Com um processo de renovação de nomes, e de consequente filosofias de vida, a escalada de competições no Brasil sem dúvida nenhuma está totalmente de cara nova.
Um destes atletas que vem despontando demonstrando um imenso potencial é o catarinense Jonas Leffeck.
Demonstrando uma determinação que empolga a quem estiver ao seu lado, Leffeck vem colecionando experiência e resultados expressivos por onde compete.
Por isso a Revista Blog de Escalada procurou Jonas Leffeck para uma conversa para saber um pouco mais sobre sua carreira e aspirações. leia abaixo.
Jonas, ultimamente você tem se dedicado à ser um escalador de competições. Por que fez esta opção?
No final de 2013 quando terminei a faculdade voltei a escalar imediatamente!
E em 2014 vi a noticia que iria ter o campeonato brasileiro de boulder o que acabou me motivando novamente a treinar para competições.
Sempre gostei de participar de campeonatos e gosto da adrenalina que eles proporcionam e no momento estou me dedicando muito e eles!
Maioria dos escaladores de elite de grandes centros como EUA e Europa também utilizam outras atividades físicas complementares como CrossFit. Como está sendo a sua preparação?
Como formei em Educação Física Bacharelado me ajudou muito na preparação dos meus treinos.
Nos dias que não escalo faço exercícios funcionais para fortalecimento dos músculos estabilizadores justamente para prevenir lesão.
Eu leio bastante sobre esse assunto e vou ajustando e testando o que da certo e que me mais da resultado!
A vida de esportistas que não são ligados a esporte de massa é um pouco sofrida. Como está sendo para você esta realidade?
Com certeza é bem difícil aliar o alto rendimento e precisar trabalhar.
Mas nas duas ultimas semanas estou conseguindo me dedicar 100% aos treinos que com certeza vai fazer diferença!
Para o ano de 2016 você tem algum plano de metas e objetivos? Quais são?
As metas para 2016 é pegar pódio no brasileiro de boulder que vai ser em Curitiba dia 16/04.
Uma semana depois vou para o The North Face Master de Boulder no Chile e eu acho que tentar ficar entre os finalistas seria pedir demais, rsrsrs, mas era esse meu principal objetivo.
Como meu forte é o boulder quero tentar fazer final para o Campeonato Brasileiro de dificuldade também.
Os escaladores mais fortes da atualidade estão surgindo mais fora do eixo Rio/SP. A que realidade você credita esta mudança de paradigma?
Eu acredito que o esporte está em uma crescente e está aparecendo novas academias com estruturas boas para a galera treinar e evoluir.
Também acredito que com a presença de campeonatos a galera se motiva a treinar um pouco mais.
As competições no Brasil estão enfrentando turbulências quanto à organização. Qual a sua opinião a respeito disso?
O importante é que está acontecendo as competições, como não estou diretamente relacionado as organizações não posso reclamar.
Eu sou só um competidor e não sei o que está acontecendo refente as turbulências como você citou.
Como está sendo o apoio de seus familiares e amigos a respeito de sua vida de atleta de competição?
A minha família sempre me apoiou!
Os meus amigos também sempre apoiaram e sabem da dedicação que precisa para ser um atleta.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.