Técnicas de progressão para trekking: Saiba quais são os mais importantes conselhos

A técnica de caminhar e correr em terrenos irregulares, com desníveis e irregularidades nas trilhas é diferente da que cotidianamente realizamos nas cidades. Caminhada sobre calçadas e asfalto que, em geral, são planos. Para algumas pessoas, caminhar em uma trilha na montanha, ou mesmo em algum lugar na natureza, pode converter-se em um desafio que não sabe enfrentar. Fundamentalmente pela falta de uma técnica de progressão adequada. Inclusive, com o estilo de vida que levamos nos dias de hora, técnicas de caminhada não é algo que damos muita importância.

Entretanto, a técnica de progressão em natureza é um dos aspectos mais importantes para evitar lesões, acidentes e fortalece o corpo. Além disso, é possível economizar energia que nos possibilitará ter um maior rendimento. Neste artigo poderá conhecer os aspectos mais importantes para adquirir uma técnica de marca e progressão em trekking na montanha.

Foto: http://www.easyhiker.co.uk/

Técnicas gerais de progressão

Para melhorar sua técnica de progressão deve começar a levar em conta os seguintes aspectos:

  • Apoiar a sola do pé em sua totalidade, ou pelo menos grande parte dela, para conseguir melhor aderência sobre o terreno, melhorar o equilíbrio e economizar energia.
  • O ritmo adequado de caminhada é aquele que pode ser mantido durante toda a atividade.
  • Os descansos devem ser mínimos, para não estragar o ritmo. Evitando parar na primeira hora e coincidindo os descansos com as horas de comer. É recomendado não caminhar mais de três horas sem ao menos haver um descanso de 15 minutos.
  • A flatulência indica um ritmo inadequado. Para que não aconteça e pare de acontecer é necessário respirar com lentidão.

Acensão

  • Durante a subida, as passadas devem ser curtas, apoiando, caso seja possível, a planta do pé em sua totalidade e NUNCA subir apoiando-se nas pontas dos pés.
  • Observar e prever os passos seguintes.
  • Subir ziguezagueando, evitando assim subir em linha reta que seria enfrentar a pendente (inclinação) mais acentuada. Apoie completamente a planta dos pés na subida para ganhar estabilidade.
  • No caso de ser obrigado a subir um lugar em linha reta, abra um pouco as pontas dos pés (também conhecido como a técnica do pato).
  • Não é necessário amarar muito forte as botas de cano alto, para evitar a rigidez excessiva dos tornozelos.

Descendo

  • Não jogue o corpo muito para trás, para evitar a perda de equilíbrio.
  • Facilite o avanço da passada com a flexão dos joelhos para colocar o pé dianteiro com mais segurança. Sempre utilize o calcanhar como forma de contato inicial e descendo ziguezagueando, para evitar descidas muito íngremes.

Técnicas de progressão específicas

 

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  • Lugar pedregoso

Os locais que possuem muitas pedras, de tamanho médio e grande (que permitem saltar uma a outra), cobrindo o chão exigem precaução do caminhante. Portanto, deve-se atentar a alguns aspectos:

    • Prestar muita atenção na instabilidade dos blocos, para prevenir dos próximos passos, tentando sempre avançar pelo trajeto mais adequado. Nem sempre o caminho mais perto, ou retilíneo, é o ideal de fazer.
    • No caso de ser necessário pular de um bloco a outro, é importante prever a instabilidade ou que a pedra pode romper com o nosso peso. Neste caso é importante já visualizar outra pedra quando salte, pois esta será “plano b”, caso ela ceda.
    • Visualizar um trajeto mais claro, que indique que são blocos e rochas que caíram recentemente e que sua estabilidade e durabilidade pode ser inferior ao restante.
    • Concentrar no equilíbrio do corpo e, se possível, usar bastões de caminhada somente no caso de necessitar de um terceiro apoio.

