Quanto custa subir o Monte Everest? Como faz todos os anos, o jornalista norte-americano Alan Arnette publicou as contas de quanto custará subir o Everest na próxima temporada. Arnette é considerado em seu país como dos mais bem informados sobre os acontecimentos no Nepal ligados ao montanhismo.
O jornalista publica os custos de subir o Monte Everest há oito anos e foi dos primeiros a denunciar a “everestização” do Monte K2. Logo após suas denúncias, que foram também noticiadas pela Revista Blog de Escalada, houve a maior quantidade de cumes da montanha. O número contrastava com a fama de “montanha mais mortal” e causou revolta entre montanhistas profissionais.
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Valores nepaleses
Com contas superficiais, o valor por pessoa é por volta de US$ 30.000 (R$ 125.850). De acordo com o Arnette, a maioria das pessoas paga cerca de US$ 45.000 (R$ 188.775), e algumas até US$ 160.000 (R$ 671.200). Este último valor foi pago por apresentadores de TV que praticam alpinismo social. Estes preços se referem ao lado nepalês.
O Ministério do Turismo do Nepal adotou muitas novas regras após uma temporada polêmica de 2019. A superlotação chocou o mundo. O ministério sugeriu um preço mínimo de US$ 35.000 (R$ 146.773) para as operadoras cobrarem dos clientes (isso inclui a atual taxa de permissão de US$ 11.000), mas ainda não o aprovaram oficialmente.
Segundo informou o jornalista, parece que muitos operadores aproveitaram a oportunidade para aumentar os preços, embora seus custos não tenham aumentado drasticamente. Quanto a qual é o melhor negócio, tudo depende do seu estilo: guias estrangeiros ou locais.
Valores tibetanos
As políticas de montanhismo da China administradas pela Associação Chinesa de Montanhismo (CMA), continuam a evoluir ostensivamente. A associação projeta aumentar a segurança e manter a montanha livre de lixo e corpos.
Para a temporada de escalada de 2019, a CMA anunciou um conjunto de novas regras. Dentre as regras anunciadas US$ 5.000 (R$ 20.955) serão coletados como depósitos de segurança de montanhismo de cada empresa de exploração no início da atividade. Todo o depósito será reembolsado se não houver acidentes de segurança e problemas ambientais ao final da atividade.
Para a temporada 2020, a CMA anunciou uma série de taxas mais altas, juntamente com aumentos de licenças, iaques adicionais, sherpas e motoristas. Estabeleceram também uma estrutura de permissão de duas camadas definida como luxo e padrão. O valor de luxo é de US$ 18.000 e o padrão é de US$ 15.800 (incluindo uma taxa de US$ 1.500 por lixo de alpinista).
