Quanto tempo você consegue viver sem água e comida?

Desde o primeiro dia de aula na escola em biologia, sabe-se que é essencial para a vida tanto água quanto comida. Estas duas coisas são tão importantes que para existir a hipótese de que exista vida em outro planeta, a existência de água é fator fundamental em qualquer teoria.

Portanto, ser humano possui necessidades básicas e essenciais que devem ser cumpridas para que não corra o perigo de morrer. Todos nós sabemos que não podemos viver sem comida, água, sono, oxigênio e abrigo por muito tempo.

Com treinamento adequado, algumas pessoas conseguem estender esses limites. Mas que fique claro que estas pessoas são especiais, sendo a exceção da regra.

Testes de averiguação de quanto tempo alguém pode sobreviver sem água, sono ou comida não é fácil. Geralmente quem vivencia este tipo de teste acaba sofrendo graves danos à saúde.

Mas mesmo assim, saber quanto tempo é possível viver sem água, comida ou sono é importante para saber se comportar em uma situação extrema. Em geral, o tempo máximo que você pode sobreviver sem comida, água ou sono é:

  • Comida: De 1 a 2 meses
  • Água : De 3 a 7 dias
  • Sono: No Máximo 11 dias

Quanto a itens essenciais ao ser humano, como o oxigênio, o tempo de sobrevivência é de no máximo 3 minutos. Obviamente que existem pessoas que realizaram treinamentos específicos para aguentar apneia em tempos muito maiores que este.

Este valor (3 minutos) é para um ser humano médio, não para atletas ou pessoas que passaram por treinamento específico.

Sem comida

Ficar sem comida, é relativamente “confortável” para quem se encontra nesta situação extrema. Nesta situação é possível sobreviver por tempo suficiente para encontrar uma maneira de se alimentar: 1 a 2 meses. Isso porque pode levar alguns meses até que seu corpo não possa se sustentar com o seu armazenamento de gordura.

Nas ações políticas conhecidas como greve de fome, a maioria das pessoas conseguiram viver até 70 dias sem comida. Grande parte delas, se conseguiram manter a determinação de não comer nada (sem roubar em algum biscoito escondido em algum lugar), morreu antes do fim da greve.

Obviamente que este é um número generalizado, obtido pela ciência após vários estudos de casos. Portanto, não existe uma fórmula exata, pois existem vários fatores que determinam por quanto tempo um indivíduo em particular pode sobreviver sem comida. Estes fatores são: peso, predisposição genética, etc.

De maneira interessante, um outro fator muito importante para aumentar suas chances de viver sem comida mais do que a média é a hidratação. Quanto mais hidratado estiver, mais tempo poderá sobreviver sem comida.

Um exemplo desta particularidade é o político indiano Mohandas Karamchand Gandhi, que enquanto esteve em greve de fome pela independência de seu país, sobreviveu 21 dias enquanto e simplesmente bebia água. Hoje, sabe-se que a água limpa o corpo das toxinas e remove impurezas do fígado e das artérias.

Durante o período sem se alimentar, o corpo tem que se sustentar apenas com os nutrientes que armazenou. Portanto, para um corpo remover as toxinas do fígado, ele precisa de quantidade suficiente de certos nutrientes. Ao usá-los, o fígado consegue quebrar as toxinas e neutralizá-las, para posteriormente removê-las.

Por isso se você estiver sem se alimentar por dias ou semanas, mas não tomar água suficiente, essas toxinas não só serão quebradas com muito mais força, mas também, o fígado não poderá removê-las, sem a presença de água suficiente.

Por isso, em casos de situações extremas sem comida, é mais importante procurar primeiramente água. A água ajuda o metabolismo na remoção de toxinas. Esta é a razão pela qual a desidratação pode encurtar a sobrevivência do indivíduo enquanto ele está faminto.

Sem água

Foto: http://clubemontanhismodebraga.blogspot.com.br/

Ficar sem água em uma situação extrema é um verdadeiro problema. A taxa de sobrevivência nesta categoria é muito menor do que com a fome. Como mencionado no item anterior, a água é a principal fonte de purificação e desintoxicação do organismo.

