Com o tempo algumas roupas e técnicas utilizadas por alguns atletas de alto desempenho ficam na moda e atletas amadores começam a utilizar livremente a tecnologia.
Desde que muitos jogadores de futebol apareceram com o corpo todo cheio de fitas kinésio tape na copa do mundo da África, muitos adotaram a técnica.
O mesmo acontece agora com as roupas de compressão: roupas de academia (camisas, calças, mangas e meias).
Mas você sabe para que elas servem? Elas realmente funcionam?
Benefícios
Antes de qualquer explicação deve-se ter em mente que as roupas de compressão possuem diversas finalidades e seguramente é muito mais do que proteger do frio.
Produzidas de elastano e altamente elásticas tem como função comprimir a musculatura, facilitando assim a recuperação muscular, além de evitar a fadiga muscular.
Aumentando a pressão nos músculos, a circulação sanguínea é facilitada pois aplica um certo grau de pressão sobre áreas específicas entregando assim ao sangue oxigênio para os músculos que estão sendo exigidos na atividade permitindo que o corpo se esforce por mais tempo.
Assim o atleta consegue potencializar o seu desempenho durante a atividade física
Os materiais usados nestas roupas de compressão permite que se ajustem aos contornos do corpo, reduzindo as ondas de choque e vibrações geradas quando o atleta está chegando ao limite do esforço físico.
Assim significa menos danos nos tecidos moles e menos dor pós-exercício, pois diminui o acúmulo de ácido lático, reduzindo a vibração muscular tornando a contração dos músculos muito mais eficiente.
Para quem tem problemas de circulação é uma peça de roupa indicada para contornar este problema.
Porém para o uso de roupas de compressão não basta apenas comprá-las, deve-se pedir aconselhamento de um fisiologista ou um outro médico especializado.
Se você não possui nenhuma contra indicação do seu médico, vale a pena experimentar e comprovar os benefícios que essas roupas podem trazer a sua saúde e ao seu desempenho.
Importante salientar que as roupas de compressão otimizam o funcionamento muscular, previnem câimbras e estiramentos, porém não são indicadas para curar estes incidentes.
Uma vez com dores musculares por qualquer que seja o motivo, as roupas de compressão não irão curar, elas servem para prevenir, portanto caso a pessoa já esteja lesionada deve procurar curar-se para depois fazer uso das mesmas.
Material
Ao contrário do que possa parecer as roupas de compressão não é uma Lycra qualquer, e nem deve ser encarada com tal, pois ela é projetada para aprimorar o fluxo sanguíneo e isso demanda estudo e conhecimento técnico.
O material deve ser respirável com características anti-microbianas, além de ser respirável (evaporação do suor e não acúmulo de água).
A compressão deve ser uniforme, e bem distribuída, portanto deve-se tomar cuidado com produtos genéricos disponibilizados no mercado.
A compressão é estudada minuciosamente no seu projeto de construção, e apenas estar justa e apertar os músculos não significa que funciona.
Porém, existem muitos fabricantes os quais alguns dizem que as roupas foram projetadas para o uso específico a um determinado esporte.
Cabe ao usuário, após aconselhamento médico especializado, saber escolher analisando o material, preço, benefícios e preço.
Quanto maior a tecnologia empregada no equipamento, maior será seu preço e por isso sempre desconfie de produtos muito baratos e de origem duvidosa.
Realmente Funciona?
Antes de sair comprando qualquer roupa de compressão, tenha em mente o seguinte detalhe: este tipo de equipamento potencializa a sua musculatura de fato.
Se você possui baixa potência muscular, ou em outras palavras possui baixa resistência ou explosão, as roupas de compressão irá funcionar proporcionalmente à sua capacidade.
Resumindo: se tiver baixa força, estará potencializando baixa potência. Algo como colocar gasolina de aviação em um carro de motor 1.0, irá fazer pouca diferença sendo quase imperceptível.
Quando maior o poder do motor, maior será a potencialização que a roupa de compressão trará.
Roupas de compressão não é para utilizar como moda, e sim para potencializar a preparação física de quem possui preparação física alta.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.