Atualmente é muito difícil (para não dizer que é praticamente impossível) um esporte, seja ele de nicho ou não, crescer sem existir uma gestão responsável, arrojada e organizada. Com uma pequena busca pela internet é possível constatar que esporte sem boa gestão é condená-lo ao nanismo de relevância (e de praticantes), ou mesmo ao seu desaparecimento.
Esportes de nicho, como a escalada, têm sofrido com gestões equivocadas há tempos e que, entre outras coisas, não se preocupou em revelar novos talentos. A preocupação maior sempre foi perpetuar o status quo de dirigentes, os quais acreditam que o esporte deve algo a eles, e transformando a entidade em um cabide de empregos.
O vício de empregar soluções caseiras a problemas reais, encarregar pessoas despreparadas para atuar em uma determinada função (o famoso caso de “escolher o melhor amigo em vez do melhor profissional”) é antigo no esporte e a consequência disso estamos vivenciando agora na escalada: nenhum (a) atleta com sequer chances remotas de se classificar para uma semifinal.
Este tipo de realidade não é ‘exclusividade’ da escalada, mas de muitos esportes que apesar de serem olímpicos, e ganharem um considerável aporte de dinheiro do estado, não conseguem sair da estagnação. Por outro lado, esportes considerados de nicho e que também são olímpicos vivenciam uma explosão de popularidade (se alguém duvida, vide o skate e seus atletas) e de crescimento de relevância graças a uma boa gestão do esporte.
Mas o que é gestão do esporte? Para quem não sabe, aqui vai uma explicação breve: é uma área de conhecimento que envolve o gerenciamento das diversas atividades e organizações existentes no segmento da “Indústria do Esporte”. Pode ser definida como a utilização e aplicação de diferentes conhecimentos de Administração, Marketing Esportivo e as diversas áreas de ciências do esporte.
Assim, não é porque um atleta possui diversos títulos no esporte, ou um profissional com experiência na prática esportiva, que o credencia a ser um bom gestor. A realidade está aí para mostrar isso, pois com o fim da ‘década de ouro’ do esporte brasileiro, precisamos olhar e nos preparar para o futuro.
Summit Sportslab 2021
Tornar-se um bom gestor de esporte é apenas sorte? Não! É necessário, entre outras habilidades, possuir humildade, vontade de aprender, diplomacia e uma boa dose de carisma. Sim, um bom gestor esportivo é um ser multitarefas.
O (A) gestor (a) esportivo (a) diferenciado (a) possui a constante preocupação com suas habilidades e capacidades de coordenar pessoas e recursos em sua organização e em pesquisar na sua área de atuação, e em outras modalidades esportivas, para basear a melhor tomada de decisão. Ninguém peca por admitir que não se sabe tudo, mas comete um erro crucial quando acredita que já sabe tudo.
Para facilitar o networking entre gestores esportivos, acontecerá em 22 e 23 de novembro o Summit Sportslab 2021, um evento online com a presença de grandes nomes da gestão do esporte brasileiro e convidados internacionais representando entidades esportivas, ligas, clubes, atletas, grupos de mídia, agências e marcas patrocinadoras.
No evento, haverá apresentações de cases, estudos e debates sobre os principais temas dos negócios no esporte em mais de 25 horas de conteúdo exclusivo. No Brasil não há praticamente nenhuma iniciativa semelhante de promover a oportunidade de aprendizado em gestão do esporte como no evento.
No Summit Sportslab 2021, todo e qualquer gestor terá a oportunidade de, além de aprender o conteúdo, perguntar pessoalmente a, por exemplo, Julia Censi, que é Gerente de Marketing da Globo, porque a emissora não consegue pensar em outro esporte que não seja o futebol, ou para Mariana Britto (que é montanhista), responsável pelo Marketing Esportivo da XP Investimentos, quais a modalidades a corretora acredita serem mais interessantes para investir, ou mesmo para João Pedro Zattar, o Head de Marketing da AMBEV, porque a empresa não investe em esportes de nicho.
Todos esses citados estarão presentes no evento e, como já foi dito, abertos a fazer o networking e interessados a trocar ideias. Abordando temas com profissionais reconhecidos no mercado por seu expertise em mercado de streaming, produção e distribuição multiplataforma de conteúdo, gestão de propriedades esportivas, ativação de programas de patrocínio e inovação no esporte.
Com um preço bem atrativo, que facilita para qualquer interessado em tirar a gestão esportiva (seja ela da escalada, ou de qualquer outra modalidade) do século XX e trazê-la para o século XXI, o Summit Sportslab 2021 é também importante para reflexão a respeito do futuro de diversas modalidades.
Para saber mais acesse: https://www.sympla.com.br
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.