O escalador carioca Bernardo Colares faleceu durante escalada em Chaltén.
Colares era presidente da FEMERJ e vice-presidente da CBME.
Apesar de seu corpo não ter sido encontrado, e os relatos sobre seu falecimento conflitantes e confusos, Bernardo Colares morreu ao tentar realizar uma escalada arriscada a qual guiaria todas as cordadas da via.
Até mesmo a via a qual escalava não foi devidamente elucidada o que dificultaria ainda mais o resgate.
Sua parceria de escalada se retirou até mesmo de Chaltén, sem mesmo envolver-se nas negociações de resgate do corpo de Bernardo.
Todos os envolvidos nesta fatalidade irão se pronunciar em breve dando mais esclarecimentos do ocorrido.
Quem era Bernardo Colares
Conheci o Bernardo em Sao Bento do Sapucai, uma cidade que considero minha segunda casa.
Antes de conhecê-lo Bernardo para mim representava um mito, pois as historias sobre ele eram tao espantosas que nem pareciam verdade.
Ao conhecê-lo tive a experiência de ver como é um verdadeiro diplomata.
Sempre ponderando sobre qualquer assunto, sempre conciliador de qualquer briga ou divergência de idias e, principalmente, uma pessoa que gostava de seu cargo, presidente da FEMERJ.
Bernardo, mesmo me encontrando esporadicamente sempre cumprimentava as pessoas, e nunca deixou de trocar idéias ou mesmo puxar orelhas (com a sua elegância de sempre) por alguma coisa que alguém tenha feito de maneira errada.
O estado do Rio de Janeiro, a escalada Brasileira, e principalmente toda a comunidade mundial perdeu uma pessoa que fazia a diferença dentre muitas pessoas.
Fico triste por não poder mais encontrar com ele, e feliz também por tê-lo conhecido e saber o valor de uma pessoa de espírito bom e ótimo caráter.
Que siga em paz.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.