Você tem de ser evoluído para viver no topo do mundo?

O significado literal da palavra “evoluído” é: um indivíduo alcançou certo grau avançado de civilização ou cultura. Que tem grande nível de desenvolvimento.

Apesar de viverem em um país extremamente pobre, os Sherpas são fisicamente mais evoluídos para viver nas altitudes do himalaia.

Os Sherpas são oriundos do Tibete Independente a mais de 500 anos, se refugiaram na Cordilheira do Himalaia para viver da agricultura (cereais e tubérculos) e criação de Iaques (um tipo de bovino que habita o Himalaia).

Foto: http://sherpafilm.com/

Foto: http://sherpafilm.com/

A etnia Sherpa fala seu próprio idioma, que se assemelha a um dialeto do tibetano, e vivem no Nepal, um dos ambientes mais extremos na face do planeta terra.

O canal do youtube Nerdologia, capitaneado pelo biólogo, pesquisador e doutor em microbiologia Átila Iamarino, focou sua análise nos aspectos biológicos dos Sherpas para falar sobre o filme “Sherpa”, que estreou em um canal a cabo de TV.

Átila em seu vídeo, com base em dados científicos e estatísticas oficiais, mostra como é a evolução biológica que os Sherpas tiveram para serem os mais preparados para viverem nesta região do mundo.

Foto: http://www.am14.net/

Foto: http://www.am14.net/

Viver em um local com ar rarefeito fez com que os Sherpas se adaptassem fisicamente, evoluindo como espécie humana, para poder viver no Nepal.

Iamarino também mostra como o montanhismo ao topo do Everest é uma atividade muito mais turística, e cada vez sem mérito nenhum, além de conseguir demonstrar com fatos a inexistência de montanhismo de fato na montanha mais alta do mundo.

Isso porque os Sherpas são explorados por sua adaptação física, mas quem colhem os louros são os “montanhistas” que, muitas vezes são carregados pelos próprios Sherpas, e posteriormente se tornam palestrantes motivacionais.

O filme “Sherpa – Trouble on Everest”

Detalhes sobre o filme já foram divulgados anteriormente pela Revista Blog de Escalada, assim como a diretora foi entrevistada com exclusividade.

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O filme “Sherpa – Trouble on Everest” mostra um pouco da realidade dos carregadores de todas as expedições turísticas para chegar ao topo do Everest.

Apesar de serem eles que carregam grande parte do peso dos escaladores, além de trabalharem como empregados domésticos de grande parte dos escaladores do campo base (que recebem inclusive toalhas fervidas nas barracas) ganham uma porcentagem mínima do dinheiro pago às agências.

A história se passa logo após a avalanche de 2014 matar 16 Sherpas, e mesmo assim os portadores serem pressionados a continuar o trabalho de porteadores no Everest.

Desde esta avalanche as condições de trabalho dos trabalhadores foram revistas, e tiveram melhoramentos, ainda longe do ideal.

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O filme convoca o expectador sobre a indústria (agências, meios de comunicação e “montanhistas”) do alpinismo como um todo, além de jogar uma luz nos pseudo-montanhistas que apenas ambicionam fama utilizando a mão-de-obra Sherpa.

O filme “Sherpa – Trouble on Everest” foi gentilmente cedido à Revista Blog de Escalada para uma análise crítica que será publicada ainda esta semana.

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