Tinha uma montanha no meio do caminho – História da mochileira que fez treinamento Shaolin de Kung Fu na China

Sempre vivi de mochila. As coisas não mudaram. Andava sempre sozinha e não conseguia imaginar o que havia por detrás do morro que minha janela da vista. Minha primeira viagem foi através dos livros – de Feijão e o Sonho a Odisseia de Homero e me fiz com os quadrinhos que escolhia todo fim de semana. A leitura é a forma que uso para calçar os sapatos do outro, pegar emprestado seus olhos e captar a máximo do que há ao redor.

Hoje, olhando a lista do que está por vir e o que passou, depois de algumas cidades com amigos e mais tarde, sozinha,fui fazer um curso de moda do Brasil, com aulas em Paris, na ESMOD, em que fui monitora. Vi que, aos poucos, as coisas poderiam ser mais simples. Quem não sabe o caminho, nunca está perdido. Bastava continuar seguindo o feeling e tudo daria certo e, mesmo quando não, ainda poderia ser sensacional, o que a meu ver, é melhor ainda.

Não à toa, eu sempre “morei longe” e em uma subida na qual todos que me visitavam chegavam esbaforidos. Era o meu treinamento para um futuro do qual eu nem fazia ideia que estava por vir: Ninghai, Shandong, na China.

Acredito muito na sincronicidade e encontramos nossos iguais por aí. De trabalhos, parcerias e amores, o universo me ajudou bastante. Andando em par, fazemos ímpar. Juntamos as economias por um projeto pessoal e de trabalho, que começou na China e em seguida para a Flórida. O plano eram 3 meses somente de treinos (por limitação de internet no local)e surgiram trabalhos pra Tanzânia, Holanda e Estados Unidos no qual projetamos a identidade visual da escola de Kung Fu de nosso mestre, em Miami, dando reflexo disso até esta semana, num projeto para outra escola de Kung Fu, na Bolívia.

Desenvolvo desde pequena minha cartografia particular. Eu gostava de morar longe porque estaria sempre em um lugar à parte e veria muito pelo caminho, logo, poderia ter muitas ideias. Com o tempo, os transportes foram piorando, então, nem sempre foi alegre. Foi ficando sufocante.

O nomadismo teve que abrir caminho. Fui criando meu mapa e minhas estratégias. O mundo foi se descortinando. O explorador se coloca, antes de tudo, como centro e segue seu rumo. Se o objetivo mais básico do conhecimento humano for criar uma espécie de ordem e estrutura do espaço vasto e aparentemente sem limites do mundo conhecido, assim tenho vivido no “Meu Quintal”, que é como vejo o mundo e nome dado ao meu projeto em visual storytelling.

Dos vários encontros que o universo me deu, as pessoas mais incríveis e com algumas dividi o meu mundo, projetos, planos, coração. Sou muito grata a elas e por me permitirem subir em seus ombros de gigantes para que eu pudesse ver além.

Planejamos. Contamos as moedas, as economias. Fomos parar na China para um projeto ousado de treinamento Shaolin de Kung Fu.

Não só nós, por uma infinidade de motivos, várias pessoas deste planeta também estavam lá. Uma experiência transformadora para todos que lá pisaram. Três meses foram bacanas para ambientar, sentir a realidade. Tantas vezes viajamos por 3 dias e achamos que entendemos o outro… Não entendemos nem em uma vida inteira, não é mesmo? Isso é apenas reflexo da sociedade de performance. Não tem a ver com viagens. As “viagens”, antes de tudo, são internas. Tanta gente brilhante, como Immanuel Kant ou Ariano Suassuna nunca saíram de sua terra para entender o outro e são/foram incríveis.

É comum pensar em viagem no sentido de absorver coisas novas, externas. Mas também é um momento bacana para se conhecer melhor. Até porque, somos, de verdade, o que somos quando ninguém que nos conhece nos vê. O que somos repetidas vezes, independente do contexto, do entorno.

