Vamos falar do peso da mochila cargueira?
Atire a primeira pedra quem fez a primeira trilha da vida e, quando fez, não sentiu um pinguinho de cansaço. Não sentiu?! Ótimo! Provavelmente você já tinha condições físicas suficiente para aquela demanda. Sentiu cansaço? Opa, é mais ou menos isso o que acontece nesse tema.
Assim como qualquer novidade que nosso corpo vivencia, ele precisa de um tempo e de uma frequência pra se adaptar. Quando começo a pedalar, me canso, erro a marcha, não aguento a subida. Mas a prática faz com que as coisas fluam de forma melhor, e a percepção do esforço diminua.
Seguindo essa linha de pensamento, é difícil que eu “me acostume” com o peso, se ainda não me acostumei com o esporte/prática em si.
Recomendações para mochila cargueira
Por isso, as recomendações são:
1 – Vivencie o esporte em questão de forma leve – vá trilhar! Pode ser um bate e volta com mochila de ataque
2 – Pratique outros esportes – quem corre e pedala consegue sentir bem essa diferença, por mais que ambos sejam esportes cíclicos (sempre trocando de perna, por um longo tempo).
O esforço é diferente, a musculatura exigida é outra. E tudo isso pode ser benéfico. Então, se possível, procure outro tipo de vivencia além do trekking.
3 – Acrescente carga no treino – essa é uma parte legal para o pessoal da educação física, mas basicamente chega um ponto que só seu peso corporal ja não é o suficiente (por exemplo um agachamento na academia). Então veja se, dentro do esporte praticado, é possível acrescentar carga, sempre de acordo com sua capacidade!

Foto: Jonathan Borba | Unsplash
4 – Pratique exercícios de core/core training – já viu um pessoal fazendo prancha por 1 minuto nas academias? Então, não é só isso! O core é o nosso “centro”, envolve uma série de músculos abdominais, do tronco, pelve, que ajudam a ter estabilidade para gerar força e potência. Se tenho uma base sólida, tenho mais estabilidade. Então procure acrescentar exercícios que envolvam esses grupos musculares na sua prática também.
5 – Enfim, coloque o peso nas costas – só vivenciando para entender o que pode ser melhor. Tudo vale aqui: a mochila adequada, o peso ideal (sem excesso), regulagem da mochila. Com o tempo, você vai sentir que se esses pilares estiverem em equilíbrio, seu trekking será mais agradável.
Bora trilhar!

Karen Bassi é Fisioterapeuta Esportiva e atua e aprimora o tratamento e a prevenção de lesões em esportes como corrida, ciclismo, trekking, escalada e muitos outros.