Por definição, algo virtual, ao menos em termos de informática, é algo que existe unicamente como resultado de uma demonstração ou simulação criada por um programa de computador. Como resultado da pandemia, o termo foi amplamente praticado em ações que parecem, às vezes, estranhas.
Partidas de futebol e Festivais de filmes virtuais são exemplos algo que, à luz da razão, não possui muito sentido, eis que a USA Climbing (USAC), a liga que organiza os campeonatos de escalada nos EUA, anuncia que a Temporada 2020-2021 de competições será virtual.
O USA Climbing anunciou recentemente em um comunicado à imprensa mudanças significativas para a próxima temporada de competição de 2020-2021. Entre as mudanças, a USAC anunciou que a Qualification Series for Youth Bouldering e Collegiate and Paraclimbing estará “se tornando virtual” este ano.
O comunicado de imprensa também observou que a Qualification Series for Youth Lead e os Campeonatos Regionais também podem se tornar virtuais. Para realizar os eventos, a USAC trabalhará com um terceiro parceiro que será nomeado posteriormente.
Importante lembrar que nos EUA, não há federações esportivas como entidades sem fim lucrativo, como CBF, CBD, e outras ligas independentes (mas que funcionam como federações). Nos EUA, as ligas esportivas, como NBA, NFL. e MLS funcionam como empresas privadas, com CEO e membros de diretoria. O mesmo ocorre com a USA Climbing.
O anúncio ocorre porque muitas academias nos EUA estão reabrindo suas portas após o fechamento temporário relacionado à pandemia de COVID-19 e a indústria como um tudo, continua a implementar medidas extras de segurança durante este período.
A Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC) realizou sua primeira competição de escalada de velocidade remota. Agora, a USAC realizará sua própria versão de eventos virtuais a partir de novembro. A segurança dos atletas participantes foi identificada como uma das principais razões para a mudança para um formato virtual.
É importante observar que o formato virtual consistirá em academias participantes selecionando boulders e vias existentes em suas instalações como as sancionadas para seu evento, ao invés de à criação de linhas inteiramente novas como nos anos anteriores.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.