoção de alimentação saudável
Você é o que você come. Este ditado, que já virou um clichê, é mais que verdadeiro neste momento. Comer mal afeta a imunidade do indivíduo, fazendo com que ele esteja suscetível a doenças e pandemias. Repare que várias vítimas do COVID-19 no Brasil tinha, entre outros problemas, excesso de peso.
As doenças causadas pela falta de acesso a alimentos ou pela ingestão de dietas insalubres e com alto teor calórico são agora a principal causa de problemas de saúde em todo o mundo. Condições como obesidade e diabetes estão entre os principais fatores de risco para doenças e morte por COVID-19.
É necessário fazer uma transição rápida para dietas saudáveis, nutritivas e sustentáveis.
Argentina de nascimento e brasileira de coração, é apaixonada pela Patagônia e Serra da Mantiqueira.
Entusiasta de escalada, trekking e camping.
Tem como formação e profissão designer de produto e desenvolve produtos para esportes de natureza.