Falo sempre com muita emoção sobre meu caminho e há exatamente um ano anotávamos planos para o que estava por vir, visto em mão e contando. Mala por fazer, um apartamento inteiro para encerrar, doar tudo, reduzir a vida a nem uma dúzia de caixas e uma mala pelos próximos 6 meses em 3 continentes. Um total de quase 20 camas (e nisso leia-se muitos colchões e improvisos), sortidas pelo universo.

Algo bem interessante de se pensar também é que: não existe fuga para nada. O longe não existe. Não existe lugar para encontrar a paz, se você não trabalhar para isso. Nada é simples. Muda-se de cenário e tudo será perfeito, em ordem. Nada disso. Ouço muito, ou leio em mensagens coisas assim: “queria sumir para um lugar em que ninguém soubesse meu nome”. Mas, esquecem-se de um detalhe: levamos a nós mesmos.

A viagem interna é bem maior e você pode descobrir muito mais do que imaginara. Um idioma a ser “dominado”, uma atividade física jamais pensada em tentar. O céu nem é limite, só no famoso dito. O limite quebramos a cada semana, a cada viagem, a cada passo. Sempre tem algo no caminho para mudar/transformar tudo ou somar e até mesmo faxinar, tirando o que não cabe mais. Somente o necessário e abramos espaço para o sensacional entrar.

Tinha uma montanha no meio do caminho. Ao morarmos em uma, sempre tinha a sensação de que estávamos a desenvolver poderes diariamente. Alguns colegas chegavam com habilidades inatas, outros aprendiam na marra.

Contando do começo desta jornada (olha eu tentando a ordem e fazer sentido ao caos, rs). Em Pequim, pegamos um trem cuja estação parecia não existir. Como na plataforma 9 3/4 em King Cross. Já ali começaram as minha comparações.

Desses quase dois dias de viagem, de Köln, Alemanha, até Yantai, China, muitas aventuras. Muita espera entre avião, conexão, busão, trem e van (11h de avião + 6h de trem, descortinando uma China de muitas fábricas, muita fumaça, poluição. Uma China industrial, que não para, com poucas casas ao redor, provavelmente casas de quem trabalha nessas fábricas). Mais trechos vazios, mais ar pesado, chaminés e silêncio. Estaríamos chegando ao fim do mundo? Bem, diziam que eu morava no fim do mundo, mas eu não estava voltando para casa.

Talvez como Alice, estaria eu de cabeça para baixo, atravessando o outro lado do espelho?

Chegamos. Não ainda. Uma espécie de zona agrícola, com muitas hortinhas, de todo tamanho. Pessoas muito simples. Que se esbarram, brigam. Pessoas. Como nós no Brasil, mas elas falam e eu não entendo. Na estação: ninguém. Só quem nos aguardava. Nem precisava de plaquinha. Olhos grandes como os nossos, chegando àquela hora da noite, só poderia ser nós.

Na saída da estação, um frio imenso e ventania. Pensei: cheguei aqui e já vou morrer. De frio. Não levei um agasalho verdadeiramente pesado. Meus pés, na Alemanha, também sentiam a Primavera. Não esperava tamanho frio.

Não, aguenta! Você ainda nem viu como é a escola!, concentrei-me. Disse a mim mesma.
+ 40 min. de van e, finalmente: chegamos! Eeeeeee!

Nada vimos. À noite não conseguimos ver a rua direito. Quando vi, já era: chave, alojamento, beliche, cada um no seu quadrado. Boa noite. Até amanhã.

Uma pequena pausa no tempo: a quem deseja ter uma experiência como essa, um detalhe: mesmo eu não sendo O ser mais parado da terra, pedalar 6 km em média todos os dias, entre escola, afazeres normais, não estar acima do peso para a média de altura e idade, o impacto é grande. Levei 3 semanas para me adaptar e correr no ritmo dos demais. No começo tive bastante dificuldade. Eu estava com alergia a pólen (na Alemanha é quase neve caindo, de tanto pólen saindo das árvores e algumas pessoas ficam muito doentes).

