Shauna Coxsey se aposentará de competições após as Olimpíadas de Tóquio. A grandiosidade de um (a) atleta (a) pode ser medida quando demonstra saber o momento certo de se retirar dos holofotes e este é o caso da atleta britânica de 28 anos.
Coxsey sabe que quando uma dominância estendida além do razoável atrasa o desenvolvimento de novos talentos. Pensando em dar espaço a novos talentos que anunciou que sua participação nas Olimpíadas de Tóquio será a última em uma competição. A partir de então, ela concentrará seus esforços na escalada em rocha.
A carreira de Shauna Coxsey
A britânica de 28 anos, que será a única representante de seu país na modalidade de escalada nos Jogos, começou a competir há 20 anos, quando venceu as primeiras competições como juvenil. Sua primeira vitória de Shauna na categoria adulto foi há uma década, em uma etapa da Copa do Mundo de Boulder em Grindelwald (Suíça), em 2014.
Desde então, em 2016 e 2017, Coxsey venceu a Copa do Mundo de Boulder e hoje ela tem um total de 30 pódios em etapas da Copa do Mundo do IFSC com 11 medalhas de ouro. Como escaladora, Shauna também tem bons resultados.
Em seu curriculum, ele possui cadena em linhas de boulder de 8B e um 8B+ (V13 e V14). a britânica também se tornou a terceira mulher no mundo a atingir 8B+ (V14) em 2014.
Shauna Coxsey compartilhou suas impressões sobre a aposentadoria em um texto sincero e emocionante no Instagram:
“Estou canalizando tudo o que me resta, tudo o que aprendi ao longo dos anos e focando minha energia nos Jogos. Será minha próxima e última competição como escalador profissional.
Depois de muitos anos de preparação, anos de preparação, off seasons lutando para chegar à linha de partida, anos batendo em desejo, determinação e crença, não me parece certo admitir que não quero mais competir. É estranho.
Eu sei como competir. Eu sei como voltar depois de uma lesão. Como gerenciar as altas e navegar nas horas baixas. Eu o fiz. De novo e de novo.
Eu sei estar no topo com os melhores.
Subi 30 pódios na copa do mundo de boulder e ganhei 11 medalhas de ouro. Eu estive lá, não importa o que aconteceu ao longo do caminho. Mas desta vez é diferente. Eu sou diferente, o mundo é diferente.
Sei que ainda tenho mais uma batalha pela frente e apesar da incerteza sinto que devo fazer o resto neste momento tão especial para o nosso esporte.
Os Jogos Olímpicos serão minha última nomeação como escalador competitivo profissional. Dei muitas voltas e as emoções também. Tomei essa decisão por vários motivos, mas agora só posso imaginar como sou sortudo. A amplitude e a profundidade de minhas experiências são difíceis de entender.
Este esporte tem me dado muito e falta muito obrigado por essa comunidade maravilhosa que me apoiou, tanto nos momentos bons quanto nos ruins.
Não posso deixar de pensar em todas as escaladas que coloquei em espera e que estou animado para compartilhar com todos a partir de agora. Mas, por enquanto, meu objetivo continua firme em fazer o meu melhor e decolar com um sorriso em Tóquio! “
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Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.