WADA recomenda exclusão da Rússia: Medida pode abrir vagas na escalada a sul-americos

Para a reunião do comitê executivo da WADA em Paris, agendada para acontecer dia 9 de dezembro próximo, a Rússia pode ser excluída dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O motivo da recomendação de exclusão é que a RUSADA, a agência russa antidopagem, deu uma explicação sobre respeito da manipulação de dados do laboratório, recolhidos em janeiro deste ano, considerada insatisfatória pelo Comitê de Revisão de Conformidade (CRC) da WADA. O CRC, inclusive, publicou uma nota no no site da Wada, na qual faz uma recomendação para que seja feita uma notificação à RUSADA.

A WADA anunciou em julho deste ano que foram identificados 298 atletas russos suspeitos de doping, após a análise de milhares de amostras recuperadas junto ao laboratório de Moscou. A Rússia, inclusive, discutiu abertamente com representante dos EUA na Polônia este ano durante fórum sobre regulamentação da WADA. A Rússia já declarou reiteradamente que pedidos para puni-los são fortemente motivados por interesses políticos.

O CRC sugere que “sérias consequências de acordo com o Padrão Internacional para Conformidade de Códigos pelos Signatários”. O CRC alega que deu a oportunidade “à RUSADA e ao Ministério do Esporte para darem as explicações necessárias desde 17 de setembro”. Após ter sido punida na Olimpíada Rio 2016 e banida na Paralimpíada do Rio de Janeiro em 2016, já se especula que o Comitê Executivo da WADA sugira um banimento total da Rússia dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020.

Um detalhado documento confidencial, que será discutido pelo Comitê de Revisão de Conformidade em sua reunião de 9 de dezembro em Paris, recomenda que seja enviada uma notificação à RUSADA, afirmando a não conformidade e propor sérias consequências de acordo com os princípios estabelecidos no ISCCS.

De maneira indireta, os atletas da escalada Nikolai Yarilovets, Aleksei Rubtsov e Iulia Kaplina, todos classificados para o Torneio Olímpico de Qualificação de Touluse que será realizado no final desta semana, seriam afetados. Dessa maneira, uma eventual classificação de canadenses e norte-americanos no evento, abriria a possibilidade de que somente latino-americanos fossem elegíveis para a única vaga no Torneio Olímpico de Qualificação do Continente Americano, que será realizado em fevereiro de 2020.

As seleções de Chile, Equador e Argentina, monitoram a situação dos Russos e já planejam levar seleções que preencham a cota de 4 atletas por gênero, para assim aumentar as chances de classificação para Tóquio 2020. A Liga independente que administra os campeonatos de escalada no Brasil optou por custear os valores de 6 atletas, para as oito vagas a que tem direito.

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