Botas de caminhada, trekking e montanhismo: Quais erros que não se deve cometer ao escolhê-las

Prepare suas botas, pois estamos chegando ao fim de uma pandemia e à reabertura de locais tradicionais de atividades outdoor como a Argentina, Chile e EUA. Assim, estamos mais próximos também de refletir se nosso equipamento outdoor necessita de uma repaginada.

Antes de pensara em comprar ou limpar os equipamentos é importante ter em mente algum muito importante: não deixe de se vacinar. Todos os países que estão reabrindo irão exigir isso e, até o momento, não parecer ser algo que seja negociável. Há, claro, exemplos de quem conseguiu driblar essa regra (o que é vergonhoso), mas é mais aconselhável não focar nas raras exceções.

Caminhadas em trilhas, hiking, trekking ou montanhismo requerem calçados especiais para evitar ferimentos, fungos, bolhas e unhas encravadas. Na compra das botas vários aspectos devem ser levados em consideração, desde o tamanho, solado até o tipo de bota.

O usuário evitar cometer alguns erros ao escolher as botas, o que pode lhe custar paz de espírito e prazer na trilha.

Erro 1: Escolher o tamanho errado

Botas de montanha não são o mesmo que tênis de corrida. As botas costumam ser mais robustas e possuem reforços na ponta.

Por ser o terreno mais complicado, exigindo do (a) praticante que suba, desça e faça esforço maiores do que correr no asfalto, essa proteção da bota pode ser uma desvantagem, pois os dedos começam a bater na ponta, fazendo com que as unhas fiquem pretas e até mesmo caiam.

No caso dos tênis de corrida, o atrito entre os dedos dos pés e a ponta do tênis faz com que eles se quebrem quase sempre e isso evita danos aos dedos e às unhas.

Por isso, é muito importante escolher bem o tamanho de sua bota, portanto procure um modelo achando que vai caber bem em você. Na hora de comprar, o ideal é experimentar com as meias que costuma usar para fazer caminhadas.

Os dedos devem ter um espaço relativamente curto e não deve ser muito grande, pois o pé ficará muito solto. Uma dica para marcar o espaço necessário. É colocar o pé na bota, sem amarrar o calçado e enfiar o dedo indicador pelo calcanhar até tocar na palmilha. Esse deve ser o espaço certo que deve estar disponível.

Erro 2: Escolher a forma errada

A forma da bota é algo totalmente diferente do tamanho, pois varia dependendo do fabricante ou modelo. À medida que o tamanho da bota aumenta, tamanhos maiores tendem a ser mais estreitos nos pés do usuário que tamanhos menores.

Isso faz com que os dedos não tenham espaço suficiente e a bota acabe sendo desconfortável. Se acontecer o contrário e for muito larga para o seu pé, pode não prendê-lo bem e causar instabilidade.

As formas das botas de caminhada variam dependendo se é para homem ou mulher. Só experimentando é que se descobrirá o melhor modelo que se adapta ao formato do pé.

Erro 3: Desconhecer a classificação das botas

A melhor bota não é a mais cara, é a que melhor se adapta à atividade que vai realizar e ao terreno. Para caminhadas em altas montanhas, é necessário usar uma bota semirrígida. Para o qual usa-se um crampon no caso de ter que ir para neve ou gelo.

Por outro lado, uma bota muito rígida pode acabar esmagando seus pés. Se estiver indo para viajar por trilhas fáceis e caminhos na floresta Se vai percorrer os dois tipos de terreno, é aconselhável caminhar com dois pares de botas.

• As botas de acordo com sua rigidez podem ser classificadas em três tipos:
  • Botas rígidas: Para alta montanha, escalada no gelo. Eles permitem o uso de crampon.
  • Botas semirrígidas: São versáteis e se adaptam aos mais diversos ambientes e climas.
  • Botas macias: São as melhores para caminhadas, para o verão ou climas mais amenos.

• Dependendo do tipo de cano, as botas podem ser classificadas em 3 tipos:
  • Cano alto: Máxima proteção para o tornozelo, embora mais peso e menos transpiração
  • Cano médio: Oferece proteção suficiente no tornozelo e permite boa respirabilidade
  • Cano baixo: Máxima respirabilidade e conforto em detrimento de proteção reduzida.

Erro 4: Desconsiderar o peso das botas

O peso das botas de caminhada varia de 300 a 400 gramas. Enquanto os modelos voltados para o montanhismo variam de 600 a 800 gramas. O peso é muito importante porque depois de várias horas de caminhada tudo começa a ficar mais pesado e as botas começam a ficar desconfortáveis.

Isso porque, até mesmo ao caminhar, o joelho sofre com o impacto (menos do que ao correr, claro). Ao caminhar, é de 1,5 vezes o peso corporal.

Em geral, botas de montanhismo e trekking são mais pesadas do que botas de caminhada e hiking. Isso ocorre porque são construídos para lidar com situações mais severas.

A altura do cano também influencia no peso da bota. O mais aconselhável é que a bota se adapte ao tipo de atividade que vai realizar.

• Caminhadas ou caminhadas fáceis: Você teria o suficiente com um sapato leve de cano baixo, porque não precisará da bota para proteger o tornozelo.
• Trekking e montanhismo avançados: você precisa de uma bota que proteja seu pé porque terá que enfrentar terrenos mais acidentados. E que você nem sempre viaja por caminhos e caminhos fáceis.

Erro 5: Não analisar o solado das botas

Na sola das botas dá para ver que cada secção é diferente. O motivo disso é porque cada zona tem a sua função: aderência, travagem, etc. Existem cravos que servem para receber impulsos, enquanto outras têm a missão oposta: amortecer o peso.

Muitos pratricantes de atividades outdoor optam por trilhas bem conservadas que não requerem uma tonelada de tração. Para caminhadas mais fáceis e uso diário, procure um solado multifuncional com uma mistura de saliências, círculos e rabiscos multidirecionais.

Essas saliências rasas e padrões de piso mistos são bons na grama, terra, folhagens, pavimento, cascalho e trilhas fáceis a moderadas que não são muito íngremes. No entanto, se precisar de tração mais especializada para terrenos moderados a difíceis, deve optar por outro tipo de solado.

Para caminhadas moderadas você pode precisar de botas com saliências dos cravos mais profundos para melhor tração em superfícies soltas, como cascalho solto e lama. Terreno íngreme e escorregadio exige uma tração mais agressiva e, portanto, cravos mais proeminentes.