 

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  • Lugar de pedras pequenas

Os locais cobertos de rochas pequenas, como o cascalho, apresentam uma alta instabilidade ao caminhar sobre elas. No caso de subir, é necessário considerar o terreno como difícil ou muito difícil (dependendo da inclinação). De qualquer maneira:

    • Siga as pegadas de quem já esteve passando pelo lugar.
    • Tenha o calçado bem amarrado. Isso fará com que não entrem pequenas pedras no calçado. Para este tipo de terreno é recomendado botas de cano alto.
    • Se começamos a reparar que o solo está muito duro, devemos aumentar a atenção pois as pedras pequenas nestas condições parecem pequenas esferas de rolamento.
    • Os descansos são feitos sempre na parte lateral da subida, para evitar qualquer desprendimento.
    • Neste tipo de terreno, assim como na escalada, gritar “pedra” no caso de que alguma se desprenda ajuda a avisar a outras pessoas que possam estar próximas a você. No caso de escutar “pedra”, tente localiza-la imediatamente e não a perca de vista nunca para conseguir desviar no último segundo.
    • Subindo terrenos com pedras pequenas é necessário ser paciente, visto que cada pisada pode acabar escorregando. Esta sensação faz com que a subida torne-se lenta e tediosa. Por isso, evite a linha reta ou altas inclinações, adotando a tática do trajeto zigue-sague.
    • Descendo terrenos com pedras pequenas, é mais perigoso ainda escorregar. Portanto o mais indicado é descer em linha reta, com passadas largas e utilizando o calcanhar como primeiro contato do pé. O ritmo deve ser controlado (sem aceleração). Uma caminhada muito rápida pode fazer com que se escorregue.

Rios secos

Quando estamos em locais com vegetação escassa e solo sem capacidade de retenção de água (terreno árido), estamos diante de um lugar que pode haver desprendimentos. O solo nestes lugares é frágil e de aixa compactação. Isso porque é formado pela sedimentação por meio da água das chuvas.

Em terrenos assim:

  • Observe se existem locais mais elevados de onde estamos caminhando, pois pode ocorrer desprendimentos de terra. Esta observação é que determina o melhor caminho.
  • Sempre que seja possível, avance em diagonal descendente. Todos do grupo (caso esteja em grupo) separados a uma distância razoável.
  • Se a longitude de um desprendimento é muito grande, podendo levar mais de uma hora, é necessário planejar outra alternativa de caminho. A mudança de vertente é o mais recomendável, já que o risco de desprendimento é muito elevado.

Sobre vegetação

 

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A vegetação pode ser nossa melhor aliada, mas também pode ser um inimigo mortal. Sobretudo e a vegetação se mistura coma umidade ou barrancos. Dependendo de vários fatores, temos de atuar de uma maneira estratégica.

  • Superfície coberta com vegetação
    • No Caso de barrancos (não importando a sua inclinação) e sem arbustos, o melhor e avançar sem movimentos bruscos e buscando possíveis montinhos. Se existe excesso de umidade, evite caminhar por este tipo de terreno.
    • Os bastões de caminhada ajudam a prevenir eventuais quedas.
    • No caso de estar escorregadio, é necessário aumentar o quanto antes a superfície de contato entre nosso corpo e o solo, para evitar uma descida não controlada. Para isso, o melhor é deitar o quanto antes com os braços e pernas estendidos, servindo de ponto de apoio.
  • Vegetação densa
    • O ideal é evitar estes tipos de lugares. Mas caso seja necessário cruzar um lugar com vegetação densa, é recomendável estar protegido e com uma roupa adequada (preferencialmente que resista à abrasão e espinhos).
    • Levante bem os pés, pois cada passo também serve para evitar que tropece em galhos e cipós.
    • Observe o terreno para descobrir moitas, rochas, troncos, poças, charcos e lugar barrento.
    • Ajuste bem a mochila ao corpo, para evitar que ela fique presa na vegetação. Evite deixar à mostra correias e fitas.

 

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