Tamanho da ilha de lixo plástico do Pacífico já equivale a área total de Alemanha, Espanha e França

A ilha de lixo plástico do Pacífico, também conhecida como Great Pacific Garbage Patch, é um ponto entre o Havaí e o litoral da Califórnia, que flutua dejetos plásticos proveniente das costas marítimas e, infelizmente é de difícil detecção, já que os satélites não conseguem captar sua presença. O grande lixo flutuante somente pode ser avistado a partir de embarcações marítimas. Esta “massa plástica” flutua e se envolvem no giro oceânico devido às correntes oceânicas. Este vasto “depósito” de lixo plástico que roda no Oceano Pacífico cresce rapidamente e atualmente possui uma área equivalente a mais do que a França, Alemanha e a Espanha juntas. Na ilha existe um total de 1,8 bilhões de peças de plástico pesando 80.000 toneladas.

A área foi levantada através de um estudo realizado por análise de mapeamento de três anos por uma equipe internacional de cientistas afiliados à The Ocean Cleanup Foundation, seis universidades e uma empresa de sensores aéreos. Suas descobertas foram publicadas na última quinta-feira na revista Scientific Reports. O Great Pacific Garbage Patch, localizado na metade do caminho entre o Havaí e a Califórnia, é a maior área para o acúmulo de plásticos oceânicos na Terra. Convencionalmente, os pesquisadores usaram redes de pesca simples e finas na tentativa de quantificar o problema.

Para analisar todo o escopo do Great Pacific Garbage Patch, a equipe fez o mais completo esforço de amostragem da ilha até hoje, cruzando o campo de resíduos de 30 navios simultaneamente, complementados por duas pesquisas de aeronaves. A frota coletou um total de 1,2 milhão de amostras de plástico, enquanto os sensores aéreos escanearam mais de 300 km² da superfície do Oceano Pacífico.

Os resultados revelam que o Great Pacific Garbage Patch, definido como a área com mais de 10 quilos de plástico por quilômetro, mede 1,6 milhão de quilômetros quadrados, ou seja, três vezes o tamanho da soma das áreas da Espanha, França e Alemanha. Ao comparar a quantidade de microplásticos com as medições históricas do Great Pacific Garbage Patch, a equipe descobriu que os níveis de contaminação por plástico dentro da ilha têm crescido exponencialmente desde que as medições começaram na década de 1970.

Um dos perigos deste tipo de contaminação de microplásticos é que os materiais penetram na cadeia alimentar das espécies marinhas. O problema entretanto, não é somente dos EUA e México. Na América do Sul também tem a “sua” ilha de plástico, localizada pela organização sem fins lucrativos Algalita Marine Research Foundation. A ilha de plástica sul-americana foi encontrada por uma expedição que durou seis meses, e possui mais de dois milhões de quilômetros quadrados. Esta área corresponde ao tamanho do México e excede o da Colômbia.

As áreas levantam uma questão séria com relação ao uso dos plásticos. A principal é incômoda realidade da ineficácia da política de somente proibir canudos plásticos em campanhas governamentais equivocadas, que ainda permitem copos, talheres e outros componentes plásticos serem usados em larga escala.

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