O World Wide Fund for Nature (WWF) apresentou esta semana um relatório que, segundo a ONG, demonstra como a destruição de habitats e as mudanças climáticas aumentam significativamente o risco de aparecimento de doenças transmissíveis aos seres humanos.
De acordo com o relatório intitulado “Perda da natureza e pandemias”, que analisa a relação direta entre destruição da natureza, mudança climática e aumento do risco de pandemias, para reduzir o risco é necessário urgentemente parar a extinção de espécies, conservar ecossistemas, lutar contra as mudanças climáticas e entender que a saúde humana depende da saúde do planeta.
A organização destaca que a alteração do equilíbrio dos sistemas naturais por destruição direta do habitat, perda de biodiversidade, tráfico de espécies, intensificação da agricultura e pecuária, somada aos efeitos amplificadores das mudanças climáticas, aumenta significativamente o risco de aparecimento de doenças transmissíveis por humana.
Prioridade agora é parar a propagação
No atual contexto da crise global da saúde causada pelo coronavírus, a prioridade é parar a propagação do vírus e lutar com todos os meios possíveis para salvar todas as vidas possíveis. O WWF destacou por meio de comunicado que é solidário com todas as vítimas da pandemia de Covid-19
Entretanto, a ONG lembra que, após essa emergência sanitária acabar, será necessário repensar a prevenção e combater futuras pandemias, porque essa crise está diretamente ligada à destruição do planeta.
O WWF lembra que 70% das doenças humanas têm origem zoonótica. Portanto, são produzidas por micro-organismos patogênicos que são transmitidos ao homem através de uma espécie animal. O comércio ilegal representa a segunda ameaça mais séria para as espécies selvagens após a destruição de seus habitats.
Vírus e bactérias viveram conosco para sempre e são distribuídos entre as diferentes espécies, sem afetar os seres humanos em habitats bem preservados. No entanto, quando a natureza é alterada ou destruída, os ecossistemas naturais são enfraquecidos e a propagação de patógenos é facilitada, aumentando o risco de contato e transmissão ao homem, com os consequentes efeitos negativos na saúde.
Há pouco mais de um ano, muitos movimentos de ativistas estavam em evidência alertando exatamente para este problema: a mudança climática. O problema merece menção especial, pois está ampliando as ameaças que afetam a biodiversidade e favorece a disseminação de vírus e bactérias, devido à sua preferência por ambientes úmidos e quentes, facilitando o aparecimento de certas espécies em novas áreas onde podem transmitir doenças mais cedo.
O que é o WWF?
O World Wildlife Fund fundada em 1961, na Suíça, por um grupo de cientistas preocupados com a devastação da natureza. O grupo era liderado pelo Dr. Edward Max Nicholson e que incluía o biólogo Julian Huxley (irmão de Aldous Huxley, escritor da obra “Admirável Mundo Novo”) e o ornitólogo e pintor Peter Scott.
Juntos publicaram o “Manifesto Morges”, um documento se tornou a base para a primeira organização “verde” global e foi a base para a criação de uma organização não governamental (ONG) internacional com o objetivo de conservar, investigar e recuperar o meio ambiente.
No ano de 1986 o nome foi mudado para WorldWideFund for Nature, pois passou a atuar na da preservação do ambiente como um todo, e não apenas dos animais.
Com mais de 5 milhões de associados e 6.200 voluntários distribuídos em seis continentes, o WWF é a maior ONG deste segmento no mundo, atuando ativamente em mais de 100 países.
Para ler o relatório completo: https://www.wwf.es