Tossia muito e não conseguia correr. Passei a correr com bala na boca, para ajudar a respirar, com a altitude, era mais difícil, quase impossível em alguns momentos. Falhava, faltava ar, o ataque de tosse vinha. Era complexo. A sensação era de afogamento a cada corrida.

Voltando ao “grande dia”, a manhã seguinte: iniciamos. Não éramos os únicos, claro. Existem muitos de nós (tão bom esse pertencimento, especialmente quando estamos a começar algo). E divididos em grupos, com refeições reunidas. E, em vez das 4 casas: Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-lufa, estávamos entre Wing Chun, Tai Chi, Shaolin e Xing Yi (que ainda não é uma “casa”, mas existe esta expectativa futura, possuindo apenas um aluno à época).

Não tivemos o “chapéu seletor”, estávamos decididos em treinar o estilo Shaolin. Eu já era iniciante no Choy Lee Fut e seguimos os meses nesse novo estilo, praticando Tai Chi todos os dias, antes do café da manhã.

Sempre brinco que tínhamos um sentimento de penitenciária por lá. Assim que um novo aluno entrava, perguntávamos as mesmas coisas: “de onde veio, por que veio, quantos meses fica, quando sai”. Diferentes motivos nos aproximaram nesta temporada. Para alguns, recomeço, zerar a cabeça, para outros: uma profissão vindoura, ou ainda, “queria só perder peso nas férias”.

Passamos a ser vegetarianos nessa temporada, para comer como os mestres. Eu já não como muita carne e tenho a filosofia de que não se nega comida alguma, logo, sou coisa alguma. Mais amor e menos rótulos.

Logo os treinos diários de 6h diários nos fizeram perceber que a água não daria conta, foi preciso isotônico, algum aditivo nela. Carne faz uma falta absurda na estrutura. Na China é mais fácil achar hambúrguer de camarão do que de vaca, mas conseguimos um fast food e o visitamos como se fosse um outro templo nosso conquistado por lá. Na escola, só comíamos ovos, legumes e arroz. O que fez uma mudança radical em nossos corpos. Ainda assim, comíamos pouco. O corpo não aceitava grandes quantidades e ter que correr alguns quilômetros no chão batido de terra e Sol a pino, duas horas depois do almoço, só nos fazia comer o necessário.

Nesses almoços, um dos colegas lançou a pergunta: “Qual é a prisão perfeita?”.

Outro colega devolveu: “é um desafio ou uma piada?”

Ele: “uma pergunta”.

Todos a pensar. Nenhuma certeza. Ele diz: “nenhuma sugestão?”.

Desistimos.

Ele: “Talvez a prisão mais perfeita seja aquela em que não se sabe que se está preso”.

Faz muito sentido. Teríamos nós um distópico contemporâneo entre nós? Talvez mais pessoas do que se imagina estejam nas mais diversas prisões, pelos mais variados motivos. Sempre dizemos ser tarde demais para mudar ou colocamos um fator impeditivo, como grana, filhos, casa, caos. Você vê suas grades?

Ainda pensando na ampliação do meu mapa, agradeço por ter tido bons professores de Geografia na rede pública do Rio de Janeiro, que me mostraram o mundo pela primeira vez através de alguns deles [ que eu era obrigada a desenhar e pintar toda semana em papel comum, vegetal, manteiga, e nos cadernos. O que me fez adorar ainda mais e querer conhecer mais cada pedacinho deste “Quintal” e me ajudou a descobrir minha profissão ].

Na aula de Mandarim, nos deparamos com a “Pirâmide de Maslow”. Saltei um largo sorriso, daqueles de quem se espanta, que pensa que as escolas do mundo são iguais, somos todos iguais e se empolga, se sente parte. Falamos do que era a prioridade da China, antes da Revolução Cultural e o motivo de sua gastronomia ser “exótica”, um reflexo em grande parte pela falta geral de recursos e a fome alastrada.

