Após a maior tragédia da história do montanhismo no Everest que vitimou 13 pessoas, em sua maioria Sherpas (habitantes locais responsáveis por carregar equipamentos e suprimentos montanha acima) foi declarada a itenção de terminar a temporada de montanhismo 2014.
O líder sherpa Tulsi Gurung e um irmão de um das vítimas do acidente confirmou à agência francesa AFP (Agencia France Presse) que após uma longa reunião decidiram que em honra dos companheiros irão terminar a temporada do Everest.
Ainda segundo Gurung a decisão tomada foi unânime.
Segundo informações divulgadas algumas expedições já deixaram a montanha.
A decisão levanta ainda mais a pergunta a respeito da sustentabilidade da relação sherpas x turismo de Everest, e que vem sendo cada vez mais comentado por veículos de credibilidade.
A oficialização do fechamento do Everest ainda depende de reunião com governante e forças econômicas locais.
O fator econômico, entretanto, parece ser o maior entrave nas negociações.
A temporada de subida ao Everest é o principal motor da economia de Khumbu (nordeste do Nepal, no lado nepalês do Monte Everest), e milhares de pessoas vivem da exploração dela.
Há portanto grande conflito de interesses (morais e econômicos) a respeito da decisão tomada pelos sherpas e o resto dos trabalhadores do campo base.
Segundo consta, sherpas recebem sete vezes o que um trabalhador comum, e por isso podem manter-se um ano sem honorários, o que não ocorre com os outros habitantes e trabalhadores locais.
Por isso há o temor de que o fim da temporada do Everest pode afetar profundamente a frágil economia da região.
Haverá uma reunião com todos os representantes e autoridades para sacramentar, ou não, o precoce fim da temporada do Everest para o ano de 2014.
Equipe da redação