Livro da semana: "Farthest North"

Se a Revista Blog de Escalada já existisse durante a virada do século XIX para o século XX, Fridtjof Nansen teria sido destacado constantemente. Além de ser um explorador com muitas histórias, também ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1922.

Embora sua família fosse relativamente rica, Nansen aprendeu o valor do trabalho duro e da disciplina desde criança. Ele escolheu estudar zoologia na expectativa de que o trabalho de campo lhe desse a chance de uma vida ao ar livre e lhe permitisse fazer uso de seus talentos artísticos.

Farthest North

Nansen começou a ganhar notoriedade em 1888, quando tinha apenas 27 anos e cruzou a calota de gelo da Groenlândia em esquis. Assim, conseguiu com êxito a façanha científica e humana de aproximar-se do Polo Norte mais do que qualquer outra pessoa até então. Na aventura aprendeu com os inuit (membros da nação indígena esquimó) como esculpir óculos de neve em madeira.

Após o seu regresso triunfante da Groelândia começou a desenvolver um plano detalhado para um empreendimento polar, o qual tornou público em de 1890 durante uma reunião da recém-formada Sociedade Geográfica da Noruega. Muitos navegadores experientes polares trataram com descrédito os planos de Nansen.

Farthest North

No entanto, após um discurso inflamado, Nansen garantiu o apoio do parlamento norueguês, que votou-lhe uma bolsa. O saldo de financiamento foi recebido por doações privadas e de um apelo nacional. Esta é provavelmente a expedição polar mais extraordinária da história da humanidade.

Narrando a história da expedição do navio “Fram” de 1893 a 1896, “Farthest North” é o relato em primeira pessoa do explorador norueguês Fridtjof Nansen em sua épica aventura no ártico. O título do livro é uma expressão em língua inglesa que significa “o mais a norte” e que descreve a latitude mais a norte alcançada pelos exploradores antes de chegar ao Polo Norte.

Atualmente Fridtjof Nansen é lembrado por conquistas que ultrapassam a relevância de seu papel como explorador polar. Nansen foi um cientista de êxito, estadista e defensor de causas humanitárias. Após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou incansavelmente na assistência dos refugiados. Este esforço que lhe rendeu o recebimento do Prêmio Nobel da Paz em 1922.