Sem água, o fígado falhará em menos de 3 dias. Caso este órgão não esteja em perfeitas condições, como de uma pessoa alcoólatra, o indivíduo pode não ter nem 2 dias.

Na hipótese de querer sobreviver sem água, existe até mesmo um “macete”. Se a pessoa ficar sem fazer esforço nenhum, totalmente parada, pode chegar a atingir a 7 dias. Mas, claro, sem ir procurar água (que requer o esforço de andar), mas mesmo assim será uma morte lenta e dolorosa.

Mas que fique claro que estes casos são geralmente raros e exigem condições específicas, como ingerir muito calmantes para que a pessoa não perca muito líquido.

Já em uma região desértica, a pessoa que se encontra em situações extremas não terá nenhuma condição considerada “perfeita”, portanto irá desidratrar mesmo ficando sem fazer esforço. Se a pessoa está desidratada, ela perde o calor muito mais rapidamente e isso pode arriscar a sua sobrevivência.

Calculou-se que a temperaturas acima de 25°C, uma pessoa média pode sobreviver por até 5 dias. À medida que você adiciona mais 2,5 graus, a vida útil diminui com um dia inteiro. Tecnicamente, é possível identificar três estágios de desidratação:

  • No primeiro estágio da desidratação: Sintoma como boca seca (falta de saliva), fazer xixi muito raramente e muito menos. Além disso, a cor da urina será amarelo escuro ou até mesmo laranja escuro e terá odor desagradável.
  • Desidratação moderada: A pessoa irá urinar ainda mais raramente e a quantidade de urina diminuirá significativamente. Olhos terão a sensação de estarem secos e levemente inchados. A pessoa também irá se sentir cansada e batimentos cardíacos ficarão anormalmente rápidos.
  • Estágio avançado de desidratação (desidratação grave): A pessoa não vai mais urinar e estará extremamente cansada e irritada. A partir disso começará a vomitar, desidratando-se ainda mais rápido, com mais diarreia. Nos estágios finais ficará em estado de choque, ficando com a pele azulada e sentindo muito frio. A pressão arterial diminuirá significativamente, razão pela qual o corpo ficará frio e a pele extremamente pálida.

Sem dormir

Foto: http://www.westernmountaineering.com/

Determinar quanto tempo uma pessoa pode viver sem dormir é muito mais difícil do que sem comida e água. O padrão de sono, assim como a resposta do próprio corpo à falta de sono, é o que torna difícil precisar quanto tempo alguém pode sobreviver sem dormir.

Na verdade, o registro de uma pessoa que foi capaz de permanecer acordado sem o uso de qualquer estimulante é de 11 dias (264 horas).

A privação do sono é um problema muito sério e as pessoas morrem com isso. Por exemplo, existe um caso de um chinês que ficou assistindo televisão por até 11 dias. Posteriormente ele foi encontrado morto em seu apartamento.

Após investigação, foi descoberto que ele também estava consumindo bebidas alcoólicas, o que, em teoria, pode ter resultado na sua morte mais cedo do que poderia ter vivido se ele não bebesse.

Ainda não está 100% claro o que faz o corpo precisar dormir e por que menos de 6 horas por dia pode deteriorar a saúde durante toda a vida do indivíduo. Portanto, a ciência descobriu quanto tempo necessitamos dormir, mas não quanto tempo se consegue ficar sem dormir.

Estima-se que as pessoas que dormem 6 horas, ou menos, em 24 horas têm um tempo de vida significativamente menor. O tempo ideal é entre 6 e 8 horas.

Vamos ver o que acontece com as funções do corpo ao longo do período de privação de sono:

Nas primeiras 24 horas, uma pessoa costuma sentir de dores de cabeça. Após 72 horas, o indivíduo começará a perder a orientação e começará a ter problemas cognitivos e perda de memória. Como a pessoa continua sofrendo de privação de sono, após 144 horas começará a ter alucinações e terá pouco controle sobre suas ações.

Mesmo após as primeiras 24 horas, o sistema imunológico enfraquecerá em até 50%, o que torna o organismo vulnerável a doenças, gripes, infecções, etc.

A privação do sono em si não leva a condições irreversíveis, uma vez que não tende a danificar órgãos como a desidratação e a inanição. Isso não significa que alguém deva tentar ou experimentar a privação do sono.

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