Na China, antes da Revolução, segundo nossa professora, em vez de perguntar a um parente ou conhecido próximo: “Como você está? Tudo bem?”, a pergunta primeira pergunta era: “Já comeu?”.

Se pensarmos que, de barriga vazia, num conceito de que: uma necessidade da etapa anterior precisa ser atendida para se atingir a seguinte. Sentir fome, ou seja, esse desequilíbrio na base, não permite que se busque ou sinta muito além. Completar ou sentir estabilidade em outras partes da pirâmide parece algo em uma montanha distante e bastante íngreme. Isso também já era minha preparação para a montanha que estava por vir.

No Brasil disputa-se por mesquinharias, porque nos falta o básico. Desejamos ser tratados de forma diferenciada quando vive-se em uma sociedade injusta. Somos bairristas, porque não conseguimos ser parte do todo.

Nasci no “Jardim dos Esquecidos”, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Hoje me sinto bem em não disputar espaço com nada além de minha própria capacidade e limitação pessoal. Já tira um bocado da pressão gravitacional que eu sentia em meus ombros e eu nem consegui descobrir exatamente de onde ela vem.

Voltado à China, descobri que chineses têm medo de chuva.

Provavelmente pela poluição e não porque irão estragar o penteado.

Assim como temem o Sol, mas, em outro sentido, não desejam parecer parte da “coluna dos comuns”, os campesinos, que trabalham na colheita, vendendo frutas, ou motorista de ônibus, para citar uns exemplos.

Usam umas mangas avulsas, digamos. Tudo para não parecer bronzeado e ao julgamento estético deles, inferior e não ser uma pessoa bem vista em dias de lazer, um “bom partido” e por aí vai.

(sou uma simples camponesa de nobre coração, que vai todos os dias ao bosque recolher lenha, devem pensar, claro, rs).

A realidade foi de muito trabalho. Nem sexta-feira era dia de moleza.

O sistema foi tipo quartel, então… Tínhamos checagem da organização dos quartos toda segunda. Cuidavamos de nossos pertences e da escola (como nos animes japoneses, em que todos fazem sua parte para manter tudo em ordem: limpar espelhos, varrer tudo, com essa vassourinha sensacional, passar pano no chão da sala de treinos e bater os tapetes).

Seria bem mais simples com vassouras ocidentais, mas, depois que se pega o jeito, fica até divertido. Respira, passa, solta, respira, passa… Sentimento de Karatê Kid II: “bota o casaco, tira o casaco”. Todo mundo colabora e em meia-hora, tudo pronto. Porque nós somos os Gaolins (nome dado aos componentes do grupo de Shaolin do mestre Gaol ).

Ainda sobre a sobrevivência em uma terra com calor como o do Rio de Janeiro, porém seco e com muita poluição, mesmo estando no alto da montanha. Toda a água que bebemos é comprada no mercadinho a cada dois dias. Treinar requer muita água, mas, não podemos arriscar e beber em/de qualquer lugar. Vale o investimento.

A dica é, se for beber “fora de casa”, beba algo industrializado, lacrado ou chá, pois foi fervido e você terá uma noite tranquila (sem reinar, se é que me entende, rs).

Depois de bons meses fora de casa, definitivamente é impossível ser a mesma, em diversos aspectos. Em minha primeira temporada na Alemanha, só conseguia beber água feliz quando a água vinha de Portugal ou Itália, que não tem “gosto esquisito”. Bebia suco ou algo do tipo nas refeições e hoje só consigo pedir água em qualquer lugar. O sabor interfere. E praticamente não bebo água gelada. Na China não creem em benefício em beber algo gelado. Atrapalha o chi.

Dois meses treinando no Sol e morrendo de sede, você vai acalmando seu coração, seus nervos, seu fim. Passa a  beber água da subida de treino na montanha e não morre. Ufa! Alguns colegas deixaram de comprar água de empresas para comprar os famosos galões de água de sabe-Deus-onde. Ninguém morreu. Amém. Hoje bebo qualquer água, nem sinto nada. E viciamos em ovo cozido e arroz.

