The Last Tepui: Como é a nova série do Disney+ com Alex Honnold?

No Dia da Terra, que é comemorado tradicionalmente em 22 de abril, a National Geographic estará estreando nova temporada da série documental “Explorer”, desta vez como um especial de uma hora, que segue o escalador profissional Alex Honnold (que ficou mundialmente famoso pelo filme “Free Solo”) e uma equipe de escalada liderada pelo Explorador da National Geographic Mark Synnott em uma missão nas profundezas da selva amazônica enquanto tentam uma escalada em um Tepui de 300 metros de altura.

O Tepui é um tipo de meseta (acidente geográfico caracterizado por uma área elevada de solo com um topo plano) com paredes verticais composto de quartzito e arenito contento leitos de ardósia característico do chamado Escudo das Guianas na zona da Gran Sabana venezuelana. A Gran Sabana é uma região natural localizada no Planalto das Guianas, no sul da Venezuela e estendendo-se até a fronteira com o Brasil.

O objetivo da aventura é levar o biólogo e explorador da National Geographic Bruce Means ao topo do tepui. A equipe deve de percorrer quilômetros de terreno de selva para ajudar o Dr. Means a completar o trabalho de sua vida, procurando na parede do Tepui por espécies animais desconhecidas.

“The Last Tepui” é um documentário interessante, no formato de episódio único e, em termos de entretenimento funciona bem, porque envolve tudo de uma só vez. O episódio é basicamente dividido em duas seções: a primeira metade é sobre a equipe tentando levar Bruce Means (que tem mais de oitenta anos) pela selva até o Tepui.A segunda parte do show se concentra em Alex Honnold e outros dois escaladores, que sobem a rocha em busca de novas espécies.

A idade avançada deBruce Means causa vários problemas para a equipe, pois ele simplesmente não consegue acompanhar os exploradores mais jovens. Por um lado, é incrível que Means tenha essa última grande aventura e que sua riqueza de conhecimento seja tão importante, mas por outro, parece extremamente irresponsável colocar toda a equipe e o projeto em risco.

Logo de início fica evidente que a decisão de incorporar Bruce na aventura porque era bastante aparente que a combinação que não funcionaria. Mais um acontecimento que demonstra o pouco apreço pela vida e responsabilidade por parte dos produtores de seriado do gênero.

A mente e o conhecimento de Bruce sobre a região são, sem dúvida, benéficos, mas uma vez que os escaladores alcançam a parede, é bastante óbvio que o plano foi extremamente falho. Produções do gênero eram muito apreciadas por vídeos de uma marca de energéticos há atrás (mas que mudou de postura por ser de mau gosto).

Para quem gostou dos aspectos de escalada de “Free Solo”, a segunda parte do show, especialmente com Alex pairando sobre os negativos com apenas uma mão, é um prato cheio. Há momentos em que o público irá se perguntar como eles podem escalar com tamanha facilidade uma parede relativamente virgem.

Grande parte do especial é, sem dúvida, com Honnold escalando a parede do Tepui, mas é inevitável deixar de pensar por que não usaram um helicóptero para deixar a equipe no topo do Tepui para descerem de rapel. É como se se esforçassem para tornar o projeto muito mais difícil do que o necessário para a dramatização exagerada do programa.

“The Last Tepui” é um documentário estranho, pois há dois especialistas consagrados e juntá-los simplesmente não funcionou (em resumo parece um programa bobo). Bruce, obviamente, não pode escalar, e Alex, obviamente, não sabia nada sobre animais. Nunca há uma conexão entre os dois e tudo parecia um pouco forçado.

Nota Revista Blog de Escalada:

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