Muito se discute sobre a importância das costuras de escalada estarem com os gatilhos virados para o mesmo lado.
A importância das costuras estarem sempre com o gatilho voltado SEMPRE para o mesmo lado pode ser verificado visualmente pelo escalador que tanto no site de qualquer fabricante, quanto vendida em lojas de equipamentos, sempre são disponibilizadas desta maneira.
Alguns vendedores pouco habituados à prática da escalada, ou mesmo com vícios perigosos que resultam em acidente (veja sobre o caso Tito Traversa).
Pode parecer para o mais desinformado, e inexperiente, dos escaladores que não há diferença, mas na realidade há uma grande diferença em certas situações.
Esta disposição dos gatilhos para o mesmo lado é para que o “self uncliping” (auto desclipamento) não aconteça durante uma escalada, especialmente em vias mais positivas ou em que a linha conquistada não seja vertical.
O giro do mosquetão em proteções de escalada fixas do tipo “P” é o caso mais icônico, mas também podem acontecer em chapeletas.
Durante uma escalada o atrito com o mosquetão inferior pode fazer com que a costura gire e saia da proteção quando o giro fizer o gatilho se “desclipar” quando em contato com o olhal.
Este mesmo giro quando acontece em uma chapeleta, o gatilho pode desclipar-se na porca que aperta o parabolt.
Portanto o escalador mais prudente sempre mentaliza que o correto é o gatilho estar SEMPRE voltados para o mesmo lado na costura, e evitar sempre de acreditar que “isso não acontece comigo”.
Veja abaixo, em ilustrações como acontece
1 – Quando se clipa o mosquetão da costura (gatilho para lados invertidos) no grampo “P” e segue pelo lado esquerdo do grampo. O mosquetão da corda fica com o gatilho para a direita e o outro para a esquerda.
2 – Ao escalar a via, a corda do escalador cria atrito com metal do mosquetão da costura fazendo a costura a subir.
3 – Quando a Costura sobe a uma determinada altura o portal do mosquetão entra em contato com o arco do grampo. Quando mais a costura subir mais o arco do grampo força o gatilho do mosquetão fazendo-o abrir ou partir-se.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
Este artigo carece de validação. Isto é, com todo o respeito ao autor do mesmo, o argumento aqui apresentado não faz sentido.
Primeiro, os grampos tipo P com homologação da UIAA não têm essa forma, sendo que por isso, quando subimos acima do grampo, os mosquetões podem rodar livremente não ficando o gatilho preso em nada. Em chapeletas então essa hipótese nunca se põe.
Depois de consultar vários sites com a mesma questão (devem os mosquetões estar virados para o mesmo lado nas costuras) apenas se chega à questão de gosto pessoal e marketing de várias marcas..
Basta ver o que há por aí no mercado:
Black Diamond – mesma direcção
CAMP – mesma direcção
Climb X – direcção oposta
Cypher – mesma direcção
DMM – Ambas. Os Mamba e os Shadow vêm em direcções opostas, enquanto os Alpha vêm na mesma direcção
Edelrid – direcção oposta
Fixe – mesma direcção
Grivel – Ambas
Mad Rock – Ambas. Os Concorde vêm na mesma direcção, mas noutros modelos (Super Tech Keylock, Super Light, Ultra Light) vêm em direcções opostas.
Metolius – mesma direcção
Omega Pacific – direcção oposta
Petzl – mesma direcção
Trango – mesma direcção
Wild Country – mesma direcção
O caso do Tito Traversa então não teve nada a ver com esta situação. Eram costuras de anéis de fita em que a goma de fixação do mosquetão foi mal colocada.
É uma pena que um site que se quer como referência credível como o vosso, tenha andado a publicar “artigos” erróneos ultimamente..
Boas escaladas..
(antes que se ponha a questão, sou instrutor de escalada desde 2008 e já escalei também em vários países. Profissionalmente sou guia de montanha)
Tenho Talabarte sem o gancho para fixar no cinto de Segurança, ele é tipo em Y, no entanto, comprei um Mosquetão para ligar o Talabarte no Cinto de Segurança. (Não preciso de absorvedor de Impacto!