Valentina Aguado consegue colocação histórica no Campeonato Panamericano Juvenil de escalada

Foto: Anderson Gouveia

A argentina Valentina Aguado, de apenas 16 anos de idade, entrou para a história do esporte sul-americano ao ficar em segundo lugar na categoria boulder do Campeonato Pan-americano Juvenil, que acontece em Montreal (Canada). Aguado não foi a única sul-americana a chilena Alejandra Contreras ficou na 4º colocação.

Valentina já tinha demonstrado superioridade técnica em um torneio de boulder tradicionalmente realizado no Chile, o qual venceu com facilidade no início de 2017. Na ocasião Valentina Aguado é a maior vencedora da histórica deste torneio.

O Campeonato Pan-americano Juvenil de 2017, que serve de prévia para as reais chances de ir à Olimpíada de Tóquio, está sendo dominado por atletas de Canada e EUA. A título de exemplo, na categoria de Valentina Aguado e Alejandra Contreras (Juvenil A), dentre as 16 semifinalistas, 7 eram americanas, 6 canadenses e 1 mexicana.

A argentina Rocio Becerra também chegou às finais na categoria Junior. Nas semifinais classificou-se na 8º colocação.

Desta maneira Valentina Aguado, junto de Alejandra Contreras, consolidam-se como as sul-americanas com reais chances de sonharem com participação da Olimpíada de Tóquio.

Neste ano todos os atletas irão disputar o polêmico formato olímpico, que irá declarar os colocados após realizarem competições de boulder, dificuldade (vias guiadas) e velocidade. A competição segue até domingo.

Brasileiros

Foto: Anderson Gouveia

Na competição os brasileiros não tiveram o mesmo sucesso que Valentina Aguado e Alejandra Contreras. Os atletas, que estavam sob orientação do técnico Anderson Gouveia (que já foi 5º no pan-americano de 2000), eram Felipe Hamdar, Vinicius Simioni e Felipe Foganholo Ho.

Procurado pela redação da Revista Blog de Escalada, Gouveia declarou que desde que assumiu a seleção e não teve tempo hábil de organizar o time. Anderson ainda declarou que “Estou mais otimista para a (modalidade) dificuldade. No speed será cruel pois nem sequer temos as agarras (no Brasil). Mas estou muito feliz de poder ter a oportunidade de estar aqui com nosso atletas dando suporte“.

Foto: Anderson Gouveia

O técnico da seleção brasileira juvenil fez questão ainda de lembrar que todos os atletas presentes contaram com recursos próprios, sem nenhum apoio ou patrocínio para ajudar nos custos de passagem e estadia. Segundo ele mesmo declarou a passagem custou aproximadamente R$ 3.000 e transporte e alimentação R$ 2.000.

O Brasil não teve nenhuma atleta inscrita para disputar provas no feminino. No ano de 2017 nenhuma atleta feminina participou de nenhuma competição internacional.

Foto: Anderson Gouveia

Felipe Hamdar e Vinicius Simioni, que foram à competição para adquirir experiência ficaram em último nas suas categorias. Já Felipe Foganholo Ho, que carrega grande expectativa de resultados, não chegou às semifinais de sua categoria, ficando em 13º. Para a semifinal são classificados 12 atletas.

Neste semestre Ho deixou a faculdade de lado para dedicar-se totalmente ao esporte, recentemente publicou um texto reclamando sobre o apoio ao esporte no Brasil. Nos últimos meses treinou na Espanha, participando de torneios regionais para adquirir experiência.

Quanto à profissionalização de atletas Anderson Gouveia afirmou que “diversos países presentes também estão na mesma situação. Conversamos com muita gente. Fora a delegação americana o resto é a mesma situação.”

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