Será que a corda aguenta? Os grampos que seguram os mosquetões foram realmente fixados? Sophie está um pouco insegura. Por essa razão, prefere olhar para cima no paredão, em direção ao cume da montanha Wolfebnerspitze, de 2.432 metros de altitude, do que para baixo, para o vale do Lech.
Sophie e seu pai viajaram para os Alpes do Allgäu, no Norte da Áustria, a fim de realizarem sua primeira grande escalada conjunta.
O manejo com corda e cinto de escalada, os dois, originários da Baviera, haviam treinado um verão antes em escolas de escalada. Sophie conseguiu superar seu medo das alturas durante esse treinamento. Hoje, a menina adora descer de corda em paredões de rocha – mesmo que eles alcancem uma altura de 100 metros, como aqui o paredão sul da Wolfebnerspitze.
Mesmo no vale do Lech, uma coisa Sophie conseguiu suportar somente com muitas provisões e distraindo-se com um jogo de adivinhação: a longa caminhada saindo do vale, subindo as rotas de escalada da montanha.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.