Mas não só com a água deve-se ter cautela. Pimenta na China pode ser uma experiência bombástica aos desavisados.

Algumas vezes comemos umas bolinhas ou até a pimenta inteira, sem perceber e aí… Respira fundo e deixe as lágrimas rolarem. E todo mundo ri. Todo dia, um “premiado”.

Sobre chá, o único chá, que valeu mesmo pela experiência, foi o que tomamos na aula de Taoísmo, no templo da montanha.

O monge nos convidou e aprendemos como se oferece incenso às entidades e como se reverencia. Chá verde e fatias generosas de melão. De nos lambuzarmos em muitos sorrisos. Nunca esquecerei o monge, muito feliz e satisfeito em nos contar a história, apresentar a nova área de alojamentos a visitantes e ainda tocamos o sino e o tambor gigante do templo.

Todos tocaram. Ele tinha hora certa.

Não mais.

Alteramos ainda mais o fuso da China, comentei vitoriosa, em minha incessante brincadeira de tentar controlar o tempo.

Tentamos ainda uma casa de chá sensacional. Beber chá no estilo tradicional, mais abaixo na montanha era uma fortuna.

Uma pena.

Ficamos com as fotos e a lembrança de nosso espanto com os preços (o e uniforme incrível das mocinhas que nos atenderam. Usaria todo dia).

Das coisas que sinto falta de comer: frutas (na China senti falta de queijo. Não existe). Depois de uma longa temporada com sucos misturebas e muita maçã no cardapio, chegamos na China, uma terra que não tem uma banana como a nossa do Brasil.

Mas uma coisa que me encheu de alegria ao paladar foi a melancia. Docinha. Depois de um dia inteiro de treino, era só amor. Yumi!

Esta foto abaixo mostra (na base verdinha) onde piso. Altura onde moramos. Se olhar com cuidado, lá em cima, ao longe, à esquerda, tem o topo de um templo (com uma escadaria boa).

Era onde começavam alguns treinos, até chegar a mais ou menos metade do que vem depois (entre trilha e escadas. Não chegamos ao topo deste lado da montanha, mas, foi bem legal).

Depois de uns 30 minutos de subida, a vista na altura em que eram realizados parte dos treinos.

Depois de uns 30 minutos de subida, a vista na altura em que eram realizados parte dos treinos.

Escadaria antes da chegada ao local de treinos.

Escadaria antes da chegada ao local de treinos

Para comemorar meu primeiro mês de China, resolvemos fazer algo leve: subir a montanha vizinha. Disseram que tinha, partes de lazer, e que no topo encontraríamos sorvete. Claro que eu disse sim.

Precisa de maior argumento?

A verdade é que foram 3 horas, entre trilha e uma contagem perdida de mais de 2 mil degraus. Mas, felizmente o tempo estava nublado e tornou a experiência mais incrível. Se fosse o Sol tal qual nos habituamos a treinar, depois de uma semana inteira de treinos, morreríamos (porém, semanas depois, subimos de novo, com Sol e vivemos pra contar).

Considero uma dica escolher um dia que não esteja ensolarado, não carregar nada além do necessário e bastante água. Que, ô, calor…

Este trecho foi um dos mais emocionantes para mim. Ver as gotículas de água nas plantas e o frescor da umidade no ar. O que ajudou bastante no percurso.

Era como se a natureza colaborasse. E toda neblina de filme fantástico se descortinou diante de nós. Sim, existe muita coisa linda no mundo real.

Curioso que em algumas partes, como na vida, é preciso descer para continuar subindo.

A visibilidade cada vez menor. Não conseguíamos ver a cidade lá embaixo. Na verdade, não víamos nem a alguns metros adiante. Na verdade, não víamos nem a alguns metros adiante.

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